Bem sei que as investigações científicas pululam por todo o lado e que, muito provavelmente, por cada conclusão brilhante dos cientistas poderemos encontrar outra brilhante conclusão que sustente justamente o contrário. Mas há dias em que acredito, como concluiu uma equipa de cientistas, que a junk food é viciante - especialmente quando vejo os restaurantes cheios de pessoas a beber Coca-Cola zero, quando vejo os miúdos a atacarem pacotes de snacks ou de batatas fritas se os encontrarem. Quando sinto uma enorme vontade de comer um hamburger e batatas fritas em palitos só porque vi o símbolo do McDonald's, apesar de depois da primeira trinca ficar completamente enjoada. Não sem antes, na fila, pensar que vou levar um sundae, um mega big hamburger, um pacote de batatas gigante e imensas outras hipóteses - acabo sempre por levar um happy meal, o mais básico e pequeno de todos. Depois como meio hamburger.
A junk food é viciante. Dizem os cientistas. Não sou eu.
30/10/09
29/10/09
Viver por quem perdemos
António Lobo Antunes diz numa entrevista na SIC que "temos de continuar a viver por aqueles que perdemos" ou qualquer coisa do estilo. Que a relação que temos com as pessoas de quem gostamos continua a evoluir depois de eles morrerem. Que "a certa altura, temos mais mortos do que glóbulos no sangue". Adorei o conceito.
Gosto muito de Lobo Antunes, especialmente das crónicas, os livros não sei se alcanço bem o que diz, se calhar peguei n' "Os cus de judas" ou na "Memória de elefante" antes de tempo. Adoro as crónicas que faz sobre as casas das pessoas, sobre os amores envelhecidos ou perdidos, sobre os naperons e os bibelots sobre a televisão. Daquela ideia que usa muito que é sempre um menino a ver o mundo.
Eu também sou uma miúda pequenita a ver o mundo, muitas vezes ainda não chego ao topo da bancada do café onde tento, sem sucesso, pedir cinco pastilhas Gorila de banana. Também às vezes me sinto como a miúda que se esquecia de ir à casa-de-banho, por estar tão entretida a brincar na rua aos polícias e ladrões, que fazia xixi pelas pernas abaixo e depois morria de vergonha. Ter cinco anos e começar a ter memória é lindo. Vejo hoje isso no meu filho. Já tenho memória das coisas que fazia quando tinha a idade dele. Quem me dera dar-lhe boas memórias.
Gosto muito de Lobo Antunes, especialmente das crónicas, os livros não sei se alcanço bem o que diz, se calhar peguei n' "Os cus de judas" ou na "Memória de elefante" antes de tempo. Adoro as crónicas que faz sobre as casas das pessoas, sobre os amores envelhecidos ou perdidos, sobre os naperons e os bibelots sobre a televisão. Daquela ideia que usa muito que é sempre um menino a ver o mundo.
Eu também sou uma miúda pequenita a ver o mundo, muitas vezes ainda não chego ao topo da bancada do café onde tento, sem sucesso, pedir cinco pastilhas Gorila de banana. Também às vezes me sinto como a miúda que se esquecia de ir à casa-de-banho, por estar tão entretida a brincar na rua aos polícias e ladrões, que fazia xixi pelas pernas abaixo e depois morria de vergonha. Ter cinco anos e começar a ter memória é lindo. Vejo hoje isso no meu filho. Já tenho memória das coisas que fazia quando tinha a idade dele. Quem me dera dar-lhe boas memórias.
Hoje de manhã
Hoje tivemos a visita do projecto Eco-casas, meio Quercus meio Câmara Municipal de Oeiras. Andaram a medir a força dos equipamentos todos, a ver as nossas lâmpadas todas, as máquinas, o tempo que demoramos a tomar banho e outras coisas. Chegámos à conclusão de que temos de trocar umas quantas lâmpadas e que o banho só pode demorar no máximo 5 minutos. Os miúdos (em casa por causa da febre da mais pequena - péssimo dia para ter febre e dúvidas... mãe sofre) pintaram este cartaz. A ver se pega.
