19/12/14
17/12/14
O que é que se dá a quem já tem tudo?
"I thought about giving you a pen, but you already have one. Then I thought about giving you a house, but they are so difficult to wrap..."
A frase é um dos momentos que sei de cor do filme "Música no coração" - e está na altura de passar novamente na televisão, por isso é sempre apropriado.
Há pessoas para quem acho muito fácil comprar prendas. Os pequenitos e alguns grandes. E depois há uns que são difíceis. Já sabemos que as coisas não nos acrescentam, são experiências que devemos procurar e oferecer. Mas no Natal (e nos anos) há uma certa margem para oferecer coisas. E a escolha é difícil.
Just saying...
A frase é um dos momentos que sei de cor do filme "Música no coração" - e está na altura de passar novamente na televisão, por isso é sempre apropriado.
Há pessoas para quem acho muito fácil comprar prendas. Os pequenitos e alguns grandes. E depois há uns que são difíceis. Já sabemos que as coisas não nos acrescentam, são experiências que devemos procurar e oferecer. Mas no Natal (e nos anos) há uma certa margem para oferecer coisas. E a escolha é difícil.
Just saying...
16/12/14
A história das molas
Quando era pequena se calhar devia ser um bocado snob, porque torcia o nariz ao cesto das molas da casa dos meus pais. Havia molas de todas as cores e feitios e eu achava que as molas deviam obedecer a um qualquer conceito estético. Isto é, tinha de haver uma lógica estética além da sua singela existência funcional de evitarem que a roupa voasse da corda. Por isso, lembro-me de convencer a minha mãe a comprar molas todas iguais, todas da mesma cor e, pelo menos durante um tempo, houve harmonia no cesto das molas.
Em minha casa, hoje, cada mola é de sua nacionalidade.
Em minha casa, hoje, cada mola é de sua nacionalidade.
08/12/14
2015 será Bordeaux
Não adoro a cor, faz-me lembrar de um ano, quando ouvi a expressão pela primeira vez, em que era tudo bordeaux, dos sapatos aos casacos. Marsala é o nome técnico que lhe deu a Pantone, aqueles senhores que gerem códigos de cores.
05/12/14
Em tempo de advento
Não sei em que caderno pautado, em que secretária preta, com as canetas vermelha e verde de quem e, sequer, em que parte do mundo falante de inglês é que esta lista foi feita. Não sei quem fez, mas começou a aparecer no feed do facebook há dois ou três dias. Sem qualquer tentativa de ser lamechas, é das melhores coisinhas que tenho visto nos últimos tempos.
04/12/14
:)
Esta delícia de pastilhas elásticas estava na minha secretária para compensar do barulho gigante que estava no escritório no dia anterior. Obrigada Inês :)
03/12/14
01/12/14
De manhã
Tivemos um bom fim-de-semana, com uma ida fantástica à praia ontem.
Quando chegámos a casa, com os miúdos derreados das ondas, fizemos a árvore de Natal e ficou linda. No ano passado não tivemos árvore porque estávamos a meio da mudança de casa. Também não tivemos de a desmontar, por isso, confesso que já estava com saudades da parafernália toda.
As luzes fazem um reflexo mágico nas janelas e o miúdo confessou que a árvore e as luzes ficavam lindas da rua, onde acho que foi de propósito para verificar.
Este ano comprei umas bolachas de gengibre em forma de coração do Ikea e passei a noite a cheirar o gengibre - delicioso! Depois, em me lembrando e em o meu telefone cooperando, mostro a árvore.
28/11/14
Eu não sou perfeita
Eu não sou (nem quero ser) uma mãe perfeita.
Às vezes sou reles. Às vezes sou um espectáculo. Às vezes só quero dormir mais um bocadinho. Às vezes quero encher-vos de beijos e abraços e cheirar-vos o cucuruto da cabeça. Às vezes tenho todo o tempo do mundo. Às vezes paciência zero.
Não sou uma mãe perfeita. Nem quero ser, acho que isso não existe.
Mas gosto de cozinhar convosco, gosto de fazer artes plásticas, gosto de desenhar e pintar convosco, gosto de vos mostrar Lisboa, de irmos à praia, de vermos um filme enroscados no sofá. Adoro as vossas criações, mesmo as toscas, ou, se calhar, gosto ainda mais das mais toscas. Adoro a maneira como se empenham nos trabalhos da escola ou quando temos festas em casa. Adoro quando temos a música a tocar pela casa toda e dançamos.
Mando-vos cedo para a cama porque é bom para vocês, mas também porque é bom para nós. Mando-vos assoar o nariz e lavar os dentes e lavar a cara e pentear o cabelo e vestir casacos e pôr os pratos na máquina e arrumar os quartos e cumprimentarem as pessoas e dizerem obrigado e por favor... Às vezes sou chata.
Não tenho de vos mandar comer a fruta.
Às vezes sou reles. Às vezes sou um espectáculo. Às vezes só quero dormir mais um bocadinho. Às vezes quero encher-vos de beijos e abraços e cheirar-vos o cucuruto da cabeça. Às vezes tenho todo o tempo do mundo. Às vezes paciência zero.
Não sou uma mãe perfeita. Nem quero ser, acho que isso não existe.
