28/12/12

Porta dos fundos para distrair

Tem alguns sketches muito bons. Tem alguns.


Ora vejam, no canal da porta dos fundos.

De braços atados

Acabei de ver três rapazes a fugir com o produto de um assalto. Não percebi se de um banco se da Zara ao lado do Corte Inglês. Corriam pela rua carregados de sacos. Ninguém fez nada. Dois rapazes engravatados vieram procurá-los mas eles já iam quase na avenida da República. Ninguém pode fazer nada. Mas se fossem apanhados com força e se a polícia tivesse meios para actuar já era diferente. Lastimável.

Estou só mal habituada?

As empresas que prestam um bom serviço aos clientes têm-me como cliente e, ao mesmo tempo, habituam-nos mal para a vida. É o mesmo que trabalhar numa boa empresa ou ter uns bons pais. Assumimos que é tudo assim e, se calhar, não é. Há dias, comprámos um presente para oferecer à miúda no dia de anos numa loja para crianças. O dito era completamente inadequado para crianças e nós (os adultos) não o conseguimos pôr a funcionar. Peguei no presente e no recibo e lá fui a caminho da loja para fazer a troca.
Aqui entra o estar mal habituado, com lojas, como o Continente, que aceitam, sem questionar, os produtos que não nos servem ou que nos arrependemos de ter comprado ou que defraudam as nossas expectativas, e que nos devolvem o dinheiro.
Era isso que eu queria, para poder comprar uma prenda que funcionasse para a miúda, uma vez que não havia nessa loja nada que ela quisesse. Deram-me um vale, válido por seis meses, no qual não tenho interesse nenhum, dizendo-me que tivesse cuidado com o dito, porque no papel térmico, às vezes, a impressão desaparece.
Lembro-me de ter lido algures que temos sete dias para nos arrependermos, mas estou baralhada. Ou é a lei? Preenchi uma queixa para a direcção da loja, outra das formais para a ASAE, mas não sei se tenho sequer direito a isto, porque encontro informações contraditórias na internet. Alguém sabe ao certo?

A minha bebé fez seis anos e daqui a dias o meu bebé maior faz nove

Céus.

24/12/12

Feliz Natal (e tenho alguns cabelos azuis)

Entalados entre a excitação dos mais novos e o sono dos muito mais velhos, já desembrulhámos o Natal todo e ainda nem eram onze. Bom. Assim amanhã está tudo em forma.
O vizinho do lado testa um novo gadget, que apita por todos os lados (o que será?) e agora está a fazer flexões. Medo. O miúdo foi dormir a sonhar com ferraris. A miúda já encheu um saco com os brinquedos que quer levar amanhã para casa dos avós, para brincar com os primos. Eu recebi coisas muito giras.

Notas soltas:
Os frutos secos ganharam a corrida.
Esqueci-me da tarte que fiz para a consoada no frigorífico.
E tenho uma porção gigante de cabelo azul.

Como fazer frutos secos glaceados

Ou "acabei de chegar ao paraíso dos frutos secos e não deu trabalho nenhum".
Isto são nozes e amêndoas glaceadas. De-li-cio-sas!!! Esqueçam que devem ter um milhão de calorias por milímetro quadrado. Isto é um sonho e é só por ser Natal. Super simples de fazer.

Frutos secos glaceados

350 grs. de frutos secos (nozes, amêndoas, pecãs, avelãs, amendoins...)
120 grs. de açúcar
20 grs. de manteiga

Misturar tudo numa frigideira pesada em lume médio, até o açúcar e os frutos ficarem corados - cerca de sete minutos.
Dispor sobre papel anti-aderente, separados. Salpicar com sal fino.

Muito importante: Cuidado que o caramelo está a ferver. Muito.

23/12/12

Como se já não bastasse a excitação do Natal...

Caiu hoje o primeiro dente da miúda. Três dias antes de fazer seis. Ficou primeiro histérica, porque não sabia do dente, depois histérica, quando o encontrei.

