27/08/11

Eu e a sorte

Nunca achei que era muito afortunada. Tirando aquela sorte óbvia de ter saúde e família e amigos e casa e comida e viver num país em paz.
Não, refiro-me aquela sorte de tirar sempre a palhinha mais curta, à sorte tipo Gastão dos Patinhas. Essa não me assiste muito.
Viemos a um casamento - uma das coisas de que eu mais gosto no mundo, honesto, honestinho, convidem-me que eu vou e prometo dançar e divertir-me muito.
A cerimónia civil acabou há três horas e eu estou desde essa hora no quarto, com uma monumental dor de cabeça. Ainda nem dei beijinhos aos noivos.
Nem um croquete, nem um martini. Estou triste que nem um aipo murcho.

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