31/12/10

Hip hip hurray

Uma pequena quadra para animar o fim de ano e, potencialmentr, o princípio do próximo:

"se anda gastroenterite no ar,
Sei bem quem a vai apanhar."

Esta bela quadra foi-nos trazida por uma ouvinte que passou a última noite e quase o dia todo a segurar a cabeça de um bicho pequenino e no hospital a ajudá-lo a recuperar as forças. (dois em cada três dos miúdos estavam com bronquiolite, bebés pequeninos com imenso trabalho para respirar, coitadinhos.)

29/12/10

Será castigo divino?

Hoje passei o dia todo a sentir um ténue cheiro a bufa por todo o lado por onde andei, nas lojas, na rua e até no parque de estacionamento do Colombo. A culpa será das pesadas comidas natalícias que toda a gente anda a comer ou terá sido castigo divino por ontem ter falado nas necessidades fisiológicas do Papa?

Desabafo

Quem não reclama na hora certa fica acordada na cama à noite e tem dores de estômago no dia a seguir. Ver o E.R. às duas não ajuda a ficar com mais sono.

28/12/10

No meu quarto

Há duas semanas, encontrei no meu quarto um senhor pastor com um capote alentejano e chapéu, que está acompanhado por um pastor alemão. Estão há que tempos ali, sentados, olhando o horizonte, em silêncio, certamente ouvindo o barulho do vento nas árvores.
Amorzinho, talvez esteja na altura de pintarmos as portas.

Nos últimos tempos...

- Tenho-me lembrado muitas vezes de uma frase, que faz cada vez mais sentido, especialmente quando vejo os bebés a serem passados de uns colos para os outros, quando vejo os bebés dos amigos e os meus crescerem e tornarem-se independentes, quando vejo virem novos bebés e quando percebo que nada disto pode ser feito sozinho:
"it takes a village to raise a child".
Não sei quem disse, mas faz sentido.

- Acho que estou em modo inventário. Sabem aqueles dias em que apetece pôr papéis pardos nas montras e fingir que não estamos para ninguém que traga perguntas complicadas ou assuntos desinteressantes? Pois. Ando, verdadeiramente, a fazer um balanço. Do ano, da década, da vida. Está a ser divertido.

- Não tenho nada que me apeteça vestir. Só me apetece reciclar as minhas camisolas e as minhas camisas todas e começar do zero, desta vez com um reclame na carteira "não vale a pena comprar coisas baratas". Mas agora não tenho dinheiro para isso.

- Irrito-me imenso com pessoas com a mania da superioridade. Aí, lembro-me de outra frase muito acertada e que significa que somos todos iguais:
"até o Papa caga".

27/12/10

Coisas que não lembram a + ninguém

Conversa ontem de manhã, enquanto esperávamos que o pai pusesse gasóleo no carro:
Eu
"sim, querido, depois podes fazer isso."
A miúda que fazia anos
"querido? Tu chamaste querido ao mano..."
Eu
"sim, porque ele é querido"
Mano mais velho complacente
"ih ih ih, ela está cheia de ciúmes"
A miúda que fazia anos
"não estou, não. Isto é pele seca."

24/12/10

O Natal das caixinhas

Já não é deste ano. Aliás, tornou-se mesmo uma das tradições natalícias por excelência. Por estes dias, toda a gente leva, pelo menos, uma caixinha branca para casa. Os com menos tempo ou paciência levam tudo em caixinhas ou caixas grandes, empilhadas umas em cima das outras, os mais tradicionais levam menos.
A tradição agora é começar a experimentar as iguarias nas várias pastelarias, logo no início de Dezembro, para ir vendo quais são as melhores. Quem andar mais distraído já sabe que, ao chegar a véspera de Natal, por norma, as maiores filas indicam onde é que os doces são melhores. E é só entrar e comprar.
Este ano ainda só comi uma filhó, que toda a gente chama coscorão, mas que cá em casa são filhós. E estava boa. E é das coisas que vale a pena comprar feito porque nos dispensa da seca de estar a fritar coisas horas sem fim.
Lembro-me de passar horas a fazer filhós com a minha avó, a misturar os ingredientes todos, a deixar a massa repousar debaixo dos cobertores de papa, a imitar a avó enquanto fazia as rezas mágicas para a massa crescer - sem acreditar muito nessa possibilidade - e depois vê-la, no fim do tempo, enorme, uma bola redonda e luxuosa de massa, que tendíamos fininha e cortávamos com a ferramenta canelada para fazer as melhores filhós que já comi em toda a minha vida. A avó fritava-as, pacientemente, e eu ía comendo o que saía. Uma delícia.
Ontem, fizemos cento e muitas broas de Abrantes, com nozes e mel, a única indulgência típica do Natal que fazemos todos os anos. Estivemos também umas boas horas a fazê-las - a minha mãe mais tempo porque ficou a tirá-las do forno - e ficaram maravilhosas.
Hoje esqueci-me de ir buscar uma caixinha branca pequena de filhós para o jantar. Por isso, a consoada em casa dos meus pais não tem fritos. Nem um. O que até é bom, convenhamos.

