03/08/11

Banca de jornais

Uma das primeiras coisas que faço quando começo a trabalhar é ir à banca de jornais do Sapo, onde consigo ver as manchetes dos jornais todos. Acho um serviço excelente e divulgo-o sempre que posso, porque tenho receio que nem todos possam usufruir dele.
Hoje, na ordem habitual do site, vi primeiro o Jornal de Notícias, que dizia que já há 15 mil inscritos no próximo Peso pesado. Na manchete a seguir, do Público, "Fomos espreitar as cozinhas das 21 maravilhas", com uma mega fotografia de (certamente) deliciosos pastéis de Téntugal.
Penso que o problema do excesso de peso e mais ainda do excesso de excesso de peso é ter passado a ser tão fácil recompensarmo-nos com guloseimas ou snacks. Agora, é extremamente fácil pegar em chocolates, gomas, rebuçados, chupas, batatas fritas, pipocas, doces, pão, queijo, refrigerantes e outros potenciais culpados. Não dão trabalho porque já estão feitos e, ainda por cima, são viciantes, como concluiu há dias uma equipa de cientistas cujo trabalho li no New York Times.
Quando era miúda, se aparecesse um chocolate de três em três meses já era muito. Nunca houve sumos em minha casa. As próprias bananas eram consideradas um luxo. O ananás aparecia no Natal. As batatas fritas eram descascadas e fritas em casa, o que, sendo uma trabalheira, nos limitava obviamente o acesso a essas saborosas malfeitoras.
Agora, em qualquer loja podemos comprar milhares de porcarias, viciantes, que só nos fazem mal. Antes, na altura em que o pastel de Téntugal chegava a Lisboa era um verdadeiro luxo, partilhado com a família toda. Agora, podemos encontrar caixas e caixas em toda a parte e, se quisermos e tivermos estômago, podemos comer os pastéis todos sozinhos. Essa é a diferença.

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