08/07/11

Ó Diogo

Já tive tempo para pensar o que é que é que faz com que sinta tanta emoção por saber que partiste, além da óbvia questão de seres estupidamente novo para isso. Já remoí as vezes todas que nos encontrámos, desde que nos conhecemos em Nova Iorque há dez anos, e eramos sete ou oito enfiados na traseira de uma limusine à saída do aeroporto a rir o caminho todo. Lembrei-me do resto desses dias em que andámos a passear por essa cidade estrondosa e de todos os outros em que te encontrámos depois, fosse na rua a comprar prendas para alguém ou com hora marcada para a conversa. Desde uma monumental celebração prévia de um cargo que fizemos a quatro no Casanostra, para comemorar algo que depois não se efectivou, a mais um jantar muito divertido de onde saímos com dores na barriga de tanto rir.
E o que fica e que penso justificar o choque que sentimos quando soubemos que morreste é o sentido de humor, a inteligência e a intensidade que punhas em tudo.
Temos saudades.

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