28/12/12

Porta dos fundos para distrair

Tem alguns sketches muito bons. Tem alguns.


Ora vejam, no canal da porta dos fundos.

De braços atados

Acabei de ver três rapazes a fugir com o produto de um assalto. Não percebi se de um banco se da Zara ao lado do Corte Inglês. Corriam pela rua carregados de sacos. Ninguém fez nada. Dois rapazes engravatados vieram procurá-los mas eles já iam quase na avenida da República. Ninguém pode fazer nada. Mas se fossem apanhados com força e se a polícia tivesse meios para actuar já era diferente. Lastimável.

Estou só mal habituada?

As empresas que prestam um bom serviço aos clientes têm-me como cliente e, ao mesmo tempo, habituam-nos mal para a vida. É o mesmo que trabalhar numa boa empresa ou ter uns bons pais. Assumimos que é tudo assim e, se calhar, não é. Há dias, comprámos um presente para oferecer à miúda no dia de anos numa loja para crianças. O dito era completamente inadequado para crianças e nós (os adultos) não o conseguimos pôr a funcionar. Peguei no presente e no recibo e lá fui a caminho da loja para fazer a troca.
Aqui entra o estar mal habituado, com lojas, como o Continente, que aceitam, sem questionar, os produtos que não nos servem ou que nos arrependemos de ter comprado ou que defraudam as nossas expectativas, e que nos devolvem o dinheiro.
Era isso que eu queria, para poder comprar uma prenda que funcionasse para a miúda, uma vez que não havia nessa loja nada que ela quisesse. Deram-me um vale, válido por seis meses, no qual não tenho interesse nenhum, dizendo-me que tivesse cuidado com o dito, porque no papel térmico, às vezes, a impressão desaparece.
Lembro-me de ter lido algures que temos sete dias para nos arrependermos, mas estou baralhada. Ou é a lei? Preenchi uma queixa para a direcção da loja, outra das formais para a ASAE, mas não sei se tenho sequer direito a isto, porque encontro informações contraditórias na internet. Alguém sabe ao certo?

A minha bebé fez seis anos e daqui a dias o meu bebé maior faz nove

Céus.

24/12/12

Feliz Natal (e tenho alguns cabelos azuis)

Entalados entre a excitação dos mais novos e o sono dos muito mais velhos, já desembrulhámos o Natal todo e ainda nem eram onze. Bom. Assim amanhã está tudo em forma.
O vizinho do lado testa um novo gadget, que apita por todos os lados (o que será?) e agora está a fazer flexões. Medo. O miúdo foi dormir a sonhar com ferraris. A miúda já encheu um saco com os brinquedos que quer levar amanhã para casa dos avós, para brincar com os primos. Eu recebi coisas muito giras.

Notas soltas:
Os frutos secos ganharam a corrida.
Esqueci-me da tarte que fiz para a consoada no frigorífico.
E tenho uma porção gigante de cabelo azul.

Como fazer frutos secos glaceados

Ou "acabei de chegar ao paraíso dos frutos secos e não deu trabalho nenhum".
Isto são nozes e amêndoas glaceadas. De-li-cio-sas!!! Esqueçam que devem ter um milhão de calorias por milímetro quadrado. Isto é um sonho e é só por ser Natal. Super simples de fazer.

Frutos secos glaceados

350 grs. de frutos secos (nozes, amêndoas, pecãs, avelãs, amendoins...)
120 grs. de açúcar
20 grs. de manteiga

Misturar tudo numa frigideira pesada em lume médio, até o açúcar e os frutos ficarem corados - cerca de sete minutos.
Dispor sobre papel anti-aderente, separados. Salpicar com sal fino.

Muito importante: Cuidado que o caramelo está a ferver. Muito.

23/12/12

Como se já não bastasse a excitação do Natal...

Caiu hoje o primeiro dente da miúda. Três dias antes de fazer seis. Ficou primeiro histérica, porque não sabia do dente, depois histérica, quando o encontrei.

Há morango no Santini

(Para quem não acreditava na magia do Natal)

Um conto de Natal

Um homem barbudo e gordo, farto de ser o único a trabalhar quando todos se divertem na noite da consoada, entrega o casaco do turno pelas seis da tarde. Não tem família, mas vai pela cidade deslumbrado pelas luzes, pelo vazio de gente e pelo silêncio. Deambula por Lisboa até às seis da manhã, quando é atropelado, sem gravidade, por um carro no Martim Moniz e decide regressar a casa. Não terá trabalho a partir de amanhã.
O comboio que devia conduzir já não chegará antes da meia noite a Coimbra. O seu atraso será notado. Não só pelos viajantes tardios, que esperam com muito frio em Santa Apolónia por um novo condutor, mas também pelos que aguardam a chegada de familiares e encomendas.
O novo condutor deixa o peru por trinchar, os presentes por abrir até à manhã de Natal e os filhos a chorar. Mais tarde, a mulher vai cortar um dedo com a faca mais afiada e vão acabar os três nas urgências, onde os médicos celebram com bolo Rei mole e espumante meio quente a chegada do Menino. A árvore de Natal está decorada com luvas cheias de ar e desenhos infantis da ala de pediatria. Em vez de presentes, os médicos trocam de pacientes. As urgências estão quase vazias. Não há doenças no Natal. Acidentes e bebedeiras, mas isso é mais tarde. À saída do hospital, vão atropelar, sem gravidade, um homem barbudo e gordo. Vão dar-lhe boleia para casa.
Em Coimbra, Maria espera pela chegada do seu bebé. Um bebé que ainda só conhece de fotografia e que vai adoptar. Não pode ter filhos. O marido foi a Lisboa buscar o menino. Da cabine na estação, telefona a avisar e diz-lhe que abra um dos presentes que está debaixo da árvore, para ajudar a passar a angústia do tempo. O azul. Estão dois presentes debaixo da árvore, o dela para ele e o azul, que tem forma de livro. Abre-o cuidadosamente, para não estragar o papel. Fecha os olhos e sonha com o que poderá estar lá. É um álbum de fotografias, da família dos dois, que está dispersa pelo mundo. Além da família, há fotografias dos dois em bebé, em criança, e ao longo da vida até se encontrarem. E há uma fotografia do bebé que virá a caminho. Maria vai à janela e decide ir esperar para a estação, onde está frio e húmido, mas isso não a incomoda. Espera. Dentro de minutos ou horas terá o seu bebé. Com a demora da viagem, o bebé, que vai ser o mais bonito do mundo para Maria, chega às duas da manhã a dormir ferrado. Maria e José abraçam-se felizes. O bebé só acorda no dia a seguir.

20/12/12

I'm that organized!

Ou "coisas para facilitar a vida".
Tenho um canto num armário lá em casa que vou preenchendo de coisas, presentes ou achados que, em sendo precisos, saem para oferecer em aniversários.
Tenho coisas para todas as idades e tipos de pessoas, desde brinquedos - especialmente reforçado em caso de encontrar boas promoções -, a coisas de crescidos.
Tenho materiais de desenho por estrear - essencialmente porque acho que cada pessoa poderá ter a mesma ambição que eu, de ter materiais novinhos para trabalhar.
Tenho algumas coisas que nem sei categorizar. Mas gosto delas à mesma.
Aliás, neste armário só tenho coisas de que gosto. Porque adoro dar presentes.
Depois embrulho tudo, preferencialmente com papel reutilizado, preferencialmente com grandes laços de tecidos coloridos.
E, muito sinceramente, tenho a ambição de que as pessoas gostem mesmo do que eu dou.

