A vida toda achei estupidificante fazer a cama. Não só pelo argumento de que ao final do dia iria desfazê-la de novo, mas também porque sempre achei uma impossibilidade prática fazer bem feita uma cama onde já alguém dormira.
Fica tudo enxovalhado, especialmente se for Inverno e estivermos a falar de lençol de baixo, lençol de cima e cobertores (geralmente cada um de seu tamanho e material - cobertores de papa, anyone?). Em cima ainda se acrescentava uma colcha (que era linda, às riscas azuis e brancas a condizer com a da minha irmã).
Então, em miúda fazia sempre a cama à custa de muito "vai fazer a cama" da minha mãe, coitadinha que paciência. Assim que tive capacidade de argumentar cravei-lhe um edredon. Pura preguiça - um edredon diminui consideravelmente o esforço, é só puxar-lhe as orelhas.
Não massacro os meus filhos com o "façam as camas", mas mesmo antes de sairmos de casa ao fim-de-semana (isto é, depois de já ter tudo tido tempo para arejar) lá lhes digo "só saímos quando as camas estiverem feitas" e eles aquiescem sem esforço.
Mãezinha, eu sabia que havia uma razão forte para não querer fazer a cama - os ácaros. Parece que adoram a atmosfera "quentinha" que fica numa cama onde alguém acabou de dormir. Não sou eu que o digo, são os cientistas, neste estudo sobre "porque é que não devemos fazer a cama". Por causa deles também, lá em casa a roupa de cama é lavada a 60º.
P.S. Adoro dormir numa cama bem feita - daquelas com lençóis por estrear e com os cantos dobrados como nos hotéis, mas sem os cobertores presos.
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