30/11/12

Por causa do frio

Não é um frio qualquer. Nem sequer é este frio de que anda toda a gente a sofrer. É um frio assim meio estranho, que não passa com casacos quentes ou luvas, nem botijas nem meias duplas nos pés. Talvez melhore com um gorro russo, mas fica-se meio ridículo. É um frio mais interior do que exterior. É desagradável.
(Por causa do frio na sala de operações - gelado e que nos põe a tremer, pensamos que são nervos mas é mesmo o frio - , uma amiga que foi operada esta semana constipou-se. Não há direito. Um beijinho de melhoras para ela.)

29/11/12

A miúda tira fotos giras


O meu pai continua a ser o guru dos citrinos

Posto o desafio, o meu pai conseguiu - à primeira - descascar a tangerina à moda do Pinterest.
Eu não.
Quando éramos miúdos fazia enfeites à carneiro com as cascas das laranjas.

Os presépios mais amorosos do mundo

Quando chegámos a casa ontem, depois da noite de borga semanal - muito boa para manter a sanidade mental - encontrámos um cenário amoroso em cima da mesa. Os miúdos estiveram entretidos com a baby-sitter o serão todo a fazer presépios de plasticina. E ficaram deliciosos. Vão para baixo da árvore. Ora vejam.

28/11/12

Alguém consegue explicar-me...

... assim, como se eu tivesse pouca idade, porque é que há drama com os vídeos das imagens das manifestações?

Vacinas

Um dos momentos mais brilhantes da maternidade é levar os filhos às vacinas. Acho que equivale aos momentos em que há um cocó na fralda sem muda-fraldas a quilómetros e temos de mudar os putos em andamento.
Hoje, a miúda foi levar a dos cinco/seis anos. Levei o pai, porque ainda não posso pegar em sacos de batatas e porque já sabia o que ia acontecer.
Em resumo: foi uma berraria de tal ordem que até as fundações do edifício tremeram. A conversa é fácil, "é para o teu bem, para não teres doenças chatas" e "não há discussão, levas a vacina e acabou", mas ela parecia um leitãozinho enlameado.
São duas doses. A primeira ainda marchou calmamente ao meu colo, até a agulha entrar no braço, mas foi. Depois começou a sinfonia e a tentativa de fuga. Aí, passou para os cuidados do pai e a segunda dose só entrou à custa de três adultos a segurá-la (nós os dois e o outro enfermeiro). Berrou, esperneou. Às tantas, até gritou "cocó" (o que, confesso, achei muito divertido de tão inapropriado).
À saída, dizia indignada "as agulhas entraram mesmo nos meus braços. A senhora é má."
Ela faz seis no próximo mês, mas hoje estive a ler que está a haver um aumento de casos de tosse convulsa. Só há uma protecção, que é levarem as vacinas nas datas devidas.

27/11/12

A vida não é bem como nos filmes

Quando era miúda havia uma loja nas Amoreiras, no primeiro andar, ao lado dos cinemas, que tinha as coisas mais bonitas do mundo.
Era lá que eu queria gastar todos os meus tostões. E lembro-me que havia uns telefones americanos com que eu delirava, em forma de hamburgers, de lata de coca-cola, de lábios ou de cabine telefónica. Como não tinha dinheiro suficiente para nenhum desses, acabei por comprar um telefone transparente, que também fez um grande sucesso. E que usei durante muitos anos.
Noutro dia, vi uns telefones iguais, com preços bastante acessíveis. Andei uns dias a pensar naquilo. Acabei por comprar uns lábios, que fizeram as delícias dos meus filhos. Só têm um problema - fazem ruído. É injusto, não é?

Dúvida

Será que o Roberto Leal teve medo quando estava a filmar o anúncio de Natal da Optimus com os Moonspell? Eles são mais ou menos assustadores. Será que são pessoas sensíveis, por baixo daquele aspecto evil?

26/11/12

O stress do ginásio

Dêem-me o paredão de Oeiras para andar, coberto de chuva ou de gente.
Dêem-me Belém ou as Docas.
Dêem-me escadas para subir. Ou descer.
Dêem-me uma bicicleta, que eu estou quase a poder pedalar outra vez.
Dêem-me músicas divertidas para dançar, na sala, na rua, numa festa.
Dêem-me horas seguidas de gargalhadas, dobrada sobre a barriga, a fazer abdominais.
O ginásio provoca stress, conclui um estudo qualquer que ouvi citar nem sei a quem nem sei quando. Talvez na semana passada.
Pois é.