Há morango no Santini

(Para quem não acreditava na magia do Natal)

Um conto de Natal

Um homem barbudo e gordo, farto de ser o único a trabalhar quando todos se divertem na noite da consoada, entrega o casaco do turno pelas seis da tarde. Não tem família, mas vai pela cidade deslumbrado pelas luzes, pelo vazio de gente e pelo silêncio. Deambula por Lisboa até às seis da manhã, quando é atropelado, sem gravidade, por um carro no Martim Moniz e decide regressar a casa. Não terá trabalho a partir de amanhã.
O comboio que devia conduzir já não chegará antes da meia noite a Coimbra. O seu atraso será notado. Não só pelos viajantes tardios, que esperam com muito frio em Santa Apolónia por um novo condutor, mas também pelos que aguardam a chegada de familiares e encomendas.
O novo condutor deixa o peru por trinchar, os presentes por abrir até à manhã de Natal e os filhos a chorar. Mais tarde, a mulher vai cortar um dedo com a faca mais afiada e vão acabar os três nas urgências, onde os médicos celebram com bolo Rei mole e espumante meio quente a chegada do Menino. A árvore de Natal está decorada com luvas cheias de ar e desenhos infantis da ala de pediatria. Em vez de presentes, os médicos trocam de pacientes. As urgências estão quase vazias. Não há doenças no Natal. Acidentes e bebedeiras, mas isso é mais tarde. À saída do hospital, vão atropelar, sem gravidade, um homem barbudo e gordo. Vão dar-lhe boleia para casa.
Em Coimbra, Maria espera pela chegada do seu bebé. Um bebé que ainda só conhece de fotografia e que vai adoptar. Não pode ter filhos. O marido foi a Lisboa buscar o menino. Da cabine na estação, telefona a avisar e diz-lhe que abra um dos presentes que está debaixo da árvore, para ajudar a passar a angústia do tempo. O azul. Estão dois presentes debaixo da árvore, o dela para ele e o azul, que tem forma de livro. Abre-o cuidadosamente, para não estragar o papel. Fecha os olhos e sonha com o que poderá estar lá. É um álbum de fotografias, da família dos dois, que está dispersa pelo mundo. Além da família, há fotografias dos dois em bebé, em criança, e ao longo da vida até se encontrarem. E há uma fotografia do bebé que virá a caminho. Maria vai à janela e decide ir esperar para a estação, onde está frio e húmido, mas isso não a incomoda. Espera. Dentro de minutos ou horas terá o seu bebé. Com a demora da viagem, o bebé, que vai ser o mais bonito do mundo para Maria, chega às duas da manhã a dormir ferrado. Maria e José abraçam-se felizes. O bebé só acorda no dia a seguir.

20/12/12

I'm that organized!

Ou "coisas para facilitar a vida".
Tenho um canto num armário lá em casa que vou preenchendo de coisas, presentes ou achados que, em sendo precisos, saem para oferecer em aniversários.
Tenho coisas para todas as idades e tipos de pessoas, desde brinquedos - especialmente reforçado em caso de encontrar boas promoções -, a coisas de crescidos.
Tenho materiais de desenho por estrear - essencialmente porque acho que cada pessoa poderá ter a mesma ambição que eu, de ter materiais novinhos para trabalhar.
Tenho algumas coisas que nem sei categorizar. Mas gosto delas à mesma.
Aliás, neste armário só tenho coisas de que gosto. Porque adoro dar presentes.
Depois embrulho tudo, preferencialmente com papel reutilizado, preferencialmente com grandes laços de tecidos coloridos.
E, muito sinceramente, tenho a ambição de que as pessoas gostem mesmo do que eu dou.

18/12/12

Fotografias mágicas

Ainda um dia hei-de ter fotografias assim, só minhas...

Música de Natal da Comercial

Eu sei que já não é novidade, mas só hoje é que vi o vídeo. E, caso tenham curiosidade, vejam a piscadela de olho e o comentário do Ricardo Araújo Pereira ao minuto 2:38, quando estão a falar da prima que cresceu e já não é nenhum bebé.
Tão bom.

Dúvida existencial substancial

Há meses que o meu filho me pede uma nerf para o Natal - para quem não sabe, isto é basicamente uma pistola.
Parte de mim rejeita essas coisas, a violência que tem associada. A outra parte diz "até eu gostava de ter a minha própria nerf" e "se dermos uma régua e um esquadro a um miúdo, ele vai usá-los para fingir que são uma pistola. Transparente. Com poderes de defesa especiais."
Estou dividida.

Parabéns à Tous no Chiado

É que, a sério, parabéns do fundo do coração e as máximas felicidades para o vosso negócio. Merecem pelo esforço que tiveram. Tomaram conta de uma das lojas mais lindas de toda a Lisboa. A Ourivesaria Aliança, na Rua Garrett, no Chiado. Andei a temer pelo seu destino desde o momento em que vi as portas de ferro fechadas. No fim-de-semana, num dos passeios natalícios passámos por lá e demos de cara com a Tous, no espaço da ourivesaria. Acho que não mudaram nada, acho que a loja ainda está mais bonita. A foto não está linda, nem se percebe muito bem, mas dêem lá um saltinho que os senhores merecem. E comprem coisas, que eles têm lindas. Eu gosto muito dos medalhões.
Felicidades. A sério.