Mas gosto de cozinhar convosco, gosto de fazer artes plásticas, gosto de desenhar e pintar convosco, gosto de vos mostrar Lisboa, de irmos à praia, de vermos um filme enroscados no sofá. Adoro as vossas criações, mesmo as toscas, ou, se calhar, gosto ainda mais das mais toscas. Adoro a maneira como se empenham nos trabalhos da escola ou quando temos festas em casa. Adoro quando temos a música a tocar pela casa toda e dançamos.
Mando-vos cedo para a cama porque é bom para vocês, mas também porque é bom para nós. Mando-vos assoar o nariz e lavar os dentes e lavar a cara e pentear o cabelo e vestir casacos e pôr os pratos na máquina e arrumar os quartos e cumprimentarem as pessoas e dizerem obrigado e por favor... Às vezes sou chata.
Não tenho de vos mandar comer a fruta.
24/11/14
Um filme giro
"Um lugar especial", com o Morgan Freeman, anda a dar no TVCine. Vi ontem com os miúdos ("este filme é com o Nelson Mandela, mãe?"), nos intervalos dos estudos. História querida e Uma música especial.
23/11/14
Um sítio
Descobri há dias ao acaso um pedaço de rua de Lisboa que cheira tal e qual como o campo em Abrantes. O campo onde eramos piratas, ladrões, exploradores, salteadores, bonecos ou só miúdos. O cheiro da ribeira, sem tirar nem pôr. Melhor com vento. Melhor ainda com chuva.
É só fechar os olhos estou lá.
20/11/14
17/11/14
Os Maias
Ponto prévio: adorei ler "Os Maias" na escola. Mas adorei mesmo. A construção das personagens, dos sítios, das casas, os pormenores todos. Lembro-me de ficar muito baralhada por ter colegas que não saíam do primeiro capítulo e que se lamentavam da obrigatoriedade da leitura. Tentava convencê-los a avançar, estranhando haver uma diferença tão grande de perspectivas entre o fluir que eu identificava na obra prima de Eça de Queiroz e o sufoco em que eles se viam.
No sábado fui ver "Os Maias" ao cinema. Não gostei e fiquei muito desapontada. A história merecia muito mais.
Ponto final: vou voltar a ler o livro, para voltar às imagens que tinha antes.
No sábado fui ver "Os Maias" ao cinema. Não gostei e fiquei muito desapontada. A história merecia muito mais.
Ponto final: vou voltar a ler o livro, para voltar às imagens que tinha antes.
12/11/14
O que se ganha na tradução
Em que outro sítio do mundo é que uma frase como:
"Bom dia, quero um pão destes com pouca manteiga, por favor."
Se transforma numa frase como:
"'Dia, sai um sementinhas com um cheirinho de manteiga."?
Somos ou não somos um país de românticos?
05/11/14
Sítios onde...
... Dá sempre para ser pequenina - Great American Disaster, no Marquês de Pombal. Vinha aqui com os meus pais e irmãos quando era mini e quando volto quase que nos vejo ali ao canto, a dançar as músicas dos Beatles.
A beleza dos números
Anda lá por casa outra vez a numeração romana. É assim como andar de bicicleta e acaba por ser divertido.
I - 1
II - 2
III - 3
IV -4
V - 5
VI - 6
VII - 7
VIII - 8
IX - 9
X - 10
...
A miúda anda entusiasmada com isso e até fez uma tabela enorme que pendurou no quarto com os números fundamentais - estes e mais o 50, o 100, o 1.000, etc. "Sabias que os romanos não têm o zero?" Numa das pesquisas para a ajudar, tropecei num V, que é um 5, com um traço por cima, que faz o 5 passar a 5.000. Não me lembrava.
E isto hoje é tão mais fácil por causa da net. O que só me faz pensar que os meus pais são mesmo espertos, porque quando era eu a aprender estas coisas eles sabiam tudo e não tinham de ir verificar a lado nenhum, como eu faço.
Já o miúdo anda nos mínimos e nos máximos múltiplos comuns e eu, que já nem me lembrava da existência desta divertida modalidade matemática, tenho andado a reaprender tudo outra vez. Consigo fazer sem problemas, mas ele é muito mais rápido - vinha muito orgulhoso porque foi mesmo o mais rápido da turma a fazer uma série de exercícios destes.
Acho que se fosse aprender agora matemática ia apreciar de uma forma diferente.
I - 1
II - 2
III - 3
IV -4
V - 5
VI - 6
VII - 7
VIII - 8
IX - 9
X - 10
...
A miúda anda entusiasmada com isso e até fez uma tabela enorme que pendurou no quarto com os números fundamentais - estes e mais o 50, o 100, o 1.000, etc. "Sabias que os romanos não têm o zero?" Numa das pesquisas para a ajudar, tropecei num V, que é um 5, com um traço por cima, que faz o 5 passar a 5.000. Não me lembrava.
E isto hoje é tão mais fácil por causa da net. O que só me faz pensar que os meus pais são mesmo espertos, porque quando era eu a aprender estas coisas eles sabiam tudo e não tinham de ir verificar a lado nenhum, como eu faço.
Já o miúdo anda nos mínimos e nos máximos múltiplos comuns e eu, que já nem me lembrava da existência desta divertida modalidade matemática, tenho andado a reaprender tudo outra vez. Consigo fazer sem problemas, mas ele é muito mais rápido - vinha muito orgulhoso porque foi mesmo o mais rápido da turma a fazer uma série de exercícios destes.
Acho que se fosse aprender agora matemática ia apreciar de uma forma diferente.