18/12/12

Fotografias mágicas

Ainda um dia hei-de ter fotografias assim, só minhas...

Música de Natal da Comercial

Eu sei que já não é novidade, mas só hoje é que vi o vídeo. E, caso tenham curiosidade, vejam a piscadela de olho e o comentário do Ricardo Araújo Pereira ao minuto 2:38, quando estão a falar da prima que cresceu e já não é nenhum bebé.
Tão bom.

Dúvida existencial substancial

Há meses que o meu filho me pede uma nerf para o Natal - para quem não sabe, isto é basicamente uma pistola.
Parte de mim rejeita essas coisas, a violência que tem associada. A outra parte diz "até eu gostava de ter a minha própria nerf" e "se dermos uma régua e um esquadro a um miúdo, ele vai usá-los para fingir que são uma pistola. Transparente. Com poderes de defesa especiais."
Estou dividida.

Parabéns à Tous no Chiado

É que, a sério, parabéns do fundo do coração e as máximas felicidades para o vosso negócio. Merecem pelo esforço que tiveram. Tomaram conta de uma das lojas mais lindas de toda a Lisboa. A Ourivesaria Aliança, na Rua Garrett, no Chiado. Andei a temer pelo seu destino desde o momento em que vi as portas de ferro fechadas. No fim-de-semana, num dos passeios natalícios passámos por lá e demos de cara com a Tous, no espaço da ourivesaria. Acho que não mudaram nada, acho que a loja ainda está mais bonita. A foto não está linda, nem se percebe muito bem, mas dêem lá um saltinho que os senhores merecem. E comprem coisas, que eles têm lindas. Eu gosto muito dos medalhões.
Felicidades. A sério.

Last Christmas revamped

The xx

17/12/12

Anúncios excelentes

Sempre gostei de ver um bom anúncio. O problema principal - que nos faz acabar por viver nesta coisa do zaping perpétuo assim que vemos o primeiro anúncio - é que a generalidade dos anúncios é completamente desinteressante.
Depois há outros assim. Bons como o raio. Ora vejam.

Os giros:






Os queridos:




Os que fazem as pessoas sensíveis chorar:


Todos tirados daqui (escolhi os melhores para mim).

16/12/12

Como tirar as marcas escuras entre os azulejos

Esta é verdadeiramente surpreendente e prova que mesmo as coisas más podem trazer coisas boas. Ontem, já contei, houve cá uma inundação na cozinha.
Um dos efeitos mais imediatos da destruição da água foram as embalagens de cartão das pastilhas de detergente da loiça. Três, compradas em promoção no fim do mês passado, todas moles e estragadas. A embalagem que já estava aberta ficou com as pastilhas que estavam fora do saco de plástico esfareladas, os outros sacos protegeram as pastilhas - menos mal.
A água que por lá passou e tombou para o chão foi, portanto, carregada de detergente para a loiça. Hoje, o nosso chão da cozinha voltou a ter os intervalos entre os azulejos branquinhos. Boa.

O que (não) dizer às crianças

Numa altura em que vivemos numa espécie de ansiedade colectiva em informar as crianças, quase como se precisassemos de partilhar todos os momentos de ansiedade das nossas vidas com eles, o Motherlode do New York Times faz mais sentido do que o resto.
Fica o link. Aqui

Uma vida de glamour

Se há coisa de que a menina aqui gosta é de borga. Hoje tinha uma bela festa prometida: os 50 anos da minha colega de carteira, no Van Gogo - sítio onde nunca pus os pés e sobre o qual sempre tive muita curiosidade. Música do 2 prometida.
Pois.
Embrulhei a prenda, vesti roupinhas de disco, calçei os botins de salto alto (pela primeira vez em quase seis meses, por causa da operação), pintei os olhos, penteei-me, brincos, essas coisas...
Minutos antes da hora de sair, a miúda acordou a chorar agarrada ao ouvido. "Dói muito, mamã. Dói muito", com lágrimas a sério. Depois da fantochada com a otite do irmão no Verão, decidimos que o pai ia com ela ao atendimento permanente. Uma dose de Brufen, enchi um saco com mimalhadas, beijinho e as melhoras.
Liguei à minha boleia a dizer que já não contasse comigo, vesti o pijama que nem sequer condiz e sentei-me no sofá, a fazer zaping.
Cinco minutos.
Agora é uma dor de cabeça, raios. Vou tomar qualquer coisa à cozinha, que tem a porta fechada. Pelo caminho, ouço um barulhinho, assim tipo meio fonte meio puto a fazer xixi.
Mega inundação na cozinha. A sério?
Fuck.
Passei a hora seguinte de esfregona em punho, a espalhar toalhas de banho pelo chão e a rezar para que regresse depressa o homem da casa e que miúda não tenha otite nenhuma.
Não tem.
Para glamour já é de mais para uma noite só.

15/12/12

Prendas originais

Os miúdos trouxeram da escola umas bolas de Natal absolutamente amorosas. Uma ideia muito simples e com um efeito que perdurará. Uma bola, tinta na mão a fazer de bonecos de neve. Adorei.



Estes americanos são doidos!

Parece que as camisolas de Natal estão na moda, diz o NYTimes. Sabem quais são? Aquelas coisas assustadoras e horríveis dos anos 80, com renas, bolas e outros enfeites natalícios. É uma tendência, presumo que adoptada pelos baby boomers... Há músicas e tudo sobre a coisa. Que susto!

14/12/12

Estou apaixonada!

Foldify para o iPad. Quero. Muito.
Ah, espera, não tenho um iPad...

A cena dos guarda-chuvas

Não sei como é que isto me acontece, mas hoje passei outro guarda-chuva para as mãos de uma pessoa que estava a precisar. Ia a conduzir, a prestar atenção às poças, aos condutores, aos semáforos, e essas coisas, mais as outras que andam nas cabeças das pessoas. No meio da estrada, estava um velhote, a lutar com um guarda-chuva partido. Estava a chover. Pois. O meu carro parou, vi a minha mão a tirar o meu guarda-chuva novo e a dizer ao senhor para me dar aquele e ficar com o meu. O senhor agradeceu, assim meio estupefacto, e eu fui-me embora.
Cenas estranhas que me acontecem.

12/12/12

Biscoitos de laranja e suspiros no forno

Os miúdos fizeram biscoitos de laranja para oferecer às professoras. Os biscoitos estão quase a sair do forno - seis tabuleiros inteiros de biscoitos deliciosos. Uma prenda que eu gosto sempre de receber.

Cada um fez sua dose:
Misturar 250 gramas de açúcar com quatro ovos e uma gema, sem bater muito, acrescentar 400 gramas de farinha, raspa da casca de duas laranjas e uma colher de chá de fermento em pó. Fazer montinhos de massa, com a ajuda de duas colheres (ou uma colher de gelado das que têm uma alavanca para empurrar). Vai ao forno aí uns 10, 15 minutos, a 160º.

Juntei às duas claras que sobraram 150 gramas de açúcar e bati-as em castelo. Agora, estão no forno a 60º a secar.
... Suspiro...