23/11/12

A sério?

Já falámos de tangerinas e do cheiro que elas têm, que fica agarrado às mãos durante horas. Agora, o que eu não sabia é que há génios das tangerinas. Pessoas que fazem estas cenas. Vi no Pinterest e vou testar.

22/11/12

Blogue Saber Viver

A revista Saber Viver tem um blogue novo, para partilhar as novidades mais fresquinhas. (Ouviste, Lina?)

A lista interminável

Tenho um problema com fazer listas. Para começar, geralmente perco-as, o que faz com que percam todo o efeito pretendido. Quando não perco, esqueço-me que as fiz, o que vai dar ao mesmo. Depois, acho-as sempre intermináveis e, mesmo assim, incompletas. Quando volto a pegar-lhes dias depois de as fazer vejo sempre que me esqueci de imensas coisas.
Na vida, às vezes, também é assim, esqueço as coisas boas que devia ter organizadas numa lista permanentemente acessível.
Por norma, tendemos a tomar o que temos como adquirido e menorizamos/normalizamos as pequenas coisas positivas que nos acontecem. Pelo contrário, temos tendência a empolar/lamentar as coisas negativas, como se tudo nos corresse mal. Se calhar falo no plural quando devia falar no singular, mas que se lixe, deve haver mais gente assim por aí.
Lembro-me disto recorrentemente, quando encontro amigos com problemas, doenças chatas, falta de recordações boas, dificuldades financeiras, solidão, incompreensão, tristeza... Uma lista interminável de coisas tristes. Quando isso acontece, faço sempre mentalmente uma lista das coisas boas que tenho e procuro incentivar essas coisas positivas também no outro. Acho que nos fortalece pensarmos em coisas boas.

O Dia de Acção de Graças - hoje, americanice que acho que não faz mal nenhum adoptarmos porque devemos agradecer as pessoas e coisas boas que temos - é um bom dia para agradecer:
- a vida
- a família e os filhos
- a saúde
- os amigos
- os vizinhos
- os dias bons
- o trabalho
- as pessoas que não conhecemos e nos dão força
- a energia
- a casa, o pão, a educação
- a paz
- as memórias
- as viagens
- os passeios
- ...

21/11/12

Quem gostava de ver "Men in trees" ponha a mão no ar

O que eu gosto é de ver beijoca e amor e felicidade. Vi, deliciada, todos os episódios da série "Men in trees", sob o olhar gozão do meu partenaire. Depois acabou, desapareceu da tv. Hoje encontrei esta pérola. Isto dá faísca. E justifica que os dois tenham ficado juntos na vida real. Só não percebo é porque é que nunca vi este episódio em concreto.
Pior - nem na Amazon dá para comprar a série. Está esgotada.

Guilty

Fazer sopa sem descascar as cenouras - check.


Cheer up

São os rapazes adolescentes (poucas raparigas, poucos adultos) que fazem mais disparates hoje ou é um rito de passagem publicar no youtube todos os disparates que fazem?

Reparem na tendência que quem anda de skates, patins ou skis tem para acabar a sofrer num corrimão. Ou na outra tendência de saltos para sítios longe resultarem em telhados ou outras coisas partidos. Ou ainda a impossibilidade quase total de atravessar ribeiros ou cursos de água recorrendo a uma liana ou uma corda.
Dá para umas boas gargalhadas, bom para a hora do almoço. Ainda bem que inventaram o youtube.

O que há para gostar no Outono

Tirando as castanhas, que não é nada original, porque toda a gente gosta, o que eu gosto mesmo do Outono é aquela coisa das folhas a cairem das árvores.
Assim, como se estivesse a chover, amontoando-se no chão como edredons fofinhos.
Acho que é uma reminiscência da primária (e da minha querida professora), da altura em que podia passar uma manhã inteira a escrever uns bitaites sobre a chegada do frio, sobre o homem das castanhas, sobre as folhas. Não há nada mais bonito do que as folhas a cair.

19/11/12

A porcaria da reserva

De repente, o meu carro anda sempre na reserva ("mãe já gastaste sete pauzinhos de gasolina").

É como a porcaria da despensa e do frigorífico, vaziinhos. Deixei de ter coragem de subir a ladeira carregada com sacos de compras. Um saquito a mais e lá começa o pescoço a chiar (já devo ter gasto uns quantos pauzinhos da coluna).

