07/02/11

Conta-me como é

Eu sei que continuo a fazer hoje igualzinho ao que fazia quando era miúda. Tal e qual.
Reparei mais uma vez hoje de manhã que não uso as collants racings que comprei em Londres com medo que se estraguem, por isso espero pela ocasião mais apropriada para as estrear.
O pior é que daqui a nada chega a Primavera e o calor e já não me apetece nada usar as ditas collants. Também calculo que para o ano já não se usem. É um dilema da treta, que não vale um caracol, bem sei.
E é exactamente o mesmo estilo de problema existencial que se passou com aquelas porcarias das borrachinhas de cheiro nos anos 80.
Construí uma colecção enorme, pouco organizada, bem sei, mas dava-me gozo olhar para as ditas, ordená-las por cor ou por cheiro, o que fosse, e, no fundo, possuir aquelas coisas. Todas as minhas amigas tinham, é claro que os rapazes não percebiam o seu valor, mas nós trocávamo-las como se fossem cromos.
Esquecia-me, até, da sua única função útil, que devia ser apagar. Coisa que também não faziam assim lá muito bem, manchando os desenhos e esborratando os cadernos.
Por isso, ao fim de uns anos, vi-me confrontada com uma colecção completamente desinteressante de borrachinhas, que já nem cheiravam muito bem nem serviam para apagar nada.

4 comentários:

Lina Santos disse...

Também fiz colecção de borrachinhas. E de folhinhas (?!). E também me deparei com esse problema. Eventualmente, acabou tudo no lixo... :)

Joaninha disse...

E as collants? Usas?
Tenho é pena de não conseguir comentar no teu blogue, onde vou religiosamente todos os dias. Fica a saber que faço os comentários para mim. bjs

Sónia disse...

...ena as memórias que me trouxeste agora...um escaparate em madeira, em forma de casinha, cheia delas e de bloquinhos (fofinhos também aromatizados)uma caneca do snoopy cheia de lapis e canetas queridinhas. E o pó que ali se agarrava?! Tudo isto teve um final trágico!

Ainda hoje não consigo entender o propósito do coleccionismo :(

Joaninha disse...

É claro, havia as que tinham as borrachinhas dentro de uma gaveta, à molhada, e depois havia as exibicionistas, que tinham uma casinha de madeira para as expor. Pois...