30/08/09

... e as feiras

O meu filho comprou ontem com o seu próprio dinheiro uma espada de madeira na feira de Grândola. Para ser mãe é preciso respirar fundo e pensar baixinho três vezes "não vai acontecer nada de mal". E, por isto, quero dizer que ninguém vai ficar com nenhum olho vazado, que nenhum primo vai ficar sem braço ou que a irmã mais nova não vai ficar sem qualquer coisa. Ser mãe, às vezes, é ignorar perigos tão básicos que nem gosto de pensar nisso.

Proíbi-o de bater na irmã e nos primos e, há bocado, encontrei-o a bater numa árvore. Especifiquei que não se bate em coisas vivas - "mas as árvores não são coisas vivas, são filho, são super vivas, são muito importantes para nós, e por aí fora...". Depois encontrei-o a desafiar para a luta uma parede (gulp!!). Tive de especificar que também não se pode bater na casa. O tio diz que "assim não sobra nada", "sobra, sobra", digo eu, mas não sei o quê, vou buscar uns jornais e durante cinco minutos, o tempo de duração da minha paciência, entretemo-nos a trespassar folhas de jornal abertas. Depois designo-o cavaleiro da corte de Dom Segismundo e rezo a todos os santinhos que, por hoje, a sua masculinidade esteja satisfeita de sangue. A seguir ao banho estivemos na mimalhada na minha cama, por isso, mantém o interior carinhoso.

... e a feira de Grândola é hiper racing. Nunca imaginei uma feira assim. Em grande. E hoje de manhã estivemos a ver golfinhos em Setúbal. Lindo

1 comentário:

anniehall disse...

E um pneu velho pendurado de uma arvore? Na quinta eles tinham uma coisa dessas para desabafar:))))
Uma espada Joaninha!!!:))))estava mesmo a precisar de uma risada destas , fiquei com a alma lavada:))))