Um dos momentos mais brilhantes da maternidade é levar os filhos às vacinas. Acho que equivale aos momentos em que há um cocó na fralda sem muda-fraldas a quilómetros e temos de mudar os putos em andamento.
Hoje, a miúda foi levar a dos cinco/seis anos. Levei o pai, porque ainda não posso pegar em sacos de batatas e porque já sabia o que ia acontecer.
Em resumo: foi uma berraria de tal ordem que até as fundações do edifício tremeram. A conversa é fácil, "é para o teu bem, para não teres doenças chatas" e "não há discussão, levas a vacina e acabou", mas ela parecia um leitãozinho enlameado.
São duas doses. A primeira ainda marchou calmamente ao meu colo, até a agulha entrar no braço, mas foi. Depois começou a sinfonia e a tentativa de fuga. Aí, passou para os cuidados do pai e a segunda dose só entrou à custa de três adultos a segurá-la (nós os dois e o outro enfermeiro). Berrou, esperneou. Às tantas, até gritou "cocó" (o que, confesso, achei muito divertido de tão inapropriado).
À saída, dizia indignada "as agulhas entraram mesmo nos meus braços. A senhora é má."
Ela faz seis no próximo mês, mas hoje estive a ler que está a haver um aumento de casos de tosse convulsa. Só há uma protecção, que é levarem as vacinas nas datas devidas.
1 comentário:
tadinha...hoje, mimar na proporção inversa da dor causada pelas agulas que entraram nos braçinhos é imperativo!!!!
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