27/10/15

A história vista pelas crianças (ok, por uma, minha, em concreto)

Dois momentos diferentes da História de Portugal vistos pela mini:

"Mãe, sabes aquela da empregada de Albufeira, que matou sete de uma vez?"

"Sabes esta música, do Grândola, vila morena? Quem ficou muito mal disposto com isso foi o Baltazar quando caiu da cadeira."

23/10/15

No passado fim-de-semana

Um barco enorme sobrepõe-se aos barcos pequeninos da Marina de Cascais. Um dia lindo, de chuva, que começou a cair 10 minutos depois desta foto e um minuto antes de entrar no carro.

01/10/15

... mas há umas músicas mais eficientes para nos sentirmos bem

Tipo esta, tão boa: "First day of my life", Bright eyes.

Viva a música clássica

Ouvir música clássica faz-nos ficar mais felizes e também mais inteligentes, diz um artigo que li ontem. Estou a ouvir a 6.ª Sinfonia de Beethoven, em especial (porque diz que é das que têm a capacidade de nos fazer mais felizes), a ver se é verdade.

29/09/15

Vivam os passeios a pé

Parece que andar de carro nos faz ficar estúpidos, tristes e sentirmo-nos sozinhos, diz a Quartz.

Vamos então brincar a isto

Uma brincadeira nova:

Vamos dizer que os carros que enchem as nossas ruas onde respiram os nossos filhos e o seu futuro poluem muito menos do que poluem,
vamos chamar "saudável", dizer que tem "o verdadeiro sabor de" ou outra coisa qualquer apelativa e pôr o máximo de açúcar, sal ou gordura ou os três na comida por forma a que as pessoas fiquem viciadas,
vamos encher os animais de antibióticos e fazê-los ficar adultos em menos de nada,
vamos...

Vamos pôr isto tudo nas mãos das crianças.
O mundo está tranquilo. Há água em Marte.

26/09/15

The dock of the bay

Sitting in the morning sun
I'll be sitting when the evening comes
Watching the ships roll in
Then I watch them roll away again, yeah

I'm sitting on the dock of the bay
Watching the tide roll away
Just sitting on the dock of the bay
Wasting time...

Ottis Redding e a ociosidade. A ler sobre isso na flow. Adoro. Ambos os dois. A música, que é quase calor de Verão a entrar na mente, e a ociosidade. Passear a pé, olhar pela janela longamente, estar sentada no jardim, ler um livro ou uma revista, olhar para o céu, contar nuvens. Não fazer nada. Estar.

16/09/15

O que eu não daria hoje para recuperar...

...
- as fotografias de infância e dos vários anos depois disso que nunca tirei;
- o tempo perdido a pensar em coisas que não interessam;
- as horas perdidas a fazer coisas sem interesse nenhum;
- conversas fundamentais sobre o sentido da vida;
- o best off dos melhores filmes que já vi;
- o sabor das primeiras vezes: comer um gelado, fazer um amigo, dar um beijinho, ir à discoteca, transgredir, comer uma pizza, ...;
- o cheiro do mar das férias;
- emoções como as das brincadeiras da apanhada e dos polícias e ladrões que nos deixavam todos felizes e transpirados;
- a liberdade dos anos 90;
...

15/09/15

Para o fim da fila, já

As pessoas que vão simplesmente pagar qualquer coisa mas que têm que usar mais do que um cartãozinho e pedir uma factura e dizer o número de contribuinte e não se lembram de cor por isso precisam de mais um cartãozinho. Para o fim da fila, já.

14/09/15

Mãezinha, eu sabia que havia uma razão forte para não querer fazer a cama

A vida toda achei estupidificante fazer a cama. Não só pelo argumento de que ao final do dia iria desfazê-la de novo, mas também porque sempre achei uma impossibilidade prática fazer bem feita uma cama onde já alguém dormira.
Fica tudo enxovalhado, especialmente se for Inverno e estivermos a falar de lençol de baixo, lençol de cima e cobertores (geralmente cada um de seu tamanho e material - cobertores de papa, anyone?). Em cima ainda se acrescentava uma colcha (que era linda, às riscas azuis e brancas a condizer com a da minha irmã).
Então, em miúda fazia sempre a cama à custa de muito "vai fazer a cama" da minha mãe, coitadinha que paciência. Assim que tive capacidade de argumentar cravei-lhe um edredon. Pura preguiça - um edredon diminui consideravelmente o esforço, é só puxar-lhe as orelhas.