04/11/14
Sem açúcar II
Um pacote de açúcar daqueles que se põe no café pesa cerca de 8 gramas - uma criança não pode comer mais de 16 gramas, portanto máximo por dia dois pacotes de açúcar. Uma lata de refrigerante escurinho tem quase quatro pacotes e meio de açúcar! Os meus filhos não gostam.
Deixei de pôr açúcar no café. E não é que agora gosto do sabor sem açúcar?
Deixei de pôr açúcar no café. E não é que agora gosto do sabor sem açúcar?
Sem açúcar
Ao ajudar a miúda a fazer pesquisas para um trabalho da escola, chegámos a umas conclusões muito interessantes/preocupantes.
As recomendações são da Organização Mundial de Saúde e obrigam a pensar muito, especialmente para quem tem crianças. Isto porque qualquer embalagem de papa ou cereais para crianças tem entre 25 a 40% de açúcar por 100 gramas. Se for para juntar leite piora um pouco.
Há iogurtes líquidos que têm 22 gramas de açúcar por embalagem.
Há refrigerantes que chegam aos 35% de açúcar.
Um pão e um copo de leite ao pequeno-almoço e já está a dose no limite.
Uma subida rápida de açúcar dá uma subida rápida da energia e, pouco depois, uma descida rápida de energia. É ver os miúdos a apagarem-se a meio da manhã, altura em que levam "lanchinhos da manhã" carregados de açúcar e gordura (uma bolacha daquelas que é de chocolate com um recheio branco no meio leva 14 gramas de açúcar!!!).
Papas de aveia, sem açúcar acrescentado. Só é pena não conseguir convencer o mais crescido a gostar delas.
O máximo de açúcar que um adulto pode comer são 25 gramas de açúcar por dia.
O máximo de açúcar que uma criança pode comer são 16 gramas de açúcar por dia.
As recomendações são da Organização Mundial de Saúde e obrigam a pensar muito, especialmente para quem tem crianças. Isto porque qualquer embalagem de papa ou cereais para crianças tem entre 25 a 40% de açúcar por 100 gramas. Se for para juntar leite piora um pouco.
Há iogurtes líquidos que têm 22 gramas de açúcar por embalagem.
Há refrigerantes que chegam aos 35% de açúcar.
Um pão e um copo de leite ao pequeno-almoço e já está a dose no limite.
Uma subida rápida de açúcar dá uma subida rápida da energia e, pouco depois, uma descida rápida de energia. É ver os miúdos a apagarem-se a meio da manhã, altura em que levam "lanchinhos da manhã" carregados de açúcar e gordura (uma bolacha daquelas que é de chocolate com um recheio branco no meio leva 14 gramas de açúcar!!!).
Papas de aveia, sem açúcar acrescentado. Só é pena não conseguir convencer o mais crescido a gostar delas.
30/10/14
A história como nós a aprendíamos
Cristóvão Colombo era um espião ao serviço da Coroa Portuguesa (e, portanto, foram os portugueses que descobriram a América e, portanto, os americanos só existem por causa de nós).
Portugal vencia (quase) todas as batalhas em que entrava.
Portugal dava (quase) sempre 10 a zero aos espanhóis.
Em suma, o mapa mundo (que os portugueses inventaram ou melhoraram significativamente, em paralelo com o quadrante e o astrolábio) era pequeno para tanta valentia e criatividade.
Éramos "muita" bons quando eu andava na primária e no ciclo.
...
Eu nasci em 1977, ok? E, apesar disso, se a aula acabasse antes do tempo, cantávamos muitas vezes o hino nacional. Portugal era mesmo racing quando nós éramos pequenos.
...
Lembrei-me disto ao ler um artigo da Quartz sobre percepções erradas.
[E se tivesse paciência para ir ver onde isto me levaria, a hashtag que inventava era # somostaobonsqueateomapamundoepequenoparanos, mas separo aqui o cardinal do proposto termo, porque não quero ir por esse buraco de coelho abaixo.]
Portugal vencia (quase) todas as batalhas em que entrava.
Portugal dava (quase) sempre 10 a zero aos espanhóis.
Em suma, o mapa mundo (que os portugueses inventaram ou melhoraram significativamente, em paralelo com o quadrante e o astrolábio) era pequeno para tanta valentia e criatividade.
Éramos "muita" bons quando eu andava na primária e no ciclo.
...
Eu nasci em 1977, ok? E, apesar disso, se a aula acabasse antes do tempo, cantávamos muitas vezes o hino nacional. Portugal era mesmo racing quando nós éramos pequenos.
...
Lembrei-me disto ao ler um artigo da Quartz sobre percepções erradas.
[E se tivesse paciência para ir ver onde isto me levaria, a hashtag que inventava era # somostaobonsqueateomapamundoepequenoparanos, mas separo aqui o cardinal do proposto termo, porque não quero ir por esse buraco de coelho abaixo.]
22/10/14
A sala de espera
Devo ter alguma vez lido esta ideia em qualquer lado: a vida é como uma gigante sala de espera.
Lembro-me dessa ideia agora, enquanto espero pelos miúdos, que andam a fazer piscinas. Lembro-me disso sempre que estou à espera ou que alguém espera por mim. Isso é raro, habitualmente peco por excesso de pontualidade. Saio sempre com tempo para chegar cinco minutos antes.
Às vezes, como nas salas de espera dos consultórios, há revistas boas para ler. Às vezes só há coisas velhas e não se aprende nada. Às vezes são confortáveis e até é bom estar lá um bocado com a desculpa de que não podemos estar em mais lado nenhum porque temos de estar à espera. Dá para pensar na vida e pôr algumas coisas em perspectiva.