Enfiados em casa

O dia está a ser do mais produtivo do que há memória, aqui, na oficina do Pai Natal. O presépio do mais velho ficou pronto num instantinho, a pequenita está colada a mim a cortar o dela afanosamente, enquanto respira só pela boca e reclama por eu ter de trabalhar um bocado.
Já tivemos de fazer avançar a artilharia pesada - pinturas, colagens, dourados, fitas, botões, presentes especiais, essas coisas todas. Estamos em avançado estado de produção.
(Só se pegaram agorinha mesmo, mas eu sou capaz de ter contribuído...)
A seguir, vamos fazer biscoitos - um recurso inesgotável para os dias não.

Salva pela Filipa

Um post na página do facebook de uma amiga levou-me a este site, com imensos desenhos para recortar e pintar, que hoje me vai salvar o dia. Os miúdos acordaram - os dois - com dor de cabeça, assim tipo gripe, por isso ficámos os três em casa. Eles estão a pintar o presépio. Digam lá que não é uma ideia linda? Obrigada, Filipa.

All I want for Christmas is...


10/12/12

Castigo das segundas-feiras

Esperar pela saída dos miúdos da natação.

Espero calmamente 20 segundos pelo elevador

Esse é o limite para a maior parte das pessoas. Acima disso, começamos a ficar impacientes. Quem o diz é Theresa Christy, matemática que trabalha na empresa de elevadores Otis, num artigo muito interessante (para quem acha piada a estas curiosidades), publicado no Wall Street Journal. Uma espécie de um behind the scenes, com curiosidades sobre elevadores. Como a existência de um botão de elevador nalguns hotéis para que quem leve a prancha de surf viaje sozinho, sem incomodar os outros hóspedes.

Assumo: hoje fiquei maluca no Alegro

Hoje precisei de ir buscar umas prendinhas ao Alegro. Duas lojas, umas voltinhas com a minha mãe e demos com este robot. Além de ser muito giro, está a oferecer vales até 6 de Janeiro, num montante total de 30 mil euros.
Como tinha os pré-requisitos necessários - talões de duas lojas, acima de 20 euros -, fomos jogar. No caminho para a máquina, enchi-me de confiança, pensando "vou ganhar cem euros", "vou ganhar cem euros", "vou ganhar cem euros", "vou ganhar cem euros", etc., etc. Repeti isso à ajudante do robot, que se riu com a confiança. Deram-me uma senha para jogar cinco vezes. À segunda jogada, sairam três corações alinhados, ou seja, cem euros. Ganhei cem euros! 100!!! Não foi o robot que entrou em curto-circuito. Fui eu! Estou maluca!

06/12/12

Cloud Atlas ou a banhada do ano

Cloud Atlas, ontem à noite. Ou como desperdiçar uma noite de baby-sitter e a sua remuneração, mais 13 euros para ir ver um filme muito mau, sem ponta por onde se lhe pegue e comprido como o raio. Ainda por cima.

Impossível não gostar de Niemeyer

"Absurdo é o deserto." É famosa a resposta dada pelo então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, a uma jornalista que lhe terá perguntado se não era absurdo construir a capital do Brasil no deserto. Oscar Niemeyer, o arquitecto que desenhou a cidade, morreu ontem aos 104 anos, e deve ter ido tranquilo, porque pode, de facto, dizer que deixou a sua marca no mundo.
Esta obra, que parece tão maluca como o desenho de uma criança, é o Centro Oscar Niemeyer em Avilés, Espanha. Em Portugal, Niemeyer tem apenas uma obra, o Casino Park Hotel, no Funchal, que pertence agora ao Grupo Pestana.
A forma orgânica dos seus desenhos encanta. "Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura e inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual - a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos rios, no corpo da mulher amada."
Oscar Niemeyer, Vinicius de Moraes e a sua mulher, Lila, e Tom Jobim (fotos todas via Archdayily)

05/12/12

A minha pilha DIY cresce a olhos vistos

Tenho tendência para estabelecer os objectivos mais complicados do mundo. Este ano, a minha ideia é, mais uma vez, fazer as minhas prendas de Natal.
O que eu vejo, hoje, dia 5 de Dezembro, é que terei pronto no dia 24 um brilhante monte de prendinhas homemade para toda a gente da minha lista. Já embrulhadas em papel reutilizado e enfeitado com desenhos dos miúdos, claro.
Vou empilhando aqui ao lado as coisas de que vou precisar, vou tomando notas de ideias giras e de sites que ensinam a fazer as coisas que gostava de fazer. Já sei o que quero fazer, até posso ter o que preciso.
Mas depois, começo a duvidar de mim própria e a calcular que, se calhar, o que estou a pensar fazer não terá valor nenhum para a pessoa que vai receber a prenda. Desconfio sempre da minha falta de jeito, empenho e tempo para completar as tarefas. Temo que não gostem e que vá depois lamentar o tempo, empenho e jeito que gastei para o fazer. Com uma prenda comprada podemos sempre dizer "se não gostares podes trocar" e lavamos as mãos da responsabilidade na escolha.
Mas acho que, no fundo, enquanto sociedade, tirámos o valor a tudo, tirámos o valor ao homemade, com as tais chinesices de que falava há dias, com a disponibilidade automática de tudo o que pudessemos precisar. Uma disponibilidade automática que vejo a tornar-se mais difícil. Já há muitas coisas que não consigo encontrar.
Mantenho-me fiel à minha ideia. Vou fazer as minhas prendas de Natal (e os miúdos vão ajudar-me).

03/12/12

Ah! Há um nome para esta cena que me acontece!

Sabem quando nunca ouviram falar ou nunca viram uma coisa e depois casualmente lêem/vêem/aprendem sobre isso e, no momento quase a seguir, começam a ouvir ou a ver essa coisa em todo o lado?
Isso acontece-me muitas vezes - e muitas dessas vezes até parece que sou uma pessoa informada, o que acaba por ser bom. Outras vezes pode ser um pouco enjoativo, se a coisa que vemos for uma coisa de que não gostamos.
Pois esse fenómeno tem um nome: é o fenómeno Baader-Meinhof. Descobri aqui, onde aprendi mais 26 nomes de coisas de que nunca mais na vida, juro, me vou recordar. Entretém.

O tempo a passar

Hoje à noite começámos a namorar há 19 anos. Mega rápido, bom.

02/12/12

O vazio do mar

Quando chegámos ontem, o mar estava tão cheio que nem conseguimos usar o atalho ao pé das casas à beira do rio. Hoje está tão vazio que o caminho é uma avenida, cheia de vidros rolados e de conchinhas para levar para casa e para fazer colagens. No meio do rio, a areia desenha um vê.
Que dias absolutamente lindos. Que sol, que mar, que luz.

01/12/12

A árvore de Natal do Pinterest

Acho que ainda não é este ano que a comunidade Pinterest vai repinar a nossa árvore de Natal.
Fizemos a árvore hoje de manhã, antes de sairmos de casa, depois de uma valente dose de panquecas com mel ou açúcar e canela. No YouTube escolhemos a playlist christmas songs e enchemos a casa de Natal. Os miúdos tentaram encher todos os ramos com os enfeites que já tínhamos e todos os que eles foram fazendo ao longo dos anos na escola ou em casa.
Portanto, a árvore não vai para o Pinterest, mas nós achamos que está linda.
Agora é que é: Feliz Natal.

