Agora que penso nisso, tenho passado a minha vida à procura de uma boa história. É isso que eu faço. Sou capaz de atravessar meio mundo para a conseguir.
Por uma boa história sou capaz de suportar noites mal dormidas, a barriga a dar horas, dores no corpo, feridas nas mãos e nos pés. Sou capaz de fazer os maiores disparates. Agir sem pensar, saltar no vazio, correr sem parar, fazer quilómetros sem fim, ir sem destino - só porque isso também é uma história -, partir o coração a quem fica, comer o que aparecer.
Quando era miúdo, lembro-me de ter partido uma vez um dedo de propósito, só para poder contar mais essa história. Nunca tive falta de atenção, só gosto de criar enredos, de gerir personagens e criar cenários, mas na vida real.
O que faço com uma boa história depois de a conseguir é simples.
Espalho-a, partilho-a com o maior número de pessoas que conseguir, aperfeiçoando a técnica de contar e a de captar novas histórias. Faço-me ouvir - e bem alto -, porque quem tem histórias mais giras ou mais malucas ganha a corrida. E eu não posso perder essa.
2 comentários:
Olá cara Joaninha,
Estive a ler o seu desabafo e achei muito interessante a sua perspectiva sobre o tema.
Lembrei-me de um vídeo que vi faz tempo, fala sobre o assunto e gostaria de partilhá-lo consigo:
http://www.youtube.com/watch?v=09ThzESqNC0
Será proveitosa a inconsequência adrenalizante de uma vida sobre estes princípios? Julgo que ninguém terá a certeza, mas correr o risco de não a experimentar viver desta forma pode ser maior, só temos uma...
Obrigado e continue a presentear-nos com os seus pensamentos, gosto muito de ler.
Beijinho
Engraçado, tenho um amigo que defenderia o mesmo. A conclusão do vídeo, para mim, é que vale sempre a pena tentar. E com isso concordo. Beijinho também
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