Muitas vezes é uma seca e não há nada interessante para ver e para fazer.
Era isto.
Dias fofinhos
Do ficheiro bastante óbvio "músicas que eu adoro" e que, talvez com grande facillidade, fazem com que eu fique mais ou menos emocionada.
16/10/14
12/10/14
Sem antena
Acabo de ver pela janela que me roubaram a antena do carro. Fico triste.
Pode não parecer quase nada, pode parecer que é tão pouco que nem justifica escrever sobre isso. É tão pouco que nem me passa pela cabeça ir à polícia fazer queixa. Porque sei que nada acontece.
Mas, no entanto, levar uma antena de um carro de alguém é, sem tirar nem pôr, o mesmo que ir a casa dessa pessoa e tirar um candeeiro, um quadro ou uma peça de roupa. É o mesmo que tirar uma carteira a uma pessoa no meio da rua, que tirar uma bicicleta a uma criança. É o mesmo que ir a um restaurante e não pagar.
Como é que foi que fomos crescendo e estes aparentemente pequenos actos de indecência e podridão se tornaram coisas tão vulgares e frequentes? Se a diferença é apenas que mais ninguém viu, há uma expressão apenas: shame on you. Isto é cobardia.
Pode não parecer quase nada, pode parecer que é tão pouco que nem justifica escrever sobre isso. É tão pouco que nem me passa pela cabeça ir à polícia fazer queixa. Porque sei que nada acontece.
Mas, no entanto, levar uma antena de um carro de alguém é, sem tirar nem pôr, o mesmo que ir a casa dessa pessoa e tirar um candeeiro, um quadro ou uma peça de roupa. É o mesmo que tirar uma carteira a uma pessoa no meio da rua, que tirar uma bicicleta a uma criança. É o mesmo que ir a um restaurante e não pagar.
Como é que foi que fomos crescendo e estes aparentemente pequenos actos de indecência e podridão se tornaram coisas tão vulgares e frequentes? Se a diferença é apenas que mais ninguém viu, há uma expressão apenas: shame on you. Isto é cobardia.
A vida sem um microondas
"Como é que conseguem viver sem microondas?" Esta é a primeira pergunta que toda a gente faz quando o assunto vem à conversa. A seguir vem sempre um olhar um bocado paternalista, "mas são tão baratos..."
Na realidade, nunca gostei de microondas e acho mesmo que são overrated. Além de não gostar do termo microondas em si, de mandar sempre as pessoas afastar-se dois metros quando o dito funcionava e de, especialmente, duvidar do efeito que microondas teriam na comida, acho que servem para muito pouco.
Na casa antiga, usávamo-lo para descongelar pão e, ocasionalmente, para derreter chocolate. O pão tinha de ser comido logo a correr, senão ficava duro que nem pedra. Uma coisa daquele tamanho para derreter chocolate não se justifica. Cozinhar lá dentro nem pensar.
Portanto, é basicamente um mono e, ainda por cima, um mono grande. Além disso, a comida aquecida no fogão sabe muito melhor. Sim, acender o fogão de manhã para aquecer a comida que o miúdo leva para a escola e ter de a mexer enquanto aquece pode parecer um bocado de há dois séculos atrás. O microondas é mais estanque - os cheiros e a comida estão afastados de nós por um vidro com um ar extremamente resistente. Mas sinto-me muito satisfeita de não termos microondas.
Na realidade, nunca gostei de microondas e acho mesmo que são overrated. Além de não gostar do termo microondas em si, de mandar sempre as pessoas afastar-se dois metros quando o dito funcionava e de, especialmente, duvidar do efeito que microondas teriam na comida, acho que servem para muito pouco.
Na casa antiga, usávamo-lo para descongelar pão e, ocasionalmente, para derreter chocolate. O pão tinha de ser comido logo a correr, senão ficava duro que nem pedra. Uma coisa daquele tamanho para derreter chocolate não se justifica. Cozinhar lá dentro nem pensar.
Portanto, é basicamente um mono e, ainda por cima, um mono grande. Além disso, a comida aquecida no fogão sabe muito melhor. Sim, acender o fogão de manhã para aquecer a comida que o miúdo leva para a escola e ter de a mexer enquanto aquece pode parecer um bocado de há dois séculos atrás. O microondas é mais estanque - os cheiros e a comida estão afastados de nós por um vidro com um ar extremamente resistente. Mas sinto-me muito satisfeita de não termos microondas.
10/10/14
5 pauzinhos de som
Com 5 pauzinhos de som nos phones do computador - quando geralmente uso só 1 porque menos não há som - não consigo ouvir as coisas daquelas notícias más sobre as quais aqui ao lado estão a falar. A Arianna Grande canta o "Break free" e até me parece apropriado. A seguir passa para Meghan Trainor, "All about that bass". Afinal a manhã está fixe.
07/10/14
5h35
Acordei com medo, com um pesadelo daqueles do qual não se consegue propriamente acordar. A abanar as ideias fui acudir à pequenita, que se queixava da garganta, ainda, menos, mas ainda. Depois, comecei a manhã a ler um post de uma colega de escola sobre o medo. O medo é uma treta.