Last Christmas revamped

The xx

17/12/12

Anúncios excelentes

Sempre gostei de ver um bom anúncio. O problema principal - que nos faz acabar por viver nesta coisa do zaping perpétuo assim que vemos o primeiro anúncio - é que a generalidade dos anúncios é completamente desinteressante.
Depois há outros assim. Bons como o raio. Ora vejam.

Os giros:






Os queridos:




Os que fazem as pessoas sensíveis chorar:


Todos tirados daqui (escolhi os melhores para mim).

16/12/12

Como tirar as marcas escuras entre os azulejos

Esta é verdadeiramente surpreendente e prova que mesmo as coisas más podem trazer coisas boas. Ontem, já contei, houve cá uma inundação na cozinha.
Um dos efeitos mais imediatos da destruição da água foram as embalagens de cartão das pastilhas de detergente da loiça. Três, compradas em promoção no fim do mês passado, todas moles e estragadas. A embalagem que já estava aberta ficou com as pastilhas que estavam fora do saco de plástico esfareladas, os outros sacos protegeram as pastilhas - menos mal.
A água que por lá passou e tombou para o chão foi, portanto, carregada de detergente para a loiça. Hoje, o nosso chão da cozinha voltou a ter os intervalos entre os azulejos branquinhos. Boa.

O que (não) dizer às crianças

Numa altura em que vivemos numa espécie de ansiedade colectiva em informar as crianças, quase como se precisassemos de partilhar todos os momentos de ansiedade das nossas vidas com eles, o Motherlode do New York Times faz mais sentido do que o resto.
Fica o link. Aqui

Uma vida de glamour

Se há coisa de que a menina aqui gosta é de borga. Hoje tinha uma bela festa prometida: os 50 anos da minha colega de carteira, no Van Gogo - sítio onde nunca pus os pés e sobre o qual sempre tive muita curiosidade. Música do 2 prometida.
Pois.
Embrulhei a prenda, vesti roupinhas de disco, calçei os botins de salto alto (pela primeira vez em quase seis meses, por causa da operação), pintei os olhos, penteei-me, brincos, essas coisas...
Minutos antes da hora de sair, a miúda acordou a chorar agarrada ao ouvido. "Dói muito, mamã. Dói muito", com lágrimas a sério. Depois da fantochada com a otite do irmão no Verão, decidimos que o pai ia com ela ao atendimento permanente. Uma dose de Brufen, enchi um saco com mimalhadas, beijinho e as melhoras.
Liguei à minha boleia a dizer que já não contasse comigo, vesti o pijama que nem sequer condiz e sentei-me no sofá, a fazer zaping.
Cinco minutos.
Agora é uma dor de cabeça, raios. Vou tomar qualquer coisa à cozinha, que tem a porta fechada. Pelo caminho, ouço um barulhinho, assim tipo meio fonte meio puto a fazer xixi.
Mega inundação na cozinha. A sério?
Fuck.
Passei a hora seguinte de esfregona em punho, a espalhar toalhas de banho pelo chão e a rezar para que regresse depressa o homem da casa e que miúda não tenha otite nenhuma.
Não tem.
Para glamour já é de mais para uma noite só.

15/12/12

Prendas originais

Os miúdos trouxeram da escola umas bolas de Natal absolutamente amorosas. Uma ideia muito simples e com um efeito que perdurará. Uma bola, tinta na mão a fazer de bonecos de neve. Adorei.



Estes americanos são doidos!

Parece que as camisolas de Natal estão na moda, diz o NYTimes. Sabem quais são? Aquelas coisas assustadoras e horríveis dos anos 80, com renas, bolas e outros enfeites natalícios. É uma tendência, presumo que adoptada pelos baby boomers... Há músicas e tudo sobre a coisa. Que susto!

14/12/12

Estou apaixonada!

Foldify para o iPad. Quero. Muito.
Ah, espera, não tenho um iPad...