21/12/10

A todo o vapor

Sempre detestei secar o cabelo em casa. A um terço do fim do processo já penso que vou ficar sem o braço que está a segurar no secador e começo a pensar que já está com óptimo aspecto. Por isso, geralmente estico bem as duas partes da frente. Isto porque divido o cabelo em partes. Há uma, de trás, onde nem sequer chego. Depois há três de cada lado da cara, duas mais atrás, duas no meio e mais duas à frente. Nas da frente, se estou com paciência, aplico-me verdadeiramente. Nas de trás, nem por isso. Devo referir que tenho um secador profissional e um ferro de alisar e que são os dois óptimos, não são daquelas manhosices de secadores de viagem com 350 watts. Eu é que não tenho paciência.
Agora, de cada vez que tenho de secar o cabelo aspiro por ter um equipamento como os secadores de mão nucleares que experimentei pela primeira vez no aeroporto de Gatwick e dos quais fiquei fã.
Sabem o que é que isto quer dizer, não sabem? Está na altura de cortar outra vez o cabelo.

18/12/10

Incoerência

Da janela da sala vejo o meu carro a brilhar. Veio ontem da oficina, onde esteve quatro dias para se pôr bom das mazelas provocadas por um grandalhão que não me viu há uns tempos atrás. O meu carro é conhecido por aqui por ter uma certa patine, um je ne sais quoi, e estar, como é que hei-de dizer a descascar. Da janela da sala só vejo o lado que foi pintado. E, esse, está a brilhar.

17/12/10

Antes da vida digital


Nos anos 80, quando não havia facebook, nem linkedin, nem telemóveis, nem quase sequer telefones com memória para os números de telefone, a popularidade de uma pessoa media-se pelo número de cartõezinhos do "Sempre em festa" que tínhamos.
Para quem não se lembra, estes cartões eram pequenos rectângulos de cartão às cores de um dos lados e com um desenho a ilustrar e eram brancos do outro lado. Serviam para partilhar os contactos, tipo os cartões de visita dos adultos, para deixar recados, para escrever dedicatórias, para pedir em namoro e até para marcar território, como etiquetas para mochilas e dossiers. Os cartões vendiam-se em pacotes de 70 ou 80, no "Sempre em festa", que era uma loja super beta nas Amoreiras, que tinha coisas muito cobiçadas.
A minha irmã descobriu em casa dos meus pais uma caixa recheada de pequenos tesouros, que incluía esta colecção de cartões. Tenho a ideia que me faltam imensos, porque lembro-me que tinha muitos azuis e também cor-de-rosa. Um pormenor engraçado era que tanto as raparigas como os rapazes aderiram à moda, que deve ter desaparecido por volta de 1990 ou 91.
Lembro-me que nos entretinhamos a ordenar os cartões e que quase toda a gente tinha um molhinho seu para distribuir. Dos meus, não tenho nenhum.

16/12/10

Pai Natal antecipado

O meu filho mais velho nem queria acreditar quando lhe pedi para abrir o correio e saiu de lá de dentro um envelope castanho em seu nome, que trazia um livro do João Pastel. O tal que ele pediu ao Pai Natal - em quem não acredita - numa carta que lhe tinha escrito.
A história é linda - os senhores da editora Booksmile, que edita o João Pastel, leram aqui a carta, tentaram descobri-lo e decidiram fazer-lhe uma surpresa. Foram uns queridos. E deixaram-no baralhado mais um tempinho.
Por cá, eu vou sempre repetindo "não importa em que é que acreditas. O que é importante no Natal é a magia".