30/11/12

Por causa do frio

Não é um frio qualquer. Nem sequer é este frio de que anda toda a gente a sofrer. É um frio assim meio estranho, que não passa com casacos quentes ou luvas, nem botijas nem meias duplas nos pés. Talvez melhore com um gorro russo, mas fica-se meio ridículo. É um frio mais interior do que exterior. É desagradável.
(Por causa do frio na sala de operações - gelado e que nos põe a tremer, pensamos que são nervos mas é mesmo o frio - , uma amiga que foi operada esta semana constipou-se. Não há direito. Um beijinho de melhoras para ela.)

29/11/12

A miúda tira fotos giras


O meu pai continua a ser o guru dos citrinos

Posto o desafio, o meu pai conseguiu - à primeira - descascar a tangerina à moda do Pinterest.
Eu não.
Quando éramos miúdos fazia enfeites à carneiro com as cascas das laranjas.

Os presépios mais amorosos do mundo

Quando chegámos a casa ontem, depois da noite de borga semanal - muito boa para manter a sanidade mental - encontrámos um cenário amoroso em cima da mesa. Os miúdos estiveram entretidos com a baby-sitter o serão todo a fazer presépios de plasticina. E ficaram deliciosos. Vão para baixo da árvore. Ora vejam.

28/11/12

Alguém consegue explicar-me...

... assim, como se eu tivesse pouca idade, porque é que há drama com os vídeos das imagens das manifestações?

Vacinas

Um dos momentos mais brilhantes da maternidade é levar os filhos às vacinas. Acho que equivale aos momentos em que há um cocó na fralda sem muda-fraldas a quilómetros e temos de mudar os putos em andamento.
Hoje, a miúda foi levar a dos cinco/seis anos. Levei o pai, porque ainda não posso pegar em sacos de batatas e porque já sabia o que ia acontecer.
Em resumo: foi uma berraria de tal ordem que até as fundações do edifício tremeram. A conversa é fácil, "é para o teu bem, para não teres doenças chatas" e "não há discussão, levas a vacina e acabou", mas ela parecia um leitãozinho enlameado.
São duas doses. A primeira ainda marchou calmamente ao meu colo, até a agulha entrar no braço, mas foi. Depois começou a sinfonia e a tentativa de fuga. Aí, passou para os cuidados do pai e a segunda dose só entrou à custa de três adultos a segurá-la (nós os dois e o outro enfermeiro). Berrou, esperneou. Às tantas, até gritou "cocó" (o que, confesso, achei muito divertido de tão inapropriado).
À saída, dizia indignada "as agulhas entraram mesmo nos meus braços. A senhora é má."
Ela faz seis no próximo mês, mas hoje estive a ler que está a haver um aumento de casos de tosse convulsa. Só há uma protecção, que é levarem as vacinas nas datas devidas.

27/11/12

A vida não é bem como nos filmes

Quando era miúda havia uma loja nas Amoreiras, no primeiro andar, ao lado dos cinemas, que tinha as coisas mais bonitas do mundo.
Era lá que eu queria gastar todos os meus tostões. E lembro-me que havia uns telefones americanos com que eu delirava, em forma de hamburgers, de lata de coca-cola, de lábios ou de cabine telefónica. Como não tinha dinheiro suficiente para nenhum desses, acabei por comprar um telefone transparente, que também fez um grande sucesso. E que usei durante muitos anos.
Noutro dia, vi uns telefones iguais, com preços bastante acessíveis. Andei uns dias a pensar naquilo. Acabei por comprar uns lábios, que fizeram as delícias dos meus filhos. Só têm um problema - fazem ruído. É injusto, não é?

Dúvida

Será que o Roberto Leal teve medo quando estava a filmar o anúncio de Natal da Optimus com os Moonspell? Eles são mais ou menos assustadores. Será que são pessoas sensíveis, por baixo daquele aspecto evil?

26/11/12

O stress do ginásio

Dêem-me o paredão de Oeiras para andar, coberto de chuva ou de gente.
Dêem-me Belém ou as Docas.
Dêem-me escadas para subir. Ou descer.
Dêem-me uma bicicleta, que eu estou quase a poder pedalar outra vez.
Dêem-me músicas divertidas para dançar, na sala, na rua, numa festa.
Dêem-me horas seguidas de gargalhadas, dobrada sobre a barriga, a fazer abdominais.
O ginásio provoca stress, conclui um estudo qualquer que ouvi citar nem sei a quem nem sei quando. Talvez na semana passada.
Pois é.

23/11/12

A sério?

Já falámos de tangerinas e do cheiro que elas têm, que fica agarrado às mãos durante horas. Agora, o que eu não sabia é que há génios das tangerinas. Pessoas que fazem estas cenas. Vi no Pinterest e vou testar.

22/11/12

Blogue Saber Viver

A revista Saber Viver tem um blogue novo, para partilhar as novidades mais fresquinhas. (Ouviste, Lina?)

A lista interminável

Tenho um problema com fazer listas. Para começar, geralmente perco-as, o que faz com que percam todo o efeito pretendido. Quando não perco, esqueço-me que as fiz, o que vai dar ao mesmo. Depois, acho-as sempre intermináveis e, mesmo assim, incompletas. Quando volto a pegar-lhes dias depois de as fazer vejo sempre que me esqueci de imensas coisas.
Na vida, às vezes, também é assim, esqueço as coisas boas que devia ter organizadas numa lista permanentemente acessível.
Por norma, tendemos a tomar o que temos como adquirido e menorizamos/normalizamos as pequenas coisas positivas que nos acontecem. Pelo contrário, temos tendência a empolar/lamentar as coisas negativas, como se tudo nos corresse mal. Se calhar falo no plural quando devia falar no singular, mas que se lixe, deve haver mais gente assim por aí.
Lembro-me disto recorrentemente, quando encontro amigos com problemas, doenças chatas, falta de recordações boas, dificuldades financeiras, solidão, incompreensão, tristeza... Uma lista interminável de coisas tristes. Quando isso acontece, faço sempre mentalmente uma lista das coisas boas que tenho e procuro incentivar essas coisas positivas também no outro. Acho que nos fortalece pensarmos em coisas boas.

O Dia de Acção de Graças - hoje, americanice que acho que não faz mal nenhum adoptarmos porque devemos agradecer as pessoas e coisas boas que temos - é um bom dia para agradecer:
- a vida
- a família e os filhos
- a saúde
- os amigos
- os vizinhos
- os dias bons
- o trabalho
- as pessoas que não conhecemos e nos dão força
- a energia
- a casa, o pão, a educação
- a paz
- as memórias
- as viagens
- os passeios
- ...

21/11/12

Quem gostava de ver "Men in trees" ponha a mão no ar

O que eu gosto é de ver beijoca e amor e felicidade. Vi, deliciada, todos os episódios da série "Men in trees", sob o olhar gozão do meu partenaire. Depois acabou, desapareceu da tv. Hoje encontrei esta pérola. Isto dá faísca. E justifica que os dois tenham ficado juntos na vida real. Só não percebo é porque é que nunca vi este episódio em concreto.
Pior - nem na Amazon dá para comprar a série. Está esgotada.

Guilty

Fazer sopa sem descascar as cenouras - check.


Cheer up

São os rapazes adolescentes (poucas raparigas, poucos adultos) que fazem mais disparates hoje ou é um rito de passagem publicar no youtube todos os disparates que fazem?