04/10/14
Arroz longe das ondas
A miúda comeu satisfeita o arroz mais insípido da sua vida, seguido de uma pêra cozida, enquanto o miúdo era enrolado numa onda vinda directamente do Hawai. O pai ria-se enquanto contava que teve de saltar para dentro de água para o apanhar... Imagino a praia de Carcavelos cheia de gente a gozar o sol de Outono, à medida da minha rua vazia de carros. Ficámos as duas em casa a dar mimo à febre dela. Será possível que a entrada numa escola nova implique vírus novos? Quando nascer outra vez quero ser pediatra.
01/10/14
Que fixe
"Mãe, a tua mensagem era a mais fixe de todas."
Miúdo, não imaginas como fico contente com essa mini-frase.
Quando fui à reunião de pais, a directora de turma pediu-nos para lermos uma carta que cada aluno tinha escrito para os pais - que ideia gira. É claro que, assim que vi o envelope, endereçado "queridos pais", percebi que ia dar lagrimita. Blah, blah, blah, melhores pais do mundo, blah, blah, blah :) só coisas queridas.
Na volta do correio, a professora pediu-nos para deixarmos nós uma mensagem num post-it que eles vão ver todos os dias quando abrirem as secretárias. Acho que disse "Bom trabalho e diverte-te!". Ele gostou. É claro que não leu as outras mensagens, mas foi tão querido.
26/09/14
Coisas excepcionais
A miúda entra toda satisfeita no quarto, ao ouvir o pai fazer uma reserva para jantar. "Vou levar este vestido, anuncia toda satisfeita. Onde vamos?"
"Não, vamos só nós os dois, vamos namorar." Explica o pai.
"Então vou vestir o pijama."
Há coisa mais amorosa?
24/09/14
e ainda... uns parabéns atrasados
Perco sempre os dias certos de dar os parabéns às pessoas. Ou me lembro cedo demais ou me lembro tarde demais e depois é uma big mess. Penso muito nas pessoas de que gosto, no entanto. Por isso, parabéns pelo primeiro ano do "My sweet potato cake". O bolo dos anos era qualquer coisa fenomenal e posso dizer que tinha chocolate, amêndoas e figos, eventualmente algum álcool, o que fica sempre bem. Uma delícia.
Temos mesmo as melhores praias do mundo
Tive ontem de passar por Carcavelos às 16h, com este sol, esta praia toda, quase vazia, a olhar de volta para mim. Isto é aquilo a que eu chamo sorte.
17/09/14
I'm such a weirdo
Há tempos, uma colega de trabalho trouxe arroz doce para provarmos. Tive uma experiência mais ou menos transcendental de regresso ao passado, uma vez que o arroz doce sabia exactamente ao que a minha avó fazia.
A minha mãe foi afinando a sua receita, com muito cuidado e paciência, para satisfazer a minha saudade de uma receita que já não existe, e faz um arroz doce de babar.
Mas aqui, no escritório, esse arroz doce foi uma experiência emocional e tive de dar um abraço à "cozinheira" - algo que descobri agora se chama "akward office hug".
A minha mãe foi afinando a sua receita, com muito cuidado e paciência, para satisfazer a minha saudade de uma receita que já não existe, e faz um arroz doce de babar.
Mas aqui, no escritório, esse arroz doce foi uma experiência emocional e tive de dar um abraço à "cozinheira" - algo que descobri agora se chama "akward office hug".
16/09/14
Sobremesa boa
Há dias, em casa de amigos, fizeram-nos uma sobremesa muito fixe para o jantar. O jantar propriamente dito também estava uma delícia, Souflé (que não comia há anos e que soa super kitsch) de 4 queijos.
A sobremesa é:
Partir dois suspiros para um copo, juntar uma colher de sopa de frutos silvestres, acrescentar uma bola de gelado de natas e depois cobrir com um café. Comer à colher.
Mesmo bom. Com aquele pequeno problema de sugestão de que sofro, por causa do café só adormeci lá para as duas... Dizem os cientistas e o racional lá de casa que o efeito do café não ultrapassa os 40 minutos. É vê-lo beber um café forte e adormecer de seguida sem qualquer dificuldade. A mim não sucede bem assim, por isso sugiro que experimentem ao almoço.
A sobremesa é:
Partir dois suspiros para um copo, juntar uma colher de sopa de frutos silvestres, acrescentar uma bola de gelado de natas e depois cobrir com um café. Comer à colher.
Mesmo bom. Com aquele pequeno problema de sugestão de que sofro, por causa do café só adormeci lá para as duas... Dizem os cientistas e o racional lá de casa que o efeito do café não ultrapassa os 40 minutos. É vê-lo beber um café forte e adormecer de seguida sem qualquer dificuldade. A mim não sucede bem assim, por isso sugiro que experimentem ao almoço.
15/09/14
Sobre as aulas
Este ano é só novidades: depois da casa nova, temos escolas novas (uma para cada um), espaços novos (imensos para cada um), professores novos (imensos para o mais velho, bastantes para a mais pequena), funcionários novos, cantina nova (para a miúda) e termos e mochila térmica novas (para o miúdo), colegas e amigos novos (alguns de quem conhecemos os pais), rotinas novas... Vamos ter também actividades novas.
A preparação para o grande dia começou com tempo (eu adoro regressos às aulas). Depois dos materiais verificados e comprados para os dois, depois da farda para a miúda ("que horror, nunca vou vestir esta bata"), depois de checkar que estava tudo tudo em ordem, com nomes, ano e turma escritos, ontem ainda fiz um saco cor-de-rosa com bolinhas brancas para o equipamento de ginástica da miúda. O "Uau, está super giro!" dela esta manhã compensou.