15/12/10

A evolução da espécie


Adorei este poster dos Beatles (que encontrei no blogue A cup of Jo). À venda por 59,99$ no site do autor, Max Dalton, é uma bela prenda de Natal ou de anos para um fã dos fab four. Lá há montes de outros posters divertidos, ideais para decorar o quarto ou o loft (não o meu, que eu não tenho um).
Nota final: eu não quero, só achei giro, ok?

A magia do Natal


Esta é a sala de jantar dos ursinhos. Tem retratos de família, uma casa de bonecas, cortinas, um repasto em cima da mesa e um ar vitoriano chique. É uma das montras do Hamley's, a enorme e famosa loja de brinquedos de Londres. Muitas montras de Londres são assim na altura do Natal, um sonho.
Fazem-me regressar ao Chiado de que falo muito e às montras do Grandella e dos Armazéns do Chiado, há muitos muitos anos, de mão dada com os meus pais e irmãos. Lembro-me facilmente do tempo que passávamos de narizes colados aos enormes vidros, a ver todos os pormenores da cidade dos brinquedos, dos comboios que andavam a circular pela cidade, as bonecas que eu queria ter no sapatinho, se me portasse muito bem o menino Jesus havia de mas trazer.
Nesses armazéns só comprei uma vez uma Barbie, com dinheiro que juntei, já nem sei como, mas deve ter sido do Natal dos meus avós ou de semanadas, custou mil e novecentos escudos. Lembro-me como se fosse hoje e já deve ter sido há 27 anos. Acho que é por isso que o Natal só começa verdadeiramente para mim quando vamos todos ao Chiado ver as montras.
A Hamley's propriamente dita faz-me lembrar da primeira vez que fui a Londres, também com os meus pais e os meus irmãos todos, e em que ficámos encantados com os senhores que anunciavam "self-tying shoelaces" e outras maravilhas do momento na loja. Desta vez, deixámo-nos inebriar com um disco voador mágico, que andamos a aprender a controlar só com a força da mente (eu não, guardo as minhas forças para outras coisas).
Desta vez, as montras do Harrod's ainda eram mais de sonho, já falei delas, com a história do Peter Pan, mas esqueci-me de as fotografar. Nem sequer levei máquina, como quase sempre faço, por achar que vai ser um peso.
Por Lisboa, o que se usa por estes dias são as montras minimalistas - isto é, dispõe-se quase nada, o que é uma tristeza. A Bershka tem umas montras giras este Natal, a recuperar a imagem vintage, tão na moda. Uma outra loja em Campo de Ourique também me surpreendeu, mas não sei o nome, apesar de termos comprado umas coisas bem giras lá.
Tenho pena de não ter fotografado também as montras da Fortnum & Mason, com espectaculares quadros dos mestres a três dimensões, que pareciam saltar na nossa direcção, assim, sem óculos dos men in black nem nada.
Quem sabe de lojas que estejam giras para eu ir ver para a semana com os miúdos quando eles estiverem de férias? (Por enquanto, estou cheia de coragem, já comprei os bilhetes para o autocarro para irmos passear para Lisboa, um dia ao Chiado, um à Avenida de Roma, um à Baixa, um a Campo de Ourique, um, se calhar, ao circo da Feira Popular e ainda hei-de pensar em mais. Claro, aceito sugestões e combinações).

14/12/10

Os perigos de saber ler

Eu a achar que agora tinha de arrumar nas prateleiras mais altas alguns livros eventualmente mais chocantes para escaparem aos olhos de leitor devorador do meu filho e que isso era o suficiente para o proteger das palavras maléficas. Afinal não é assim tão simples.
Numa festa de anos no Fun Center do Colombo, chegámos quando já quase todos estavam sentados na mini montanha-russa, preparados para arrancar na aventura. Pois. Mesmo ao lado das escadas que dão acesso aos carrinhos há umas caixas de luz que têm esta bela inscrição a vermelho "Perigo de morte". Tão certo como 2 mais 2 serem 4, como ele já ensinou à mana, "nem pensem que eu vou andar nisso". E não andou.
Uns amigos, pais de uma colega dele, queixam-se, no mesmo estilo, da carrinha com dizeres de uma sex shop que está quase sempre parada à porta de casa deles. "Mãe, o que é que quer dizer...?"
O mundo pode ser mau... E quem se trama são os pais. Mais uma vez, claro.

