26/02/09

Assim sendo...

Como já disse, ando a activar o Facebook. Fico especialmente contente quando recebo as mensagens deles a dizer: "x and y are now friends. You suggested this friendship." Adoro sugerir amizades e criar laços entre pessoas. A mensagem deles é muito simpática.

25/02/09

Silêncio

Hoje é dia de borga. Só de miúdas, para desanuviar. Estou tão contente, que até fui cortar o cabelo, vou vestir um vestido e vou pintar os olhos de azul brilhante (o meu conhecimento do mundo da cosmética é tão limitado que eu não sei qual é a diferença entre um eyeliner e mascara. Tenho de pensar um bocado até acertar).
Esta noite de borga vai ser mesmo fixe. Por antecipação já é. 
Ando a activar o meu Facebook, dormente há uma série de tempo. Estou na fase em que encontro amigos que já não via (alguns não me lembrava) há anos. É mais ou menos como o hi5, mas permite maior interacção. Vai dar é um bocado de trabalho a preencher a grelha dos amigos...

20/02/09

Mundo de sonho

Princesas, sereias, cenouras, mosqueteiros, piratas e tartarugas ninja, ovelhas, indianas e africanas, médicos e enfermeiros, de tudo isto se faz o Carnaval. Apesar de ser piroso, apesar de acabar sempre com um ar decadente e com as perucas amarfanhadas e roupas de má qualidade descosidas, gosto do Carnaval desde que me lembro. Tenho aliás uma série de fotografias que adoro, em que devia ter três ou quatro anos, e em que estou mascarada com uma saia de tule e com uma peruca semi-loira, ao lado dos meus irmãos mais velhos, um índio e uma princesa mais à séria.
Amanhã tenho um baile de máscaras. Estou mesmo contente.

Até já

Tenho imensa pena que a TMN se tenha apropriado do "até já", uma das expressões de despedida de que mais gosto. Agora, muitas das vezes - não é sempre porque também não sou assim tão maluca -, quando digo "até já" lembro-me da TMN. Que irritante.

19/02/09

Perspectivas

Quando eramos pequenos, fazíamos amigos a jogar ZX Spectrum e a dançar as músicas da moda.
Hoje, fazemos amigos a falar sobre jogar ZX Spectrum e sobre a delícia que eram as músicas dos anos 80, sobre pastilhas elásticas Super Gorila e sobre super-heróis.

18/02/09

Positividade

Estou em alta, ao contrário da bolsa, estou feliz da vida. As coisas andam a correr-me bem, estou cheia de ideias, estou cheia de energia e juro que não tomei nenhum complexo multivitamínico (o nome complexo soa-me sempre mal).

Não acredito em almoços grátis, mas continuo a ficar maravilhada quando acontecem coisas desse estilo. Ontem, ao tentar estacionar numa rua de Lisboa que costuma ser tramadinha vi um rapaz a correr para o carro dele, a mandar-me parar, a vir-me perguntar se queria estacionar e a oferecer-me, ainda por cima, o bilhete de estacionamento que só terminava às duas - justamente a janela de tempo de que eu precisava. Só faltou estacionar-me o carro e carregar-me o saco até ao restaurante. Hoje, no Pingo Doce, ofereceram um pacote inteiro de bolachas à minha filha (que é louca por bolachas, chego a ficar surda com os pedidos desesperados dela por bolachas e eu a pensar "olhó equilíbrio nutricional"). Fiquei encantada.

Portanto, daí a positividade. Cheia de energia parece que é tudo mais fácil e mais bonito. Agora vou ter um almoço grátis, que também não é grátis, mas passa por isso. Está sol e não me falta nada. E amanhã, ainda por cima, faço anos de casada e portanto vamos jantar fora. Nada melhor.

15/02/09

Easy as pie


Ando encantada com uma ideia muito gira, tipo escola primária, que encontrei na Martha Stewart. É lindo, fácil de fazer e óptimo para oferecer. Só tenho pena da minha impressora ser a preto e branco. Não fica tão bonito como a da imagem.

Fim-de-semana-de-sol


Q-U-E-M-A-R-A-V-I-L-H-A!!!

Que a alma recupere o que a invernia escondeu, que os olhos retornem ao seu maravilhamento inicial com a tua beleza, o teu ar, o mar da praia, o areal a perder de vista...

Que tenhamos muitos fins-de-semanas assim, cheios de luz e de sol.

Que nunca vos estraguem a praia.

Nunca disse

Nunca disse a ninguém, porque há coisas que não precisam de ser ditas, mas gosto muito de meiguices. Não gosto de pieguices, mas gosto de meiguices. Mas não é de toda a gente. Estranho abraços de algumas pessoas e não gosto de beijinhos na testa de pessoas que mal conheço. Gosto de meiguices, destas assim:

- mantas fofinhas e estar enroscado no sofá;
- sacos de água quente;
- chávenas de chá de porcelana fininha;
- biscoitos em forma de coração com chocolate;
- morangos mergulhados em chocolate;
- champagne;
- festinhas;
- almoços e jantares a dois;
- cumplicidades e private jokes;
- chinelos confortáveis;
- vestirem-me a camisa de noite;
- massagens;
- prendinhas pequeninas, que querem dizer "estive a pensar em ti";
- coisas handmade;
- tirarem-me fotografias mesmo giras;
- elogios...