O mais crescido não vai ter cantina este ano e essa vai ser a principal diferença nas nossas rotinas familiares, porque exige muita preparação à partida e despensa sempre cheia. Então preparemos: comprámos um termos Aladin verde (cerca de 24 euros) e talheres a sério, que isto de comer com talheres de plástico não tem jeito nenhum (em promoção a 1,45 cada, tudo no El Corte Inglés). Comprámos uma mochila térmica (16 euros na Decathlon). Tem uma garrafa para a água que os tios trouxeram de Barcelona. O kit fica completo com um guardanapo de pano, que serve de individual.
Fiz um excel no google docs, que partilhei com as partes interessadas, com todas as ideias para almoços e lanches que já tive e que hei-de acrescentar (agora que não estou a dar as últimas, como há-de ser no low point de Janeiro ou Fevereiro, em que os dias curtos me sugam a energia para pensar). A segunda folha desse excel tem um calendário com todos os dias do ano, para completarmos com o prato que queremos fazer. Mesmo que haja depois desvios, pelo menos temos um mapa para nos guiar.
Isto de ser mãe de crianças em idade escolar dá umas semanas divertidas no arranque do ano.
Diálogo exemplificativo desta teoria:
"Mãe, é obrigatório forrar os livros, a professora disse", diz a cachopa.
Bolas, isso é uma coisa que me dá cabo das costas e são tantos que pedi ajuda.
"Eu não sei forrar livros", diz o pai.
Assunto arrumado.
Contas feitas: para cima de uma nota preta nos preparativos e expectativa que corra tudo bem.
A preparação para o grande dia começou com tempo (eu adoro regressos às aulas). Depois dos materiais verificados e comprados para os dois, depois da farda para a miúda ("que horror, nunca vou vestir esta bata"), depois de checkar que estava tudo tudo em ordem, com nomes, ano e turma escritos, ontem ainda fiz um saco cor-de-rosa com bolinhas brancas para o equipamento de ginástica da miúda. O "Uau, está super giro!" dela esta manhã compensou.
O mais crescido não vai ter cantina este ano e essa vai ser a principal diferença nas nossas rotinas familiares, porque exige muita preparação à partida e despensa sempre cheia. Então preparemos: comprámos um termos Aladin verde (cerca de 24 euros) e talheres a sério, que isto de comer com talheres de plástico não tem jeito nenhum (em promoção a 1,45 cada, tudo no El Corte Inglés). Comprámos uma mochila térmica (16 euros na Decathlon). Tem uma garrafa para a água que os tios trouxeram de Barcelona. O kit fica completo com um guardanapo de pano, que serve de individual.
Fiz um excel no google docs, que partilhei com as partes interessadas, com todas as ideias para almoços e lanches que já tive e que hei-de acrescentar (agora que não estou a dar as últimas, como há-de ser no low point de Janeiro ou Fevereiro, em que os dias curtos me sugam a energia para pensar). A segunda folha desse excel tem um calendário com todos os dias do ano, para completarmos com o prato que queremos fazer. Mesmo que haja depois desvios, pelo menos temos um mapa para nos guiar.
Isto de ser mãe de crianças em idade escolar dá umas semanas divertidas no arranque do ano.
Diálogo exemplificativo desta teoria:
"Mãe, é obrigatório forrar os livros, a professora disse", diz a cachopa.
Bolas, isso é uma coisa que me dá cabo das costas e são tantos que pedi ajuda.
"Eu não sei forrar livros", diz o pai.
Assunto arrumado.
Contas feitas: para cima de uma nota preta nos preparativos e expectativa que corra tudo bem.
12/09/14
Sobre as férias
Essencialmente foi Verão e já devemos ter uns filhos muito crescidos porque:
Fizeram-nos bolos para o lanche muitos dias - houve mesmo muita actividade gastronómica, entre bolos, biscoitos, doces, gelados e outras especialidades.
Quando foi possível comi sardinhas. E foi possível muitas vezes. Estavam gordas, saborosas e bem assadas. Que maravilha.
O pão apresentou-se delicioso. Carcaças tão boas.
E muito mar, muita praia e muito azul. As praias de Portugal são um sonho. Água um pouco frio, though...
09/09/14
woof woof
Qual é, na verdade, a onomatopeia correcta para quando temos uma necessidade insane de rosnar a alguém ou alguma coisa?
06/09/14
Kit para pessoas mais crescidas
Os miúdos dizem que o "kit para velhotes" é:
- manteiga para velhotes
- danacol
- rádio no smooth fm
- telemóveis com teclas e ecrã de dois centímetros
31/08/14
Férias, porta trancada
Começa a tornar-se uma tradição familiar - em férias, a fechadura da porta da casa onde estamos tem de avariar. Estranhamente, isto tem-se repetido um pouco por todo o lado, incluindo na Escócia há dois verões atrás.
Os divertidos (em retrospectiva) elementos para a história de hoje foram os seguintes:
É Domingo de manhã. Está um sol fenomenal e vamos para a praia.
Acabo de puxar a porta e, quando tento rodar a chave para a trancar, não roda. Não abre nem tranca a porta. Belo.
Olho rapidamente para o pessoal. Estamos os quatro em fato de banho e t-shirt, duas pranchas e toalhas ao ombro. Eu tenho uns calções, com três euros e umas moedas pretas no bolso. Tenho a inútil chave de casa. Tenho a mala da praia cheia de protectores solares e a revista Sábado. Ninguém tem telemóvel, nem chave do carro, que está a quilómetros de distância.