Reparem na tendência que quem anda de skates, patins ou skis tem para acabar a sofrer num corrimão. Ou na outra tendência de saltos para sítios longe resultarem em telhados ou outras coisas partidos. Ou ainda a impossibilidade quase total de atravessar ribeiros ou cursos de água recorrendo a uma liana ou uma corda.
Dá para umas boas gargalhadas, bom para a hora do almoço. Ainda bem que inventaram o youtube.

O que há para gostar no Outono

Tirando as castanhas, que não é nada original, porque toda a gente gosta, o que eu gosto mesmo do Outono é aquela coisa das folhas a cairem das árvores.
Assim, como se estivesse a chover, amontoando-se no chão como edredons fofinhos.
Acho que é uma reminiscência da primária (e da minha querida professora), da altura em que podia passar uma manhã inteira a escrever uns bitaites sobre a chegada do frio, sobre o homem das castanhas, sobre as folhas. Não há nada mais bonito do que as folhas a cair.

19/11/12

A porcaria da reserva

De repente, o meu carro anda sempre na reserva ("mãe já gastaste sete pauzinhos de gasolina").

É como a porcaria da despensa e do frigorífico, vaziinhos. Deixei de ter coragem de subir a ladeira carregada com sacos de compras. Um saquito a mais e lá começa o pescoço a chiar (já devo ter gasto uns quantos pauzinhos da coluna).

16/11/12

Fim-de-semana de Outono

É o que aí vem, vi agora no facebook da Prevenir, que pergunta pelos planos para o fim-de-semana de Outono. Céus, não tenho planos nenhuns. Os miúdos tendem a ficar irrequietos quando não temos nada programado.
Os fins-de-semana são constituídos por blocos de tempo - não como os do filme "About a boy" com o Hugh Grant, que divide o dia em blocos de 30 minutos, mas em quatro pedaços. Ou seis porque, se tivermos jantares, esses blocos também contam. Podemos ficar um ou, no máximo, dois blocos em casa. Mais do que isso e os miúdos (e eu) começam(os) a alucinar. Quanto ao resto, convém incluir exercícios no exterior, em ciclopevias ou picadeiros... (sou fã do Ricardo Araújo Pereira e as alucinações maiores dele, as alucinações mais Monty Pythoniescas, são as minhas preferidas. Bem, neste caso, as ciclopevias são onde os cíclopes fazem exercício e os picadeiros ficam para os centauros, que são meio homem meio cavalo. Quando não temos programa, os meus filhos ficam um pouco de ambos.)
Isto por me ter lembrado que não temos programa para o fds. Haverá filmes? E programas grátis? Quero ir ver o 007 com o miúdo, que vai delirar, como eu, com o filme.

15/11/12

And the beat goes on

"Mãe, a minha turma vai trabalhar com uns alunos de Berlinde."
E também
"Mãe, a Luísa Dupla Soares vai lá à escola."

Vistas para descansar a vista

27 vistas para nos lembrarmos que a Terra é um lugar incrível, diz a CNN.
Esta é na Galiza, em Espanha, que é o mais que se aproximaram de Portugal, mas penso que foi por nunca terem ido a Sintra, espreitar do Chalet da Condessa para o Palácio da Pena, à entrada de Lisboa por mar, e a tantos outros sítios mágicos que por aqui temos.

As perguntas que os jornalistas devem fazer sempre

Uma das primeiras coisas que aprendi quando comecei a trabalhar num jornal económico há uns anos, foi que, além das cinco perguntas da praxe necessárias para escrever notícias - Quem? O quê? Quando? Onde? e Porquê? - havia mais duas. Duas perguntas fundamentais e que dão um ângulo diferente.
Quanto custa? e Quem paga?
Isto é, aplicadas à violência de ontem:
Quanto custam os danos nas coisas públicas e privadas que ontem estragaram, partiram e destruíram aos pés da Assembleia? Calçada, contentores, vidrões, sinais de trânsito, equipamento policial, montras de lojas, carros, ... Quanto custa?
E, igualmente fundamental, quem paga?
Um calceteiro, que estava a repor as pedras no passeio à frente da Assembleia, disse, sensato, na SIC, somos todos nós que pagamos.
Os julgamentos sumários a que os tais nove detidos estarão sujeitos poderão, caso sejam considerados culpados, incluir a reposição dos bens danificados? Ou trabalho comunitário de limpeza das ruas?

Acho que estou com um resfriadozinho

Frio, dor de garganta, dor de cabeça. Acho que é isso.

14/11/12

À carga

Não, senhor sociólogo que está a falar na SIC Notícias, isto não é a sociedade portuguesa. Isto são agitadores. Aparentemente estrangeiros, ainda por cima. Não se lhes pode proibir a entrada em Portugal, como se faz com os imbecis dos hooligans antes de jogos internacionais? Uma hora a levar com pedras? Nem um minuto. Agora para se ser polícia ainda é preciso ser santo.

Safei-me depressa

Demorei meia horinha a chegar ao centro de Lisboa.

Outra vez greve?

Miúda, veste-te depressa, que hoje há greve e temos de ir mais cedo para a escola.
"Boa e temos de levar guarda-chuva para nos protegermos da greve?"
...
"Mas, mãe, hoje está sol..."

12/11/12

Eu antes não era assim

Isto é, antes, quando precisava de comprar qualquer coisa, eu sabia exactamente o que é que queria comprar, em que loja, em que cor e qual era o tamanho certo.
Agora, por exemplo, olho para cinco pares de botas diferentes e não consigo decidir de quais gosto mais. Olho para quatro casacos de Inverno e não sei dizer qual é que quero.
Não sei se é por não saber quais serão as coisas mais rentáveis a médio prazo se é por não conseguir mesmo decidir quais são as mais giras.
Acho que tem tudo a ver com a necessidade que sinto de investir nas coisas mais estáveis, mais duráveis, mais utilizáveis este ano, no próximo e no outro a seguir.
Torna-se complicado complicar as coisas.

Pequenos vícios

Adoro a comida do Wok to walk. É que sou mesmo fã. Isto não podendo ir ao Wagamama - que é o meu restaurante preferido de todo o mundo, o sítio onde poderia comer todos os dias da minha vida sem me fartar. Hoje partilhei noodles de ovo + ovo + legumes + cogumelos shitake + camarão + bróculos + molho agridoce. Estava uma delícia, como sempre. O meu molho preferido é o bangkok, com caril e leite de coco.

Também adoro gelatina de morango feita em casa. É uma das coisas mais lindas do mundo. E sempre - mas sempre - que como gelatina lembro-me das nossas festas de miúdos, com a casa cheia de crianças histéricas a comer gelatina de morango, pães de leite em miniatura e a beber sumos.


09/11/12

Uma hora de atraso

Uma inteirinha para vir buscar os miúdos à escola. Céus.

As chinesices

Cada vez mais me parece que estamos a ser achinesados. Sem falar dos capitais que compram partes de empresas e suportam os gastos do Estado, já não são só os brinquedos que são exclusivamente chineses, com uma duração ainda mais limitada do que o tempo que demora às crianças fartarem-se dos brinquedos.
Começo a ver sintomas disto em todo o lado. Na roupa, nas lojas imensas cheias de trapos para usar e deitar fora, dos sapatos feitos de papel prensado, das camisolas de lã que nunca viram uma ovelha, das bijutarias de plástico às toneladas.
Onde me choca mais é nos restaurantes, que estão cada vez mais a servir gato por lebre. (Somos o que comemos). Agora, muitas vezes, comida a fingir que é chique mas é uma porcaria.
Há dias, li um artigo em que um jornalista (americano/McD) defendia que vivemos cada vez mais num mundo de extremos. Agora, quase só podemos optar entre o muito barato - o hamburger a 1 euro - e o luxo - o hamburger a 6 euros. O meio está esbatido e desaparece. Passamos a só poder comprar as chinesices (e os ricos que comprem Chanel).