13/02/09

A+A

"Mamã, quanto são 8+12+20+50+80+1000?" Sabes, mamã? É que eu já adoro fazer contas, gosto especialmente da combinação 1+1=2, 2+2=4, 4+4=8, 8+8=16, 16+16=32, 32+32=64, 64+64=128,... e adoro ouvir-te a recitar os resultados sem piscares os olhos e sem te enganares. Já sei fazer esta série de contas quase de cor.

Que inveja, a de conhecer algo maravilhoso como os números pela primeira vez...

"Mamã, o que é que quer dizer a+m+o+r+e+i+r+a+s?" Sabes, mamã? É que eu ainda não sei ler, mas já sei o que é que são as letras, já sei o abecedário todo, já identifico o meu nome, o teu e o do papá e o da mana e já sei que as letras todas juntas querem dizer qualquer coisa, como "dvd, que quer dizer dvd"...

Que inveja, a de conhecer algo maravilhoso como as letras pela primeira vez...
Não me lembro de mais nada que tenha aprendido que me tenha sabido a isto - a maravilhamento, a deslumbramento, a independência, a tardes e noites passadas a ler, em permanente júbilo.

Aos amigos...

Aos amigos que aqui vêm sem dizerem nada e que tenho pena de não saber que aqui estiveram. Reajam caso encontrem algo de que gostem ou de que não gostem. É só carregar aqui em baixo para deixar um comentário. :)

Não há nada pior

Nada pior ou mais triste do que a decadência, as roupas desarranjadas, os dentes por tratar, os cabelos por arranjar, as casas a cheirar a desinteresse, as pessoas a perderem-se.

12/02/09

Tenho a impressão...

... que este solzinho veio para ficar. Queria que fosse assim, para termos um fim-de-semana à antiga, com parques infantis e praínha, a ver se as tosses se vão embora e se nos emaranhamos na areia e ela se emaranha em nós, se ficamos cansados de correr ao ar livre e se damos uso às bicicletas e trotinetas.
Sol. Faz tão parte da minha/nossa identidade que até noto que toda a gente anda com o mesmo sorriso que eu, felizes de o ter de volta.

10/02/09

Saltos

Quando era pequena adorava dar saltos em cima das camas. No meu quarto era perfeito, porque a minha cama estava paralela à da minha irmã e dava para dar bons saltos. Em casa dos meus avôs há uma sala em que os móveis e sofás estavam dispostos de maneira a fazer uma espécie dum corredor, perfeito para os torneios de saltos que fazíamos entre primos. Parti uma vez o tampo de uma mesa dessa sala. Parti uma vez o estrado da cama de uma outra prima.

Agora passo os dias a dizer aos meus filhos para não saltarem nas camas. Que incongruência.

Perda

Nunca gostei de perder nada. Nunca fui de perder nada. Às vezes tenho de pensar muito tempo nalguma coisa para voltar a revê-la, porque não gosto de perder coisas. Corro a casa toda à procura de um livro ou de uma revista, de uma t-shirt ou de umas cuecas, só porque não quero perder nada. Faz-me impressão a facilidade diária com que certas pessoas perdem tudo, desde as chaves de casa, à carteira ou mesmo a um blazer que vale mais do que a casa e a carteira juntas :)

Comigo não é propriamente não gostar de perder ao jogo, por exemplo. Em relação a isso não me faz grande impressão. Não posso dizer que seja muito competitiva. Agora perder coisas, isso já não gosto.

Este fim-de-semana, cortaram uma árvore enorme que fazia parte do meu percurso diário há mais de 15 anos. Bem sei que a árvore é daquelas de crescimento quase instântaneo que tanto maravilharam as câmaras há uns anos e que provocam alergias infindáveis com os seus rolinhos primaveris. Mas é uma perda, de qualquer maneira. 

Arrepios

Não me importo com a febre, sei que é um processo normal de cura do organismo ou mesmo um sinal de que há algo a precisar de tratamento. O que não gosto nada e me dá vontade de sair contigo nos braços a correr para ir para os braços da minha mãe é a febre rápida, que sobe dos 37º para os 39º num instante e que te faz tremer muito e dizer baixinho "tenho fio mamã, tenho fio". Abençoado o ben u ron que te põe, passados 15 minutos, a correr pela cozinha. Adoro-te pequenita.

09/02/09

Viagens repetitivas

Não gosto de viagens repetitivas. Perco a atenção aos detalhes, perco a pachorra para o que passa, passo a procurar o que está diferente. Vejo através de uma montra um senhor com uma marreca enorme, que afinal só estava a coçar as costas. Conseguiu roubar-me um sorriso, este senhor que trabalha com certeza na cozinha de um restaurante onde jantámos uma vez só com um amigo que temos pena de não encontrar muito mais vezes.