Não massacro os meus filhos com o "façam as camas", mas mesmo antes de sairmos de casa ao fim-de-semana (isto é, depois de já ter tudo tido tempo para arejar) lá lhes digo "só saímos quando as camas estiverem feitas" e eles aquiescem sem esforço.
Mãezinha, eu sabia que havia uma razão forte para não querer fazer a cama - os ácaros. Parece que adoram a atmosfera "quentinha" que fica numa cama onde alguém acabou de dormir. Não sou eu que o digo, são os cientistas, neste estudo sobre "porque é que não devemos fazer a cama". Por causa deles também, lá em casa a roupa de cama é lavada a 60º.

P.S. Adoro dormir numa cama bem feita - daquelas com lençóis por estrear e com os cantos dobrados como nos hotéis, mas sem os cobertores presos.

05/08/15

Demoradamente

Vou ficar mais um pouco nesta mesa apesar de já ter almoçado, porque ao meu lado está uma mãe e um filho indianos a falar em inglês. Que sonho! Adoro este som.

14/07/15

Não gosto de flores de plástico

Têm um prazo de validade ainda mais curto que as frescas e ninguém pode achar que são verdadeiras. Ficam rapidamente tristes e cheias de pó, são obviamente de plástico. E é triste quando se quer parecer uma coisa que não se é. Ou vice-versa.

12/07/15

Life aquatic

A felicidade do Verão dos miúdos. Não há melhor, nem mesmo a do Natal e dos presentes. O sol transforma tudo, como o kodachrome dos Simon and Garfunkel.

05/07/15

Um saltinho a Milão

Em trabalho mas com tempo livre entre voos, dei há dias um saltinho a Milão. Estava um calor de 38° e uma humidade enorme, mas a cidade é encantadora, cheia de vida e de estilo. Cheia de mosquitos também - as picadas acabam por ser uma recordação, porque de vez em quando são reactivadas...
Corremos a cidade para vermos o máximo e comemos sempre muito bem. Pontaria e sorte, porque não ia nada programado.
Andámos por um mercado mega racing, cheio das mais variadas iguarias e esta última ceia absolutamente top.



17/06/15

O preço das coisas ou porque é que o Estado tem que "laissez faire laissez passez"

Na sexta, fartinha de um dia inteiro de trabalho, despeguei a cadeira do corpo e apanhei um táxi na praça aqui ao pé. Em indo sozinha vou a pé, porque é um passeio purificador, mas já passava das 20h20 e tinha uns quantos esfomeados em casa à espera do jantar.
Por favor, porque o senhor perguntou para onde eu ia como quem diz "se for para um sítio que não me dê jeito não vou" e eu respondi a medo porque não havia mais táxis na zona, lá me levou até casa. O táxi era um nojo, daqueles mesmo sujo e para lá de malcheiroso e daqueles que se fosse um carro particular era de certeza proibido de circular.
O que é que incluiu a viagem? Descer uma rua, subir outra, fazer uma rotunda e descer mais uma rua e estamos lá. Na rotunda apercebi-me que o taxímetro não estava ligado. Quando parou o carro disse, "pronto são cinco euros". E eu, xiça, cinco euros, isso é quase mais caro do que o jantar. E disse "cinco euros e nem ligou o taxímetro, isso é que é. Ora boa tarde".
Eu sei que isto só confirma uma coisa: é que eu devo ser, pronto, estúpida, mas volto ao princípio do desabafo - "na sexta, fartinha de um dia inteiro de trabalho e com uns quantos esfomeados em casa à espera do jantar", you get the picture.
Hoje, num Uber, a mesma viagem mas ao contrário, num carro novo, a cheirar bem, com um condutor civilizado, foram 2,90 euros.
Não quero saber das regulações, não quero saber desta iniciativa do Estado que bloqueia a vida aos privados. O que é que os táxis têm mesmo a ver com o Estado? É que não consigo perceber. E, na realidade, não quero perceber. Quero pagar o preço justo por uma viagem e um serviço bom.
Desculpem que isto vai longo. "Laissez faire, laissez passez. Le monde va de lui même". Não chateiem.

04/05/15

Nova Iorque a crescer

Aquelas pessoas que dizem que as crianças a crescer é o que nos faz velhos - algo em que prefiro nem pensar - devem ver o vídeo do New York Times de Nova Iorque a crescer. Está verdadeiramente bom.

