Tenho um grupo de amigas novo. Começámos a dar-nos todas quando percebemos que o café da loja de móveis enorme era grátis.
Primeiro, embirrei com a loja e fiz a promessa de não entrar lá, por causa do que veio fazer aqui ao bairro.
A última coisa de que precisávamos era de um monstro daqueles ao pé de casa.
E não fui. Nem à abertura, nem quando as romarias se intensificaram aos fins-de-semana. Também, nessa altura, estava mais entretida a tratar de ti.
Mas, de repente, morreste. E o que era uma vida de isolamento a dois, passou a ser muito triste mesmo. Só eu, à janela, a ver passar toda a gente...
E, um dia, enchi-me de coragem e lá fui eu. Havias de ter visto o que eu vi. Móveis de todas as cores e feitios, almofadas, tecidos, tachos, tudo o que as casas precisam e muito mais.
E oferecem café. Primeiro fui uma ou duas vezes, depois comecei a ir todos os dias. Agora tenho lá um grupo de amigas. O café é intragável e tu sabes que eu não gosto de café. Mas assim estou entretida.
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