11/12/10

A entrar em auto-combustão

O meu cérebro quase que explode nesta altura do ano, tal é a vontade de fazer coisas. Tenho as superfícies todas da casa cobertas de tecidos, tesouras, fitas, galões, botões e muitas outras coisas variadas para fazer presentes.
Hoje fiquei brutalmente frustrada quando foi, literalmente, por água abaixo aquilo que eu considerava o início de uma brilhante carreira a criar os globos de neve mais bonitos do mundo, românticos e naif ao mesmo tempo, recheados de magia e beleza.
Tinha os ingredientes todos, já tinha forrado a tampa do frasco com tecido de xadrez, já tinha colocado um bambi, um pai Natal e um pinheiro sobre o chão de neve, já tinha feito a mistela de glicerina líquida e água, com uns pozinhos de perlimpimpim para parecer neve, já tinha fechado o frasco e estava tudo lindo e perfeito e romântico e naif ao mesmo tempo e ia ser uma prenda mesmo linda e eu olhava embevecida para a minha criação a imaginar a satisfação que os meus sobrinhos iam retirar daquele pedaço de magia, até que...
... a porcaria do frasco não vedava como deve ser e o líquido saiu quase todo do frasco. Fiquei tão irritada que nem sequer tentei recuperar nada.
Lixo.
Próximo.

Orgulho, orgulho, nas três almofadas iguais a esta que "eu fiz". Na realidade, eu só escolhi o tecido, cortei e cosi, com um belo e aprumado ponto atrás, à mão. Houve então um pequeno problema: quando virei o tecido do avesso, os pontos não eram suficientemente fortes para o uso que iriam ter. Lá tive de ir pedir à minha mãe que fizesse verdadeiramente as almofadas. Ficaram lindas, obrigada, mãe.

09/12/10

Lego ou Meccano para o Natal

Keep it simple. Se quando éramos miúdos adorávamos brincar com Lego e com Meccano, é provável que os nossos filhos também gostem. O meu pai brincava com Meccano quando era miúdo - não sei se foi o meu pai que mo disse se fui eu que supus, tal era a animação com que brincava connosco a estes jogos. Estes e o óbvio comboio, no qual não podíamos tocar. Podíamos ver, mas tocar é que não. Descobri mais tarde que quase todos os meus amigos tinham passado pelo mesmo.
Por isso, este ano vamos investir ou num Meccano ou num Lego para o mais velho.

Orgulho

Saiu um artigo lindo sobre o meu avô no Jornal do Fundão. Que orgulho.

07/12/10

Que bela conjugação

A história e as tradições sempre me maravilharam. Sempre adorei entrar em ambientes antigos que se modernizaram, que fazem parte dos dias de hoje, sem terem perdido a sua alma. No mesmo estilo, fazem-me pena os sítios que, tendo sido glamorosos, perderam a sua modernidade, deixaram passar o comboio e apresentam-se assim, meio perdidos, como a casa de uma tia velhota onde nos entristece ir por ter perdido o glamour que lhe atribuíramos na infância.
A pastelaria Aloma, em Campo de Ourique, onde pequeno-almoçei hoje com a minha mãe e a minha irmã, é um desses sítios que soube conjugar o passado com o presente. É antiga, de 1943, mas está cool, mantém o mosaico hidráulico no chão, mantém os armários antigos na parede, mas há ali uma aura de modernidade que gostei de ver. Até a miúda do balcão é hip.
Não sei qual é a história deles, nem se o senhor que está ao balcão é o dono original, nem se foi o (eventual) neto, que está ao seu lado, que o levou a estas alterações, mas já consegui pensar nisso um bocado e inventar um romance...
Aliado à boa onda do espaço, os bolos são uma delícia. Provámos o bolo-Rei e um palmier, delicioso e a parecer caseiro - não há melhor.


(A fotografia é daqui)

Oh, meu Deus

Estou há três minutos a fazer isto e era capaz de continuar por mais uns 15. Esperem só até os meus filhos verem...

06/12/10

Comentário estúpido do dia

"Está com um ar abatido",
dito a um senhor que acabou de perder a mulher.

Novembro foi um mês da treta

Há muito tempo que não me aconteciam tantas coisas más juntas num só mês.
Por isso, só para compensar, lembrei-me do Verão em que passámos o tempo todo a ouvir "Everything but the girl". Não sei porquê.

...

espero que Dezembro seja bem melhor...