Da mesma maneira que quando não está nevoeiro

Como é que se estacionam os aviões com este nevoeiro?

07/11/12

Em Outubro, não gosto mesmo nada do Natal

1 de Dezembro - dia a partir do qual se pode/deve montar a árvore de Natal
Eu sei que já estamos em Novembro, que, note-se, não é Outubro, mas já há que dias que ando a cruzar-me com pais Natal e coisas do estilo. Enjoa e não me leva a comprar nada.

Fail once, start over

Sabem aqueles donuts para fazer penteados sofisticados que agora se vendem em todas as lojas, da Claire's à H&M?
Comprei um, achando que devia ser fácil/instantâneo fazer o tal penteado sofisticado. O exemplo, desenhado na embalagem, parecia fácil. O meu cabelo nunca esteve tão propenso a cenas sofisticadas.
Pois.
Consegui fazer o primeiro rabo de cavalo - esse é de facto fácil - com um elástico normal. Depois, tive de pegar no dito donut e sobrepô-lo ao elástico. Jóia.
A seguir devia "enrolar o cabelo à volta do donut, é muito fácil, e prender no donut, não custa nada".
Pois.
Fiquei, no máximo, com um rabo de cavalo com um donut a enfeitar.
Mas hei-de conseguir. Persisto. Hoje à noite vou ver os vídeos no youtube (search: hair bun maker)

05/11/12

Post da caca ou como desentupir canos com vinagre

O vinagre, essa maravilha multiusos da humanidade, serviu esta noite para desentupir uma sanita cá em casa.
Sorry, isto é mesmo um tema da caca, mas, se servir para ajudar amigos da blogosfera a safarem-se dos seus próprios entupimentos, já valeu a pena.
O "drama" começou na quinta-feira. Fui tentando com o autoclismo, com uma dose generosa de detergente da loiça, com bastantes jarros de água a ferver, numa escalada de violência que terminaria inevitavelmente numa chamada para um canalizador. Nada contra, excepto na questão do preço e de ter de estar em casa enquanto um senhor desentope qualquer coisa menos digna por aqui.
Por isso, ontem, antes de ir dormir, despejei uma chávena de vinagre branco, do mais rafeiro (nada cá de esquisitices), na dita sanita. Pensei que íamos acordar numa névoa de aroma de vinagre (à semelhança do cheira-a-cebola-que-se-farta-a-noite-toda-mas-cura-a-tosse), mas isso não sucedeu.
A sanita salvou-se da inacção e a minha carteira salvou-se do canalizador.

26/10/12

Talvez

Só talvez, tenha exagerado no tamanho da fatia de bolo que comi hoje para comemorar os sete anos da Prevenir...
(Mas estava tão bom...)

21/10/12

Estás a fazer dieta?

Ou falamos de comida, mesmo comida a sério, trocando histórias de visitas a restaurantes como os miúdos trocam cromos e comentando o sabor de um ingrediente exótico que experimentámos do outro lado do mundo, ou falamos de dietas. Não há meios termos.
Ou estamos de um lado, possivelmente com um ligeiro excesso de peso, ou estamos do outro. E quando vamos ao primeiro ficamos com sentimentos de culpa. A comida é - continua a ser - a questão fundamental das nossas vidas.
Para quem não percebe nada de dietas, aqui fica um guia de leitura simples sobre as várias mais famosas.
Sendo que para estar em forma não há segredos mágicos, sejam comprimidos ou suplementos. Estar em forma resume-se a controlar o que se come, tanto a quantidade como a qualidade, e a fazer exercício. Ou seja, queimar mais do que consumimos.


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13/10/12

A transitoriedade das coisas que me deixavam feliz

Ou, coisas vagamente parvas, e em relação às quais não tinha grande responsabilidade, de que me orgulhava quando era pequenina:

Sermos seis lá em casa
Ter três irmãos
Ter muitos primos
Ter pés grandes
Ter entrado para a escola aos cinco anos
As Quintas
Ter o umbigo ao contrário
Ter uma terceira maminha
Ouvir muito bem
Ter uma memória excelente
Saber falar muito bem inglês
E, depois, francês
Saber subir às àrvores
Saber andar de bicicleta
Saber nadar bem
Ler muito
Saber muitas coisas
...

12/10/12

Adoro isto

Lisboa. Cheia de turistas de mapa na mão, à procura de coisas de que eu gosto muito. A Baixa. O Chiado. A Estufa Fria. A Gulbenkian.
Gosto tanto de Lisboa.

11/10/12

Quem entrar em nossa casa

Dificilmente dará pela televisão, que é mini e meia rupestre. Mas, dentro de minutos, teremos concluído um upgrade que nos vai permitir fazer aquelas coisas que toda a gente tem, como gravar séries, tipo, assim de repente, Downton Abbey, que começa segunda (a terceira série). Está um senhor em meditação transcendental no chão da sala, veio da zon e trouxe gadgets.

08/10/12

Mimos doces


Gostava de assinalar

A paciência do pai do primeiro andar que, depois de um dia de trabalho, teve pachorra para ir fazer salame de chocolate com o filho. Bolachas por todo o lado, pó de chocolate a voar e cenas dessas. That's it.
(Só não publico a fotografia porque parece, enfim, que está a mexer em cocó)

06/10/12

Isto será verdade? 65,5% num salário de 2 mil euros? Trabalhar para quê?

O que diz hoje a manchete do Correio da Manhã - esquecendo o facto de ter a melena do Sá Pinto lá pespegada em cima - é verdade? 65,5%? Dois terços do salário? Será possível? É que só pode ser a gozar. A questão que cada vez mais me pergunto é: trabalhar para quê? 


05/10/12

Conto do vigário

Do outro lado do telefone, a rapariga que trabalha em minha casa:
"Está aqui um senhor com uma encomenda, diz que é preciso pagar 1000 euros para ficar com ela. Mas eu não tenho esse dinheiro. O que é que eu faço?"
Nada, diga para deixar a nota da encomenda na caixa do correio, por favor.
...
"O senhor foi-se embora."
Ok, era mesmo tanga.

04/10/12

Greve, outra vez?

Acordem para a vida. Estranhamente, parece-me que, mesmo com o direito à greve, não há direito. Toda esta gente que está a tentar de carro, bicicleta ou a pé, ir para o trabalho, está a ser prejudicada.
Não há uma forma de protestar mais eficiente e original que, ao mesmo tempo, permita melhorar o trabalho e a competitividade da empresa e, portanto, preservar os tais locais de trabalho que dizem estar a tentar defender? Assim tipo, greve à hora do café? Tipo, trabalhar efectivamente mais?

27/09/12

A vida por outros olhos

Todos os dias, procuras no espelho
os olhos que já não estão lá.
Ou, quer dizer, ainda estão,
mas são tão diferentes,
que já nem são bem os mesmos.
O breve tempo em que os teus olhos
eram aquilo que tu te lembras de serem,
perdeu-se. Foi-se.
E o que tens agora são uns olhos
que espreitam do espelho meio surpreendidos
E que te perguntam:
Ouve lá, este velhote, quem é?