Vejo duas raparigas com um ar muito saudável e arranjadinho. Passo por lojas e por supermercados. Passo por estradas com pouca luz, por candeeiros enormes (que às vezes se apagam quando eu passo) e por passadeiras com avós de mãos dadas com miúdos ensonados que só agora regressam a casa, ou se calhar ainda só a casa dos avós, de mãos dadas aos irmãos, poucos, que agora as famílias são pequenas.

Curiosamente, encontro amigos que têm muitos filhos, pelo menos três, que é onde se desenha a linha das maiores complexidades de ter muitos filhos. A partir dos três tudo muda. A casa tem de ficar maior, o carro tem de ficar muito maior, passa a haver muito mais espaço na carteira, muito menos nas prateleiras e nos armários...

Deixa-me concentrar que senão ainda bato em algum lado...

08/02/09

E depois de woody?

Ontem, quando o carro acelerava pela auto-estrada abaixo, atingiu-me de repente que mais dia menos dia os filmes de Woody Allen vão acabar. Depois de ver o Vicky Cristina Barcelona que adorei como todos os filmes de Woody Allen, tive antecipadamente nostalgia daquilo que poderei vir a perder. É tramado pensar assim, mas às vezes acontece.

O melhor neste, como nos últimos, é que Allen já não está fisicamente presente mas está em tudo o que faz o filme. Está nas mãos das personagens, nos seus complicados dilemas existenciais e está até na cor magnífica do filme, que não é a cor real da vida, mas é aquele amarelo com que toda a gente fica mais sensual. E as letras do final, iguais desde sempre.

O que farei eu sem a garantia de que no próximo ano vou ter outra vez Woody Allen? É como um livro de que estamos a gostar muito e que lemos num sufoco, entre querer conhecer-lhe o fim e não querer deixar de o ler. Quem é que vai herdar o seu estilo?

04/02/09

A vida como ela é

Ontem tivemos uma borla e fomos ao cinema. Ver o Austrália. Gostei muito, fala de amores e de perda, de ritos e de um período da história de que gosto muito, na II Grande Guerra. Vale a pena ver, especialmente pelos weepy eyes como eu. É um tear jerker. Isso é um facto, mas é conciliador, não há perdas substanciais a reportar no núcleo dos heróis. A fotografia é linda, a Austrália um assombro.

Nos dez minutos que tivemos antes do filme arrancar fomos jantar. Eu, conscenciosa do meu vestido vermelho, comi uma salada com atum e ovo e bebi um sumo de maçã. O homem cá da casa, conscencioso do raio da crise (e há que dias com uma vontade enorme de comer carne), comeu um hamburger do McDonald's. Eu paguei 6,50 pelo meu menu. Ele pagou 1 euro.

É injusto.

Ok, já passou

Ok, ok, já passou. Prima nova e ler o jornal. Já estou bem disposta outra vez. Não me apetece estar aqui à mesma, mas isso logo passa.

Truques

Qual é a melhor solução para lidar com uma crise de irritação? Para mim, pode passar por martelar furiosa e rapidamente no teclado, como agora estou a fazer, aguentando com os olhares reprovadores/desconfiados dos meus colegas, que não percebem o que se está a passar. Pode passar por ir passear, geralmente sozinha, ir ver o mundo (pertinho de casa), mudar de ares, ou ir às compras, legumes e fruta também serve, ir lanchar e beber qualquer coisa quentinha, ir para a galhofa com amigos...

Hoje nada está a funcionar. Sinto uma irritação profunda, daquelas em que apetece berrar ou gritar muito alto, até tudo voltar à normalidade e se acabar esta sensação horrível. Estou sem paciência, sem vontade de estar aqui enfiada quatro horas a ouvir falar sobre coisas desinteressantes (?).

À entrada da escola, visão perfeita, um saco de boxe. Também serve para relaxar, mas está guardada pelo segurança. Vou ter de descobrir outra maneira.

03/02/09

Cinco anos (2)

"Mãe, quantas festas é que eu vou ter este ano?"

Com a família assim grande que temos e com os amigos da escola mais os amigos-filhos-dos-amigos-dos-pais é provável que tenha de fazer aí umas três. Espera, mais o bolo na escola - uma das coisas de que mais gostava quando era pequena - quatro? A do bolo da escola foi no dia, estavas muito orgulhoso, a nossa dos quatro foi à noite, com medo do fogo do japonês perigoso a atirar facas ao ar. E depois? Mais duas festas? Acabei por fundir tudo na mesma festa, convidei os 26 miúdos da escola - vieram 20 - e mais 16 filhos e sobrinhos e filhos dos nossos amigos. A festa foi na sala de condomínio da minha irmã e fui eu que fiz quase tudo, desde a decoração à animação, com algumas ajudas pontuais.

36 putos.

Por isso é que tenho andado sem genica para escrever.

02/02/09

Tempestades

Chuva, frio, tempestade, frio... mãos frias, casacos quentes, nariz frio, pés frios... Gosto da chuva, mas já estou farta do frio. Odeio casacos compridos, odeio collants, odeio pés frios e odeio camisolas, fazem-me espirrar e andar com os olhos irritados... Que saudades da Primavera.