08/04/12

Causas para divórcio

Em Inglaterra, os casais que pretendem divorciar-se têm de justificar a decisão com uma de cinco razões, que incluem adultério e abandono. Há uma razão mais abrangente, que motiva as alegações mais absurdas, e que é "comportamento irrazoável". Que tem de ser justificado para o tribunal o aceitar. E aqui, parece que cabe tudo o que as picuínhices particulares de cada um quiserem.
Há o caso de uma senhora que quis divorciar-se porque o marido queria que ela se vestisse à klingon e que falasse na linguagem klingon (fui pesquisar, e é a linguagem da Guerra das Estrelas, já disse que sou taralhoca disso). Há um senhor que se passou porque a mulher fazia-lhe o seu prato mais detestado, caçarola de atum. Há muitas queixas de odor corporal, outras de cônjuges que mudam de canal muito depressa e também uma senhora que não gostava da maneira como o marido respirava (qual seria a alternativa?).
O meu preferido, de vários, é o da mulher que pediu o divórcio porque o marido não falava com ela há 15 anos - a não ser por post-its (o que eu estranho é não ter dado o passo mais cedo...) Também gostei da petição de um marido contra a sua mulher que assim que via um homem das obras ou um comerciante se agarrava a eles, de forma escandalosa, dizendo que não conseguia evitá-lo.
Acho que a culpa disto tudo é não haver, em Inglaterra, como há cá, a hipótese de um divórcio por mútuo consentimento. Quem conta a história é o New York Times.

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