A cena dos guarda-chuvas

Não sei como é que isto me acontece, mas hoje passei outro guarda-chuva para as mãos de uma pessoa que estava a precisar. Ia a conduzir, a prestar atenção às poças, aos condutores, aos semáforos, e essas coisas, mais as outras que andam nas cabeças das pessoas. No meio da estrada, estava um velhote, a lutar com um guarda-chuva partido. Estava a chover. Pois. O meu carro parou, vi a minha mão a tirar o meu guarda-chuva novo e a dizer ao senhor para me dar aquele e ficar com o meu. O senhor agradeceu, assim meio estupefacto, e eu fui-me embora.
Cenas estranhas que me acontecem.

12/12/12

Biscoitos de laranja e suspiros no forno

Os miúdos fizeram biscoitos de laranja para oferecer às professoras. Os biscoitos estão quase a sair do forno - seis tabuleiros inteiros de biscoitos deliciosos. Uma prenda que eu gosto sempre de receber.

Cada um fez sua dose:
Misturar 250 gramas de açúcar com quatro ovos e uma gema, sem bater muito, acrescentar 400 gramas de farinha, raspa da casca de duas laranjas e uma colher de chá de fermento em pó. Fazer montinhos de massa, com a ajuda de duas colheres (ou uma colher de gelado das que têm uma alavanca para empurrar). Vai ao forno aí uns 10, 15 minutos, a 160º.

Juntei às duas claras que sobraram 150 gramas de açúcar e bati-as em castelo. Agora, estão no forno a 60º a secar.
... Suspiro...

Enfiados em casa

O dia está a ser do mais produtivo do que há memória, aqui, na oficina do Pai Natal. O presépio do mais velho ficou pronto num instantinho, a pequenita está colada a mim a cortar o dela afanosamente, enquanto respira só pela boca e reclama por eu ter de trabalhar um bocado.
Já tivemos de fazer avançar a artilharia pesada - pinturas, colagens, dourados, fitas, botões, presentes especiais, essas coisas todas. Estamos em avançado estado de produção.
(Só se pegaram agorinha mesmo, mas eu sou capaz de ter contribuído...)
A seguir, vamos fazer biscoitos - um recurso inesgotável para os dias não.

Salva pela Filipa

Um post na página do facebook de uma amiga levou-me a este site, com imensos desenhos para recortar e pintar, que hoje me vai salvar o dia. Os miúdos acordaram - os dois - com dor de cabeça, assim tipo gripe, por isso ficámos os três em casa. Eles estão a pintar o presépio. Digam lá que não é uma ideia linda? Obrigada, Filipa.

All I want for Christmas is...


10/12/12

Castigo das segundas-feiras

Esperar pela saída dos miúdos da natação.

Espero calmamente 20 segundos pelo elevador

Esse é o limite para a maior parte das pessoas. Acima disso, começamos a ficar impacientes. Quem o diz é Theresa Christy, matemática que trabalha na empresa de elevadores Otis, num artigo muito interessante (para quem acha piada a estas curiosidades), publicado no Wall Street Journal. Uma espécie de um behind the scenes, com curiosidades sobre elevadores. Como a existência de um botão de elevador nalguns hotéis para que quem leve a prancha de surf viaje sozinho, sem incomodar os outros hóspedes.

Assumo: hoje fiquei maluca no Alegro

Hoje precisei de ir buscar umas prendinhas ao Alegro. Duas lojas, umas voltinhas com a minha mãe e demos com este robot. Além de ser muito giro, está a oferecer vales até 6 de Janeiro, num montante total de 30 mil euros.
Como tinha os pré-requisitos necessários - talões de duas lojas, acima de 20 euros -, fomos jogar. No caminho para a máquina, enchi-me de confiança, pensando "vou ganhar cem euros", "vou ganhar cem euros", "vou ganhar cem euros", "vou ganhar cem euros", etc., etc. Repeti isso à ajudante do robot, que se riu com a confiança. Deram-me uma senha para jogar cinco vezes. À segunda jogada, sairam três corações alinhados, ou seja, cem euros. Ganhei cem euros! 100!!! Não foi o robot que entrou em curto-circuito. Fui eu! Estou maluca!

06/12/12

Cloud Atlas ou a banhada do ano

Cloud Atlas, ontem à noite. Ou como desperdiçar uma noite de baby-sitter e a sua remuneração, mais 13 euros para ir ver um filme muito mau, sem ponta por onde se lhe pegue e comprido como o raio. Ainda por cima.

