Acabei de regressar de um mês inteiro a tratar de papelada para os meus pais, por causa de uma herança do meu tio-avô.
Antes de ir, pediste-me um tempo para pensar. Tinhamos combinado umas férias juntos, desmarcámo-las, foi cada um para seu lado. Encolhi os ombros, lembrei-me da expressão do velho António "as mulheres às vezes precisam de espaço" e fiquei à espera. Quase todos os dias tive de resistir à vontade de te ligar, para não te abafar. Enviei-te uns sms meio neutros, para não te pressionar.
Agora, chego a casa, ligo o computador e abro o facebook, para ver o que os amigos andaram a fazer nas férias. E o que vejo são fotografias tuas, a divertires-te como se fosses uma adolescente, com pessoas que não conheço, que me magoam a sério, que são inexplicáveis por completo, que me arrumam num canto. Num impulso, risco-te da minha lista de amigos no facebook. Acho que nunca mais te quero ver.
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