22/07/08

Quase férias

Quase de férias, aproveito para pôr em dia alguns cozinhados por que ansiei todo o Inverno. Passo habitualmente o Inverno todo a coleccionar receitas, carinhosamente, reunindo ideias da internet ou de livros fantásticos que vou comprando ou recebendo pelos anos e pelo Natal.

Durante o ano quase nunca consigo justificar receitas mais rebuscadas. Com um marido quase sempre sem fome à hora do jantar e com dois filhotes que comem ainda poucochinho, é dífícil conseguir elaborar muito. Além disso, os miúdos têm algumas esquisitices, como todos os miúdos têm. Na maior parte das vezes, acabamos por comer assados ou estufados simples, a acompanhar com legumes ou com massa ou arroz. Eles obviamente não comem os legumes, excepto na sopa. Mas devoram a fruta, por isso acaba por compensar.

Assim, chega o Verão e tenho muito por onde criar. Este ano, tenho um par extra de mãos para me ajudar a cortar, a ralar e a pelar ingredientes. E a lavar no final. Assim, estou quase no ceú. Só é pena não ter aqui perto um supermercado de jeito, com os ingredientes todos de que preciso ao mesmo tempo - aipo, manjericão, gengibre, cebolas roxas, cogumelos Shitaki e Portobello, massa com tinta de choco, pão delicioso, tortilhas de milho, vieiras, gressinos torinesi, salva, arroz para risotto, legumes, fruta e ovos biológicos, azeite a preços normais, espargos pequenos e grandes, limas... São imensas as coisinhas que não consigo comprar facilmente por aqui.

E, ao mesmo tempo, o tamanho da despensa, dos frigoríficos e dos congeladores é metade do que tenho no Inverno, para quatro pessoas. No Verão, habitualmente somos 13. Habitualmente não, por agora. Quer dizer, o número tem vindo a subir gradualmente, à medida que os meus pais vão tendo netos. Mais gente para experimentar.

Hoje o jantar vai ser frango com bulgur e panzanella (uma salada italiana deliciosa parecida com uma salada montanheira que comi no Algarve).

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