Impossível não gostar de Niemeyer

"Absurdo é o deserto." É famosa a resposta dada pelo então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, a uma jornalista que lhe terá perguntado se não era absurdo construir a capital do Brasil no deserto. Oscar Niemeyer, o arquitecto que desenhou a cidade, morreu ontem aos 104 anos, e deve ter ido tranquilo, porque pode, de facto, dizer que deixou a sua marca no mundo.
Esta obra, que parece tão maluca como o desenho de uma criança, é o Centro Oscar Niemeyer em Avilés, Espanha. Em Portugal, Niemeyer tem apenas uma obra, o Casino Park Hotel, no Funchal, que pertence agora ao Grupo Pestana.
A forma orgânica dos seus desenhos encanta. "Não é o ângulo recto que me atrai, nem a linha recta, dura e inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual - a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos rios, no corpo da mulher amada."
Oscar Niemeyer, Vinicius de Moraes e a sua mulher, Lila, e Tom Jobim (fotos todas via Archdayily)

05/12/12

A minha pilha DIY cresce a olhos vistos

Tenho tendência para estabelecer os objectivos mais complicados do mundo. Este ano, a minha ideia é, mais uma vez, fazer as minhas prendas de Natal.
O que eu vejo, hoje, dia 5 de Dezembro, é que terei pronto no dia 24 um brilhante monte de prendinhas homemade para toda a gente da minha lista. Já embrulhadas em papel reutilizado e enfeitado com desenhos dos miúdos, claro.
Vou empilhando aqui ao lado as coisas de que vou precisar, vou tomando notas de ideias giras e de sites que ensinam a fazer as coisas que gostava de fazer. Já sei o que quero fazer, até posso ter o que preciso.
Mas depois, começo a duvidar de mim própria e a calcular que, se calhar, o que estou a pensar fazer não terá valor nenhum para a pessoa que vai receber a prenda. Desconfio sempre da minha falta de jeito, empenho e tempo para completar as tarefas. Temo que não gostem e que vá depois lamentar o tempo, empenho e jeito que gastei para o fazer. Com uma prenda comprada podemos sempre dizer "se não gostares podes trocar" e lavamos as mãos da responsabilidade na escolha.
Mas acho que, no fundo, enquanto sociedade, tirámos o valor a tudo, tirámos o valor ao homemade, com as tais chinesices de que falava há dias, com a disponibilidade automática de tudo o que pudessemos precisar. Uma disponibilidade automática que vejo a tornar-se mais difícil. Já há muitas coisas que não consigo encontrar.
Mantenho-me fiel à minha ideia. Vou fazer as minhas prendas de Natal (e os miúdos vão ajudar-me).

03/12/12

Ah! Há um nome para esta cena que me acontece!

Sabem quando nunca ouviram falar ou nunca viram uma coisa e depois casualmente lêem/vêem/aprendem sobre isso e, no momento quase a seguir, começam a ouvir ou a ver essa coisa em todo o lado?
Isso acontece-me muitas vezes - e muitas dessas vezes até parece que sou uma pessoa informada, o que acaba por ser bom. Outras vezes pode ser um pouco enjoativo, se a coisa que vemos for uma coisa de que não gostamos.
Pois esse fenómeno tem um nome: é o fenómeno Baader-Meinhof. Descobri aqui, onde aprendi mais 26 nomes de coisas de que nunca mais na vida, juro, me vou recordar. Entretém.

O tempo a passar

Hoje à noite começámos a namorar há 19 anos. Mega rápido, bom.

02/12/12

O vazio do mar

Quando chegámos ontem, o mar estava tão cheio que nem conseguimos usar o atalho ao pé das casas à beira do rio. Hoje está tão vazio que o caminho é uma avenida, cheia de vidros rolados e de conchinhas para levar para casa e para fazer colagens. No meio do rio, a areia desenha um vê.
Que dias absolutamente lindos. Que sol, que mar, que luz.

01/12/12

A árvore de Natal do Pinterest

Acho que ainda não é este ano que a comunidade Pinterest vai repinar a nossa árvore de Natal.
Fizemos a árvore hoje de manhã, antes de sairmos de casa, depois de uma valente dose de panquecas com mel ou açúcar e canela. No YouTube escolhemos a playlist christmas songs e enchemos a casa de Natal. Os miúdos tentaram encher todos os ramos com os enfeites que já tínhamos e todos os que eles foram fazendo ao longo dos anos na escola ou em casa.
Portanto, a árvore não vai para o Pinterest, mas nós achamos que está linda.
Agora é que é: Feliz Natal.