05/12/10

Como poupar algum dinheiro

Lembram-se dos botões a 2,50 euros cada um para o casaco da minha filha? Mitra, precisava de dez mas só comprei dois e foi por vergonha, depois do trabalho do senhor a tirar caixas e caixas com botões cor-de-rosa para a miúda ver e depois afinal gostámos foi dos vermelhos com bolas brancas, mas francamente, a dez a 2,50 euros cada fica mais caro do que o casaco.
Por isso, hoje à tarde, aproveitando a chuva e o frio maléficos e tendo ficado todos em casa, fiz uns botões cor-de-rosa, pirosos e com estrelinhas coladas. Não sei se durarão muito, mas hão-de ficar janotas no casaco azul escuro.

Como começar bem o dia

"Filhinha", diz o pai com uma voz amorosa,
"Quem é que tu achas que é mais racional, o papá ou a mamã?"
E ela, sem pestanejar, sequer,
"a mamã".
Repete a experiência com o mais velho, desta vez explicando o que é a racionalidade.
"São os dois", diz o meu politicozinho mais velho.
E o pai insiste,
"miúda, quem é que é mais bonito...?"
Sem pestanejar,
"A mamã".
"de quem é que gostas mais?"
"Da mamã".

04/12/10

O melhor programa de todos

Aproveitámos a manhã para ir passear para a Baixa e o Chiado. A chuva andou a brincar connosco, por isso não conseguimos dar todas as voltas que queríamos, mas serviu de aperitivo para os próximos dias, quando já se começa a sentir o Natal.
Almoçámos na Regional, onde andava com vontade de voltar, porque os meus pais fizeram "pirraça" por terem ido lá no fim-de-semana passado e comi uns belos filetes com arroz de tomate.
Os miúdos foram à Pappabubble ver chupas e rebuçados, eu fui à procura de botões para o sobretudo da pequenita, preciso de dez. Vi uns lindos. Custavam 2,50 euros. CADA!!! Trouxe dois - que não têm destino, mas eram lindos.
Como brinde do passeio, os miúdos ainda receberam um livro do Pai Natal dos Armazéns do Chiado. Não vimos nenhuma loja exuberante, nenhuma montra linda de morrer - no Harrod's, na semana passada, as montras retratavam a história do Peter Pan, estavam de sonho. Tirei umas fotos e gostava de as pôr aqui, a ver se não me esqueço, ainda não as descarreguei.
Quem é que ainda se lembra das montras dos brinquedos do Grandella e dos Armazéns do Chiado? Eu lembro. E da paciência dos meus pais que, com quatro miúdos, iam ao Chiado ver as montras. E diz que eu dizia:
"quero este e este e este e este e este e aquele tão lindo e este e este e este"
Em suma, era uma segarrega dos presentes.
E que os meus pais diziam:
"depois, outro dia, pede ao menino Jesus..."
E que eu depois cobrava... Santa paciência.

02/12/10

Como montar a árvore de Natal

Não são instruções para toda a gente. É como é feito cá em casa.

Briefing
Objectivo - montar a árvore de Natal, fazer o presépio e enfeitar a casa
Dia oficial - 1 de Dezembro
Banda sonora - CD que saíram num jornal há uns anos e que tem músicas como "somos estrelas de Natal", que nos dão um automático mood natalício

A lista de compras era pequena:
- uma árvore de Natal reutilizável - consegui finalmente comprar uma, depois de quatro anos a usar uma insuflável e cinco a usar um pinheiro verdadeiro, que era suposto ser devolvido ao IKEA, mas nunca foi e acabava sempre por morrer tristemente, seco e a perder agulhas a uma velocidade estonteante;
- uma estrela dourada para o cimo da árvore - pedido feito pelo meu filho mais velho;
- musgo para o presépio - sempre gostei dessa javardice;
- figuras de Natal de chocolate - impossível não recordar o anúncio mais delicioso do mundo que, nos anos 80, nos punha aos quatro a babar para a televisão e que acabava com alguma figura de chocolate que vai no comboio ao circo. Já não me lembro. Na realidade, hoje as figuras sabem a sabão... Mas os miúdos deliram.

Estivemos bem divertidos e natalícios, até alguém fingir que estava a dormir e, consequentemente irmos lanchar tostas de queijo. A árvore tem clusters de decoração, hoje já me estive a rir enquanto fazia a redistribuição de oito peças que estavam no mesmo ramo, que tinha sido decorado pela miúda.



P.S. Tivemos um ferido, a ovelha do presépio partiu uma pata, mas está já em franca recuperação e, logo à noite, reunir-se-á ao seu grupo.