10/02/09

Perda

Nunca gostei de perder nada. Nunca fui de perder nada. Às vezes tenho de pensar muito tempo nalguma coisa para voltar a revê-la, porque não gosto de perder coisas. Corro a casa toda à procura de um livro ou de uma revista, de uma t-shirt ou de umas cuecas, só porque não quero perder nada. Faz-me impressão a facilidade diária com que certas pessoas perdem tudo, desde as chaves de casa, à carteira ou mesmo a um blazer que vale mais do que a casa e a carteira juntas :)

Comigo não é propriamente não gostar de perder ao jogo, por exemplo. Em relação a isso não me faz grande impressão. Não posso dizer que seja muito competitiva. Agora perder coisas, isso já não gosto.

Este fim-de-semana, cortaram uma árvore enorme que fazia parte do meu percurso diário há mais de 15 anos. Bem sei que a árvore é daquelas de crescimento quase instântaneo que tanto maravilharam as câmaras há uns anos e que provocam alergias infindáveis com os seus rolinhos primaveris. Mas é uma perda, de qualquer maneira. 

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