12/01/09

Prefiro o pingo no nariz

Não há nada pior para mim do que ter de me assoar em público. Isto é ridículo, bem sei, mas sempre odiei assoar-me. Talvez porque nunca precisei de me assoar. Quando era pequenina acho que estive muito poucas vezes doente e não era daqueles miúdos que passam o ano inteiro constipados (thank God), por isso nunca aprendi. Nem tinha lenços de tecido daqueles com os nomes bordados.
Tinha uma prima que andava sempre com um lençinho dentro da manga do casaco para se assoar milhares de vezes ao longo do dia. Gostava muito dela, mas achava isso nojento. Percebi noutro dia que a minha filha aprendeu, não sei onde, a guardar um lenço no bolso...
Quanto a mim, quando tenho de me assoar ao pé de outras pessoas, tenho a sensação que interrompem as suas rotinas só para prestar atenção à actividade nojenta que estou a fazer. E para ouvirem e verem o produto daí resultante. É a loucura... 
Certa vez, na faculdade, acabei um teste de inglês uma hora e um quarto antes da hora devida, só porque estava a fungar, não tinha lenço, nem queria passar pela vergonha de me assoar numa sala silenciosa de frequências. Assim, entreguei o teste com um pingo no nariz a querer cair para cima do teste. (Respondi às perguntas todas, só que em versão acelerada, mas continuei a ter muito boa nota)

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