Tenho um problema com fazer listas. Para começar, geralmente perco-as, o que faz com que percam todo o efeito pretendido. Quando não perco, esqueço-me que as fiz, o que vai dar ao mesmo. Depois, acho-as sempre intermináveis e, mesmo assim, incompletas. Quando volto a pegar-lhes dias depois de as fazer vejo sempre que me esqueci de imensas coisas.
Na vida, às vezes, também é assim, esqueço as coisas boas que devia ter organizadas numa lista permanentemente acessível.
Por norma, tendemos a tomar o que temos como adquirido e menorizamos/normalizamos as pequenas coisas positivas que nos acontecem. Pelo contrário, temos tendência a empolar/lamentar as coisas negativas, como se tudo nos corresse mal. Se calhar falo no plural quando devia falar no singular, mas que se lixe, deve haver mais gente assim por aí.
Lembro-me disto recorrentemente, quando encontro amigos com problemas, doenças chatas, falta de recordações boas, dificuldades financeiras, solidão, incompreensão, tristeza... Uma lista interminável de coisas tristes. Quando isso acontece, faço sempre mentalmente uma lista das coisas boas que tenho e procuro incentivar essas coisas positivas também no outro. Acho que nos fortalece pensarmos em coisas boas.
O Dia de Acção de Graças - hoje, americanice que acho que não faz mal nenhum adoptarmos porque devemos agradecer as pessoas e coisas boas que temos - é um bom dia para agradecer:
- a vida
- a família e os filhos
- a saúde
- os amigos
- os vizinhos
- os dias bons
- o trabalho
- as pessoas que não conhecemos e nos dão força
- a energia
- a casa, o pão, a educação
- a paz
- as memórias
- as viagens
- os passeios
- ...
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