16/11/12

Fim-de-semana de Outono

É o que aí vem, vi agora no facebook da Prevenir, que pergunta pelos planos para o fim-de-semana de Outono. Céus, não tenho planos nenhuns. Os miúdos tendem a ficar irrequietos quando não temos nada programado.
Os fins-de-semana são constituídos por blocos de tempo - não como os do filme "About a boy" com o Hugh Grant, que divide o dia em blocos de 30 minutos, mas em quatro pedaços. Ou seis porque, se tivermos jantares, esses blocos também contam. Podemos ficar um ou, no máximo, dois blocos em casa. Mais do que isso e os miúdos (e eu) começam(os) a alucinar. Quanto ao resto, convém incluir exercícios no exterior, em ciclopevias ou picadeiros... (sou fã do Ricardo Araújo Pereira e as alucinações maiores dele, as alucinações mais Monty Pythoniescas, são as minhas preferidas. Bem, neste caso, as ciclopevias são onde os cíclopes fazem exercício e os picadeiros ficam para os centauros, que são meio homem meio cavalo. Quando não temos programa, os meus filhos ficam um pouco de ambos.)
Isto por me ter lembrado que não temos programa para o fds. Haverá filmes? E programas grátis? Quero ir ver o 007 com o miúdo, que vai delirar, como eu, com o filme.

15/11/12

And the beat goes on

"Mãe, a minha turma vai trabalhar com uns alunos de Berlinde."
E também
"Mãe, a Luísa Dupla Soares vai lá à escola."

Vistas para descansar a vista

27 vistas para nos lembrarmos que a Terra é um lugar incrível, diz a CNN.
Esta é na Galiza, em Espanha, que é o mais que se aproximaram de Portugal, mas penso que foi por nunca terem ido a Sintra, espreitar do Chalet da Condessa para o Palácio da Pena, à entrada de Lisboa por mar, e a tantos outros sítios mágicos que por aqui temos.

As perguntas que os jornalistas devem fazer sempre

Uma das primeiras coisas que aprendi quando comecei a trabalhar num jornal económico há uns anos, foi que, além das cinco perguntas da praxe necessárias para escrever notícias - Quem? O quê? Quando? Onde? e Porquê? - havia mais duas. Duas perguntas fundamentais e que dão um ângulo diferente.
Quanto custa? e Quem paga?
Isto é, aplicadas à violência de ontem:
Quanto custam os danos nas coisas públicas e privadas que ontem estragaram, partiram e destruíram aos pés da Assembleia? Calçada, contentores, vidrões, sinais de trânsito, equipamento policial, montras de lojas, carros, ... Quanto custa?
E, igualmente fundamental, quem paga?
Um calceteiro, que estava a repor as pedras no passeio à frente da Assembleia, disse, sensato, na SIC, somos todos nós que pagamos.
Os julgamentos sumários a que os tais nove detidos estarão sujeitos poderão, caso sejam considerados culpados, incluir a reposição dos bens danificados? Ou trabalho comunitário de limpeza das ruas?

Acho que estou com um resfriadozinho

Frio, dor de garganta, dor de cabeça. Acho que é isso.

14/11/12

À carga

Não, senhor sociólogo que está a falar na SIC Notícias, isto não é a sociedade portuguesa. Isto são agitadores. Aparentemente estrangeiros, ainda por cima. Não se lhes pode proibir a entrada em Portugal, como se faz com os imbecis dos hooligans antes de jogos internacionais? Uma hora a levar com pedras? Nem um minuto. Agora para se ser polícia ainda é preciso ser santo.

Safei-me depressa

Demorei meia horinha a chegar ao centro de Lisboa.

Outra vez greve?

Miúda, veste-te depressa, que hoje há greve e temos de ir mais cedo para a escola.
"Boa e temos de levar guarda-chuva para nos protegermos da greve?"
...
"Mas, mãe, hoje está sol..."

12/11/12

Eu antes não era assim

Isto é, antes, quando precisava de comprar qualquer coisa, eu sabia exactamente o que é que queria comprar, em que loja, em que cor e qual era o tamanho certo.
Agora, por exemplo, olho para cinco pares de botas diferentes e não consigo decidir de quais gosto mais. Olho para quatro casacos de Inverno e não sei dizer qual é que quero.
Não sei se é por não saber quais serão as coisas mais rentáveis a médio prazo se é por não conseguir mesmo decidir quais são as mais giras.
Acho que tem tudo a ver com a necessidade que sinto de investir nas coisas mais estáveis, mais duráveis, mais utilizáveis este ano, no próximo e no outro a seguir.
Torna-se complicado complicar as coisas.