Já percebi

Isto tudo é por causa da greve do Metro.

24/09/12

A A2

Esqueci-me de partilhar esta fotografia quase coreografia de uma intervenção na A2. Íamos a caminho do Algarve e acho que não me lembrei de partilhar. É bonita, não é?

23/09/12

Lá se vai um redutor de caudal

Workshop sobre poupança:
ah e tal, isto é um redutor de caudal para torneiras, serve para poupar 11 litros de água por minuto, isto é uma extensão com botão de desligar, isto é fita isolante, para calafetar portas e janelas, blá blá blá. Mais ou menos quatro euros por peça, dá para poupar muito dinheiro em água ou eletricidade.
No fim, ao arrumar o equipamento todo, faltou o redutor de caudal. Foi-se.

21/09/12

O sono da Bela Adormecida

Às vezes sinto que preciso disto. De dormir e acordar com tudo feito, tudo arranjado, tudo arrumadinho. Tanto que às vezes até sonho com isso.

19/09/12

De 7 em 7

Tenho um amigo que diz que de sete em sete anos mudamos.
Ele fala com ar de quem percebe do que diz.
Ele deve perceber o que diz,
Porque já fez tantas vezes sete anos,
Que já sabe mais do que multiplicar sete por cinco,
Que acho até que já sabe multiplicar sete por seis,
Acho que é isso. Não sei ao certo.
Ele deve saber,
Porque ele fica a saber muitas coisas só de olhar para os sapatos das pessoas.
Não sei até aqui como fiz de sete em sete,
Mas este ano, 35,
Sete vezes cinco,
Está a mudar muita coisa.
Às vezes, apetece-me pedir para pararem o carrossel,
Que dá tantas voltas,
Que eu se calhar quero descer.

Incrível

A minha capacidade para me esquecer de coisas de que não gostei é assustadora.

Vamos ser amigos?

...
- Então, em que dia fazes anos?
- 23 de Junho.
- E de que ano?
- 81.
- Não vai dar para sermos amigos. Desculpa. Eu sou de 12 de Agosto de 1979.

18/09/12

Agora que o facebook está em baixo precisava de ir lá...

... queixar-me de que o facebook está em baixo e recolher a piedade dos meus amigos...

Porque é que eu gostava de trabalhar no Google

Porque as pesquisas que o mundo inteiro faz hão-de chegar a qualquer sítio tipo "o sítio mais maluco das perguntas mais disparatadas do mundo" ao qual podemos aceder quando quisermos passar um bom momento e que deve estar cheio de coisas como "como fazer um bocadinho de ovos moles?", que foi uma pesquisa que trouxe aqui uma alminha hoje. É fofinho. E específico.

Nomofobia

No + Mo (bile phone) + Fobia

16/09/12

O amor está no ar

Gosto de símbolos bonitos. Gosto de manifestações que não sejam destruição. Estes dois, estranhamente separados pelo equipamento da polícia de choque, até ficam bem engraçados juntos. Free hugs, anyone?

Seguro, mas ao lado, na entrevista ao Público

A fotografia de António José Seguro na entrevista que hoje sai no Público confronta com a mensagem que tenta passar. Com a crítica à austeridade que faz vocalmente.
Se a mensagem é editorial, Seguro aparece sozinho num palácio. É anos-luz diferente do que ouvimos na rua. Pessoas sem dinheiro para comer. Desempregados de longa duração.
É ingénuo pensar que as imagens não valem. Valem mais do que mil palavras, não é?
Lembro-me de, em tempos, ter entrevistado um colega seu de partido, seguramente com muito mais noção da imagem, que pediu ao fotógrafo para não disparar quando estava a fumar.
Para conseguir coerência, devia ter pedido que o fotografassem na rua. Isso tinha gostado de ver.

14/09/12

Cenas do analytics

Já confessei que o analytics me confunde. Todos os dias tenho aí uns quantos visitantes, a maior parte silenciosos, o que eu até compreendo, porque, já o disse, o site não é muito interactivo. Agora, de há uns dias para cá, tenho montes de gente que vem de um vídeo publicitário que está no youtube. Aposto que são pessoas que têm montes de interesse em ler sobre as porcarias de que me queixo ou exalto, mas, na verdade, o mais provável é nem serem pessoas, mas sim robots e coisas assim maradas. Blagh.

13/09/12

Ai, ai (ou um desabafo)

A fisioterapia hoje foi do mais agressivo que já tenho visto. Estive a animar a terapeuta quanto ao futuro, que ela prevê que continue a ser meio difícil.

10/09/12

Isto não é nada original

Entregámos hoje os miúdos para o primeiro dia de escola. Ficaram sem dramas, contentes de rever os colegas e conhecer os novos. O mais velho, terceiro ano... A mais nova, primeiro... God!
Rebelei-me: este ano não forrei os livros, limitando-me a escrever os nomes deles com caneta de acetato. No final do ano não darão para mais ninguém, são livros de utilização intensiva, para escrever e fazer contas. Forrá-los é uma actividade de desgaste intensivo para as minhas costas e dispenso isso.
Por falar em costas, ainda não percebi muito bem como será o ano em matéria de compras, daquelas mais ou menos diárias, tipo fruta e legumes. Tenho de arranjar um esquema para me safar.
Hoje também acabam as minhas férias e, acho que pela primeira vez na vida, não tivemos férias a sério. Teremos de compensar.

09/09/12

Estou sem palavras

Acabei de regressar de um mês inteiro a tratar de papelada para os meus pais, por causa de uma herança do meu tio-avô.
Antes de ir, pediste-me um tempo para pensar. Tinhamos combinado umas férias juntos, desmarcámo-las, foi cada um para seu lado. Encolhi os ombros, lembrei-me da expressão do velho António "as mulheres às vezes precisam de espaço" e fiquei à espera. Quase todos os dias tive de resistir à vontade de te ligar, para não te abafar. Enviei-te uns sms meio neutros, para não te pressionar.
Agora, chego a casa, ligo o computador e abro o facebook, para ver o que os amigos andaram a fazer nas férias. E o que vejo são fotografias tuas, a divertires-te como se fosses uma adolescente, com pessoas que não conheço, que me magoam a sério, que são inexplicáveis por completo, que me arrumam num canto. Num impulso, risco-te da minha lista de amigos no facebook. Acho que nunca mais te quero ver.

07/09/12

A estratégia para Agosto

Este mês vou pôr todos os dias uma fotografia minha no facebook. Na praia, com amigos, sozinha, pensativa, na discoteca, rodeada de gente muito divertida, na piscina, com um micro-bikini, bebericando mojitos sob um chapéu de palha e óculos de sol enormes. Vou fazer tags dos meus amigos todos, incluindo dos suecos que conheci na discoteca e com quem só troquei os perfis e que ficaram mesmo bem nas fotografias de baixo para cima que tirámos. Vou fazer posts sugestivos - sobre o calor, sobre o que me apetece comer, sobre roupa que vou estrear.
Antes do mês chegar ao fim vais voltar para mim.

Mental note otites

Após o diagnóstico de uma otite interna, perguntar SEMPRE:
De certeza que não é externa?