Lembro-me do momento em que hoje, pela primeira vez nas férias, pus as janelas do primeiro andar - mais facilmente acessíveis pela rua - em modo basculante - o que impede a sua abertura por fora.
Olho para as janelas do segundo andar, abertas. Mas altas que se farta. Penso a quem é que poderei pedir uma escada gigante emprestada. Não conheço aqui ninguém. Lembro-me do cartão wtf que o miúdo ganhou ontem na praia a tentar acertar com argolas num pino. Falho miseravelmente na tentativa de abrir a porta com ele.
A casa não é nossa. Não temos o contacto do dono connosco - está no telemóvel.
Começo a dirigir-me para os Bombeiros, a miúda vai comigo. Os dois homens ficam na praia com as pranchas. Pequenos momentos de stress: será que os bombeiros são no cimo da ladeira? É que aqui a ladeira é mesmo grande - mas afinal até são perto. Será que não está ninguém no quartel? Está tudo com ar fechado - mas afinal está gente. "Difícil, muito difícil. Agora só abrimos portas em socorro, se estiver uma panela ao lume ou se estiver uma criança em casa.", diz-me o primeiro bombeiro que encontro. Desejo ter deixado uma panela ao lume, mas não deixei.
A colega reforça que "agora só em socorro. Se for sem socorro é muito caro. Mas aqui na rua há um senhor que abre portas." Espere, quanto custa sem socorro? pergunto a sentir-me em socorro e a ficar sem voz... Nem responde e pede ao colega que vá comigo ao senhor das fechaduras.
No caminho para a oficina, o simpático bombeiro explica que começaram a ter muitos problemas por causa de irem abrir portas que depois se verificou serem questões relacionadas com divórcios e partilhas. Por isso é que agora não fazem. Lá diz que consegue abrir com uma radiografia, mas não pode. Não faço mais perguntas mas fico a imaginar porque é que não poderá. A porta da oficina está obviamente fechada, mas há um número de telemóvel. O bombeiro liga do seu telefone, claro que parece que ninguém vai atender, o bombeiro começa a ficar com ar preocupado, eu volto a pensar a quem é que vou pedir uma escada, mas o senhor das chaves lá atende e combino, uma hora depois à porta de casa. Lá agradeço ao bombeiro, despedimo-nos dele. Pelo caminho ainda cravo uma caneta a um casal e anoto o número de telefone, não vá dar-se o caso.
Voltamos à praia. Ainda pergunto as horas a três pessoas e um pouco antes da hora combinada lá vou para a porta de casa. Miraculosamente, o senhor chega a horas e, em menos de um minuto abre a porta (de segurança) - verifica-se então que a outra chave tinha ficado do lado de dentro. Eu achava que não estava lá nenhuma chave.
Bem, o miúdo adiantou os 40 euros e a história teve um final feliz. Pelo meio senti-me bastante desesperada - como é que vou dar almoço aos miúdos e outras preocupações do género. A conclusão? Nunca deixar a porta de casa no trinco, nem quando se sai, nem quando se vai dormir. É tão fácil abrir a porta...
Os divertidos (em retrospectiva) elementos para a história de hoje foram os seguintes:
É Domingo de manhã. Está um sol fenomenal e vamos para a praia.
Acabo de puxar a porta e, quando tento rodar a chave para a trancar, não roda. Não abre nem tranca a porta. Belo.
Olho rapidamente para o pessoal. Estamos os quatro em fato de banho e t-shirt, duas pranchas e toalhas ao ombro. Eu tenho uns calções, com três euros e umas moedas pretas no bolso. Tenho a inútil chave de casa. Tenho a mala da praia cheia de protectores solares e a revista Sábado. Ninguém tem telemóvel, nem chave do carro, que está a quilómetros de distância.
Lembro-me do momento em que hoje, pela primeira vez nas férias, pus as janelas do primeiro andar - mais facilmente acessíveis pela rua - em modo basculante - o que impede a sua abertura por fora.
Olho para as janelas do segundo andar, abertas. Mas altas que se farta. Penso a quem é que poderei pedir uma escada gigante emprestada. Não conheço aqui ninguém. Lembro-me do cartão wtf que o miúdo ganhou ontem na praia a tentar acertar com argolas num pino. Falho miseravelmente na tentativa de abrir a porta com ele.
A casa não é nossa. Não temos o contacto do dono connosco - está no telemóvel.
Começo a dirigir-me para os Bombeiros, a miúda vai comigo. Os dois homens ficam na praia com as pranchas. Pequenos momentos de stress: será que os bombeiros são no cimo da ladeira? É que aqui a ladeira é mesmo grande - mas afinal até são perto. Será que não está ninguém no quartel? Está tudo com ar fechado - mas afinal está gente. "Difícil, muito difícil. Agora só abrimos portas em socorro, se estiver uma panela ao lume ou se estiver uma criança em casa.", diz-me o primeiro bombeiro que encontro. Desejo ter deixado uma panela ao lume, mas não deixei.
A colega reforça que "agora só em socorro. Se for sem socorro é muito caro. Mas aqui na rua há um senhor que abre portas." Espere, quanto custa sem socorro? pergunto a sentir-me em socorro e a ficar sem voz... Nem responde e pede ao colega que vá comigo ao senhor das fechaduras.