Pequenos vícios

Adoro a comida do Wok to walk. É que sou mesmo fã. Isto não podendo ir ao Wagamama - que é o meu restaurante preferido de todo o mundo, o sítio onde poderia comer todos os dias da minha vida sem me fartar. Hoje partilhei noodles de ovo + ovo + legumes + cogumelos shitake + camarão + bróculos + molho agridoce. Estava uma delícia, como sempre. O meu molho preferido é o bangkok, com caril e leite de coco.

Também adoro gelatina de morango feita em casa. É uma das coisas mais lindas do mundo. E sempre - mas sempre - que como gelatina lembro-me das nossas festas de miúdos, com a casa cheia de crianças histéricas a comer gelatina de morango, pães de leite em miniatura e a beber sumos.


09/11/12

Uma hora de atraso

Uma inteirinha para vir buscar os miúdos à escola. Céus.

As chinesices

Cada vez mais me parece que estamos a ser achinesados. Sem falar dos capitais que compram partes de empresas e suportam os gastos do Estado, já não são só os brinquedos que são exclusivamente chineses, com uma duração ainda mais limitada do que o tempo que demora às crianças fartarem-se dos brinquedos.
Começo a ver sintomas disto em todo o lado. Na roupa, nas lojas imensas cheias de trapos para usar e deitar fora, dos sapatos feitos de papel prensado, das camisolas de lã que nunca viram uma ovelha, das bijutarias de plástico às toneladas.
Onde me choca mais é nos restaurantes, que estão cada vez mais a servir gato por lebre. (Somos o que comemos). Agora, muitas vezes, comida a fingir que é chique mas é uma porcaria.
Há dias, li um artigo em que um jornalista (americano/McD) defendia que vivemos cada vez mais num mundo de extremos. Agora, quase só podemos optar entre o muito barato - o hamburger a 1 euro - e o luxo - o hamburger a 6 euros. O meio está esbatido e desaparece. Passamos a só poder comprar as chinesices (e os ricos que comprem Chanel).

Da mesma maneira que quando não está nevoeiro

Como é que se estacionam os aviões com este nevoeiro?

07/11/12

Em Outubro, não gosto mesmo nada do Natal

1 de Dezembro - dia a partir do qual se pode/deve montar a árvore de Natal
Eu sei que já estamos em Novembro, que, note-se, não é Outubro, mas já há que dias que ando a cruzar-me com pais Natal e coisas do estilo. Enjoa e não me leva a comprar nada.

Fail once, start over

Sabem aqueles donuts para fazer penteados sofisticados que agora se vendem em todas as lojas, da Claire's à H&M?
Comprei um, achando que devia ser fácil/instantâneo fazer o tal penteado sofisticado. O exemplo, desenhado na embalagem, parecia fácil. O meu cabelo nunca esteve tão propenso a cenas sofisticadas.
Pois.
Consegui fazer o primeiro rabo de cavalo - esse é de facto fácil - com um elástico normal. Depois, tive de pegar no dito donut e sobrepô-lo ao elástico. Jóia.
A seguir devia "enrolar o cabelo à volta do donut, é muito fácil, e prender no donut, não custa nada".
Pois.
Fiquei, no máximo, com um rabo de cavalo com um donut a enfeitar.
Mas hei-de conseguir. Persisto. Hoje à noite vou ver os vídeos no youtube (search: hair bun maker)

05/11/12

Post da caca ou como desentupir canos com vinagre

O vinagre, essa maravilha multiusos da humanidade, serviu esta noite para desentupir uma sanita cá em casa.
Sorry, isto é mesmo um tema da caca, mas, se servir para ajudar amigos da blogosfera a safarem-se dos seus próprios entupimentos, já valeu a pena.
O "drama" começou na quinta-feira. Fui tentando com o autoclismo, com uma dose generosa de detergente da loiça, com bastantes jarros de água a ferver, numa escalada de violência que terminaria inevitavelmente numa chamada para um canalizador. Nada contra, excepto na questão do preço e de ter de estar em casa enquanto um senhor desentope qualquer coisa menos digna por aqui.
Por isso, ontem, antes de ir dormir, despejei uma chávena de vinagre branco, do mais rafeiro (nada cá de esquisitices), na dita sanita. Pensei que íamos acordar numa névoa de aroma de vinagre (à semelhança do cheira-a-cebola-que-se-farta-a-noite-toda-mas-cura-a-tosse), mas isso não sucedeu.
A sanita salvou-se da inacção e a minha carteira salvou-se do canalizador.