04/09/12

Picture perfect

O final de tarde deu ontem para fotografias com uma luz perfeita, que um grupo de Malta se apressou a registar em milhões de fotos pirosas para o facebook, tiradas dois a dois, com muito coração à mistura. Eu captei miúdas a brincar e os mais crescidos a surfar.
(À noite, atacou uma otite no mais crescido, que tem andado na máquina de lavar...)

É hoje que vou mudar

Decidi, mal acordei, que hoje era o dia para mudar a minha vida.
Acordei, dez minutos mais tarde, e não dobrei a camisa de noite. Não arrumei as pantufas no roupeiro. Não comi duas torradas nem alinhei as toalhas na casa de banho. Saí de casa sem levar guarda-chuva, deixei a carteira na cadeira da sala.
Hoje, quando chegares a casa, vais encontrar uma pessoa diferente. Vou dizer-te, sem tirar nem pôr, que quero que me arrebates todos os dias como fizeste ontem. Assim, como se eu fosse a única mulher do mundo.

02/09/12

Já vai atrasado, eu sei

Acabei hoje o primeiro volume da trilogia Milénio. Gostei. Vou passar ao segundo, assim que vier de Lisboa (o livro).

Como é mesmo o nome dos peixes?

O tema dos garra-rufas, que limpam calosidades dos pés mergulhados em aquários, tem feito parte de várias conversas este Verão. O artigo da Saber Viver, em que a jornalista (corajosamente) se colocou à mercê dos animaizinhos, foi o despoletador de memórias antigas. Há muitos anos, vi um documentário na televisão, que me marcou (por isso me lembro dele), sobre os bichinhos. Era um spa na Turquia, se não me engano, e os peixinhos eram usados para pedicures e também para tratar a pele de pessoas com psoríase. Mas, na altura, não fixei o nome deles. Agora há cá. A minha filha acha que são os agarra-bufas. Que é um nome que faz muito mais sentido.

31/08/12

Acho que nunca tive um assim

Acho que nunca tive um desodorizante assim tão bom, como este que o meu maridinho me deu ontem, da Biotherm, Deo Fresh, porque o meu tinha acabado. Cheira tão bem e é super agradável - que isto até parece publicidade. Mas não é. É uma pessoa satisfeita.

29/08/12

Cheira a alperce

A minha filha está a dar gritinhos histéricos de felicidade na banheira, por causa do cheiro e do efeito do champoo de alperce e algodão da Garnier que trouxemos hoje para casa.
"Mamã, cheira tão bem e o meu cabelo está tão macio. É incrível."
Miúda divertida de contentar.

Talvez esteja de férias

24/08/12

Já escolhi

"Coisas que te fazem borrar de medo (e como evitá-las)", da Editora Gradiva júnior, para ver se posso dar ao meu filho. É da colecção do "Porque é que o ranho é verde?", do Science museum.
(bem, também tem uma parte que me interessa, sobre doenças letais e tsunamis)

E agora?

O que é que leio agora?

23/08/12

Imersão nas cinquenta sombras de Grey

São três da manhã e estou sentada no chão da casa de banho para não acordar ninguém. Estou quase a chegar ao fim do último livro da trilogia "Fifty shades" (ou "Cinquenta sombras", em português). Estou naquela fase da vertigem lancinante de chegar ao fim de um livro que estou a adorar, ao mesmo tempo com vontade de saber toda a história e com pena de a ver acabar.
Sou uma típica, aquilo é, de acordo com a crítica unânime, um livro a ser devorado por mães com filhos pequenos. É fácil, o Christian Grey é lindo, rico, disponível, inteligente, romântico, ... A Anastasia é gira, simpática, trapalhona, normal... Juntos vivem muitas aventuras que qualquer um gostaria de fazer. Romance, acção, aventura, mistério... Tipo "viver a vida" mesmo. Têm alguns problemas, mas querem resolvê-los e paro antes do spoiler.
Eu quero lá saber da kinky fuckery, aquilo é uma história de amor. E essas são sempre as minhas preferidas.

(ainda não cheguei ao fim, mas acho que vou gostar)

22/08/12

Uma boa ideia

Sem pensar nisso, hoje safei-me das dores tradicionais de uma ida à depilação. Não porque tenha deixado de ir, mas porque à hora do almoço tinha tomado um panadol para as dores de cabeça. Foi como se não me estivessem a arrancar a alma.

21/08/12

Sem palavras

O que é que se diz a um homem crescido que não conheço e que choraminga enquanto me conta que está a deixar de ver e que diz, encolhendo os ombros, "às vezes, acho que nem vale a pena continuar a viver"?

Na rua, gosto de ver

Prédios inteiros acabadinhos de pintar, com cores bonitas e sorridentes.

20/08/12

Cheia de ideias na cabeça

Este Verão não tive ainda grande praia, mas estou a vingar-me nos livros que estou a conseguir ler. Livros bons é do melhor que há.

17/08/12

Sexiest man alive

Há quem diga que George Clooney é um dos homens mais bonitos ou sexy ou qualquer outra coisa superlativa do mundo. Não é muito o meu estilo, por acaso. Especialmente nesta fotografia do livro de curso, perto de muitas outras celebridades. Céus, o que o cinema ou às artes com poder de maquilhagem, ginásio e cabeleireiros (especialmente) faz às pessoas...
As fotos são todas do Retronaut, que tem coisas muito giras.

Paris, quand tu veux, mon amour

Ou estas fotografias de Paris, após a guerra.

Londres, anytime, baby

Encantada com estas fotografias de Londres, em 1949. Impressionante a qualidade das fotografias.

16/08/12

As maluqueiras da miúda

Eu e o mano mais velho estivemos dobrados a rir numa das ruas da Costa, onde tínhamos acabado de chegar, até tranquilizar das perguntas malucas da miúda.
"Mamã, porque é  que não chacinaste o carro aqui?"
O quê? Repete lá...

"Mamã, porque é  que não chacinaste o carro aqui?"
Queres dizer estacionaste?
"Isso, mamã, porque é que não subestimaste o carro aqui?"

O comportamento enquanto sintoma do crescimento

Há tempos, li um estudo da Universidade de Harvard, que falava sobre o comportamento que adoptamos em reacção às coisas que nos acontecem. Da pior reacção para a melhor, o estudo conclui que um desenvolvimento saudável tem todas estas fases - exemplo, todos os bebés têm uma fase de megalomania, todas as crianças têm fases teatrais e por aí fora. Já tropecei tantas vezes nestas conclusões que acho que vale a pena registá-las. Pessoalmente, as minhas preferidas são o humor ou a sublimação. Descurto muito a agressividade passiva.

As categorias são quatro:

1. Reacções psicóticas
Paranóia
Alucinação
Megalomania

2. Reacções imaturas - que impedem a intimidade
Fingir, encenar
Agressividade passiva
Hipocondria
Projecção
Fantasia

3. Reacções neuróticas - comuns nas pessoas “normais”
Intelectualização
Dissociação (remoção intensa e, muitas vezes, breve, dos próprios sentimentos)
Repressão (ingenuidade, lapsos de memória)

4. Reacções mais saudáveis ou maduras
Altruísmo
Humor
Antecipação (planear desconfortos futuros)
Supressão (decisão de adiar a atenção a prestar a um impulso ou conflito)
Sublimação (encontrar escapes para os sentimentos, como o desporto para agressividade ou flirting para luxúria)

Mind lapses

Não faço ideia do que comi ao pequeno-almoço.