No caminho para a oficina, o simpático bombeiro explica que começaram a ter muitos problemas por causa de irem abrir portas que depois se verificou serem questões relacionadas com divórcios e partilhas. Por isso é que agora não fazem. Lá diz que consegue abrir com uma radiografia, mas não pode. Não faço mais perguntas mas fico a imaginar porque é que não poderá. A porta da oficina está obviamente fechada, mas há um número de telemóvel. O bombeiro liga do seu telefone, claro que parece que ninguém vai atender, o bombeiro começa a ficar com ar preocupado, eu volto a pensar a quem é que vou pedir uma escada, mas o senhor das chaves lá atende e combino, uma hora depois à porta de casa. Lá agradeço ao bombeiro, despedimo-nos dele. Pelo caminho ainda cravo uma caneta a um casal e anoto o número de telefone, não vá dar-se o caso.
Voltamos à praia. Ainda pergunto as horas a três pessoas e um pouco antes da hora combinada lá vou para a porta de casa. Miraculosamente, o senhor chega a horas e, em menos de um minuto abre a porta (de segurança) - verifica-se então que a outra chave tinha ficado do lado de dentro. Eu achava que não estava lá nenhuma chave.
Bem, o miúdo adiantou os 40 euros e a história teve um final feliz. Pelo meio senti-me bastante desesperada - como é que vou dar almoço aos miúdos e outras preocupações do género. A conclusão? Nunca deixar a porta de casa no trinco, nem quando se sai, nem quando se vai dormir. É tão fácil abrir a porta...
29/08/14
Sobre os amores adolescentes
Adoro ver passar estes miúdos enamorados, pendurados uns nos outros, tímidos, sem se conseguirem conter. Adoro os magotes de miúdos e miúdas em bando, elas encantadas neles, eles nelas. Os brilhos das fatiotas nocturnas, os sorrisos, as mãos dadas. Os amassos dos mais crescidos, um ano ou dois maiores, os mais pequenos babaques a tentar perceber a magia.
Também para isto, não há melhor do que o Verão.
10/08/14
26/06/14
Estou no comboio
O que é absolutamente irrelevante, servindo apenas para constatar que não adormeci e que devo chegar a tempo ao aeroporto.
Nestes dias, em que conheci tantas pessoas de tantos países diferentes, apercebi-me (mais uma vez) que há muitos países por conhecer.
Fiquei especialmente impressionada com a minha absoluta ignorância em relação às Ilhas Fiji (apesar de, a medo, ter perguntado se são para os lados do Japão) e da minha muito grande ignorância em relação ao Chipre (especialmente grave quando perguntei à simpática cipriota com quem falava qual era a língua do país... É turco). Mas também sei muito pouco sobre a Alemanha, apesar de saber quem é o Edmund Stoiber.
Esta ignorância irrita-me.
O único país que percebi conhecer melhor do que o nativo com que interagi foi a Espanha. Original de Barcelona, não conhecia nenhuma das maravilhas sobre que lhe contei: a Galiza, as Astúrias, o País Basco, por aí fora. Fiquei impressionada.
E, à chegada a Schipol, lembrei-me de outro país sobre o qual não sei nada: o Suriname.
Sleepless in Amsterdam
Não sei se é:
- do café que bebi de manhãzinha;
- dos níveis altos de açúcar aqui disponibilizados;
- do barulho de um aparelho qualquer tipo ar condicionado do hotel;
- do quarto de hotel ser um bunker e de ter tido que pagar uma caução para trazer o comando da televisão, que não tencionava usar nem usei;
- do falso alerta de bomba que houve esta tarde numa loja muito grande no Damrak, mesmo ao lado do dito hotel;
- da adrenalina gasta nas duas horas que andei a vaguear pela cidade a pensar se teria onde dormir ou se iria dormir para o aeroporto;
- do receio de não acordar a horas para ter tempo de apanhar o comboio em Central Station e depois o avião em Schipol para regressar a casa;
- da animação que foram os dois últimos dias;
- da quantidade de pessoas de nacionalidades diferentes que conheci e com quem estive a conversar em variadas línguas;
- das coisas interessantes que aprendi;
- da animação desta cidade encantadora;
- dos emails de follow up que quero escrever já amanhã;
- das apresentações que preciso de fazer;
- das reuniões que terei de preparar também já amanhã;
- ...
Mas não consigo dormir.
05/05/14
Espero que sim
Temos tido uns dias bons, para andar a reparar em pequenas coisas com as crianças e há uma dúvida que persiste:
- andam mesmo por aí muito mais Porsches e Ferraris do que o habitual, não é?
- será isto o bendito fim da crise?
I hope, I hope, I hope...
- andam mesmo por aí muito mais Porsches e Ferraris do que o habitual, não é?
- será isto o bendito fim da crise?
I hope, I hope, I hope...
01/01/14
Ganhar balanço
Um ano novinho em folha é uma boa altura para fazer balanços.
Acho que vou interromper aqui a vidaadias por uns tempos. Ando sem paciência. Ando sem tempo. Tenho muitas novidades mas não me apetece partilhá-las aqui.
Fica dormente. Não te vás embora.
Tenham um Ano excelente!
Acho que vou interromper aqui a vidaadias por uns tempos. Ando sem paciência. Ando sem tempo. Tenho muitas novidades mas não me apetece partilhá-las aqui.
Fica dormente. Não te vás embora.
Tenham um Ano excelente!
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