Uma miúda que percebe da vida

Não me lembro quando vi pela primeira vez, presumo que tenha sido no blogue da Joanna Goddard ou no da Swiss miss, mas esta miúda, Gemma Corell - não sei se é mesmo uma miúda ou se é uma velhota com jeito para o desenho -, percebe da vida.

Alguns dos muitos cartoons sobre a vida moderna que a miúda fez:
Porque é que o teu millenial está a chorar?
Maldições modernas
Novos tipos de penteados para raparigas novas

Dias de ténis

Tivemos quase uma semana de dias aproveitados para ver uns bons jogos de ténis. O EstorilOpen acabou ontem e teve dias e noites animados e jogos bem emocionantes. Com bilhetes a partir dos 5 euros. Os miúdos adoraram. A repetir.

29/04/15

Músicas que cantamos no carro, a cair nas 8h

Pedindo desculpa pelos eventuais anúncios, dos quais nos obrigam a ver um pedaçinho até chegar ao glorioso skip ad, há músicas que são mesmo fixes para cantar no carro. A cair nas 8h, a levar os miúdos à escola, aos berros, opcionalmente de janelas fechadas. Sem saber a letra, adivinhando alguns refrões, com sorte frases inteiras. Porque faz sentido, porque é em português, porque é bom.

"E agora?", Mikkel Solnado e Joana Alegre
"O desfado", Ana Moura
"Às vezes", dos D.A.M.A.

31/03/15

Coisas que me fazem tanta confusão como a mudança da hora

- as marés e as pessoas que conseguem saber sem ter de pensar o que é a preia-mar e o que é que isso quer dizer para o surf ou para a pesca;
- as feiras que funcionam no terceiro ou no primeiro domingo do mês. Nunca sei quando são;
- os câmbios. Pago sempre muito mais do que estava a pensar que ia pagar;
- a mudança da hora. Eu sei que está no título, mas esta nem que me expliquem muito devagarinho como se tivesse cinco anos. Fico sempre sem saber se ganho uma hora ou se perco uma hora ou, sequer, o que é que isso quer dizer;
- fusos horários. Lá são mais duas ou menos duas horas?
- as pessoas que conseguem resistir a gomas e chocolates (respect);
- os medicamentos que têm de ser tomados em grupos de quatro ou de cinco e cada um com uma posologia e uma hora diferente para tomar;
- as línguas que não sei falar e o filtro que imagino entre mim e esses faladores de línguas estranhas, que me permite ficar a olhar para eles a tentar perceber de que raio de sítio vieram sem que eles me vejam (veem);
- pessoas que não sabem jogar ao jogo "se tivesses de adivinhar, qual seria a história das pessoas que estão a passar por nós?";
- as pessoas que não gostam de jogar a jogos parvos, de quantos-queres para cima, e de responder a questionários parvos de revistas;
- as regras do futebol, do cricket e do futebol americano;
- ...

12/01/15

Afinal é fácil ficar apaixonado

Grande agitação anda no New York Times desde sexta por causa de um tema querido: como é que as pessoas se apaixonam? É o top das visualizações e está certo que assim seja, pois é justo que o amor seja fácil de encontrar. Há uma fórmula para isso.

O que diz o artigo é que ficar apaixonado afinal é fácil. Implica um certo empenho de parte a parte e tomar uma decisão activa de deixar que isso aconteça. Depois, tem muito a ver com intimidade, ou seja, com a possibilidade de baixar um bocado as defesas e conversar sobre temas cada vez mais íntimos e que não fazem parte das perguntas que normalmente se fazem às pessoas.

São 36 perguntas. Só isso. E são perguntas boas, que nos fazem pensar, e que são muito melhores do que qualquer inquérito de revistas femininas. As perguntas que levam a que duas pessoas se apaixonem estão todas aqui. Um bom ensinamento é começar a dizer às pessoas de quem gostamos o que é que gostamos mais nelas.

A intimidade é que já me parece mais difícil de criar, especialmente a partir da altura em que se torna difícil ter umas horinhas para gastar sem mais nada para fazer - estou a pensar naquele tempo absolutamente inesgotável que tínhamos na escola secundária ou na faculdade. Em tempo livre, em condições filosóficas em que toda a gente está disponível para prescrutar o próximo... Mas eles dizem que basta pouco tempo, apenas 45 minutos.

O jornal, mais o estudo de Arthur Aron que cita, diz que para ficar apaixonado por alguém basta fazer isto. Se funcionar com alguém, contem por favor. Estou super curiosa.