28/10/09
Love
Lá em casa, passávamos dias inteiro em fila indiana à espera da nossa vez para jogar. Adorávamos o som "bzzzzzzzzz, xxxxxxxxx, bzzzzzzzzzzzz, tictic". Criávamos jogos com linhas de programação em que afundávamos barcos. O computador estava no quarto dos meus pais. Jogava com os meus irmãos, com a minha prima e com os meus vizinhos do 5º. Adoro.
Fragmentos do Chiado
Hoje, no Chiado, as miúdas estavam todas de vestido. Todas com óculos de sol de massa enormes e dramáticos como a Jacqueline Kennedy. Todas com leggings, algumas de leggings brilhantes. Também passei por duas rockabillies, com vestidos aos quadrados e flores no cabelo. Vi rapazes com bom ar, com a barba da moda, com a Vespa da moda, com um ar look at me meio enjoativo.
Vi botas e sandálias. Calçadas. Umas com frio outras com calor.
Vi zerinhos na minha conta e queria comprar uma mala castanha, mas não encontrei nenhuma como quero. Um rocker passou por mim e parecia que estava a fazer tricot, porque levava as mãos junto ao peito com ar de formiguinha e a t-shirt roqueira dele tinha umas asas douradas desenhadas que pareciam mesmo agulhas de tricot. Tive de olhar duas vezes para ver que era engano. Depois ri-me. Claro.
Vi botas e sandálias. Calçadas. Umas com frio outras com calor.
Vi zerinhos na minha conta e queria comprar uma mala castanha, mas não encontrei nenhuma como quero. Um rocker passou por mim e parecia que estava a fazer tricot, porque levava as mãos junto ao peito com ar de formiguinha e a t-shirt roqueira dele tinha umas asas douradas desenhadas que pareciam mesmo agulhas de tricot. Tive de olhar duas vezes para ver que era engano. Depois ri-me. Claro.
27/10/09
O quê?
Estou sem saber como voltar a pegar no blogue depois do último post que fiz. Falar sobre nadas, como faço muitas vezes, parece-me despropositado. Falar sobre coisas bonitas também. Mais uns dias.
21/10/09
Hoje
Hoje a minha avó morreu.
A minha avó mãe do meu pai e a única avó que conheci viva. Sei que os últimos tempos foram difíceis. Sei que apesar de não ter dores, a vida fugia-lhe depressa. Os sorrisos eram cada vez mais de quem só sorri por simpatia e de quem pensa "se soubessem o que eu penso...". Há muito tempo que andava metida com os seus pensamentos. Mastigava as ideias com ar de quem não estava ao pé de nós. Depois falava lucidamente.
Nem sei o que pensar. Penso só que estou triste. Penso que tenho saudades da minha avó. Da infância que tinha quando a tinha inteirinha para mim.
Avó, amiga, foi muito importante na minha vida. Muito importante na minha infância.
Dava-me banho, recheava-me carcaças com queijo flamengo que guardava numa caixinha de plástico quadrada branca no frigorífico, deixava-me mexer a massa das filhós e das empadas na taça branca de faiança em cima da mesa laranja da cozinha. Deixava-me beber o leite pelas chávenas de melamina, uma laranja uma vermelha, cada uma com seu pires a condizer. Tapava-me com o cobertor a imitar leopardo de um lado e vermelho carmim do outro. Deixava-me brincar com as roupas que tinha num roupeiro e que nunca usava. Chapéus dos anos 50, vestidos de seda chineses, fatos de cerimónia, sapatos de salto alto, colares, laços do avô, lenços, corpetes. Deixava-me brincar com os anéis do pratinho pequenino do quarto. Penteava-me o cabelo. Deixava-me desarrumar e arrumar 40 vezes os armários todos da cozinha e meter-me lá dentro. Sempre adorei mexericar nos copos chiques com relevo que enchiam os armários da cozinha. Deixava-me organizar as gavetas pequeninas da mesa da sala de jantar onde nos pendurávamos a fazer ginástica. Acho que passeava um bocadinho comigo.
Também me lembro muito bem do maravilhamento que era vê-la escrever, com a sua letra de ponto cruz. Do maravilhamento de a ver pôr e tirar as meias e as ligas que nunca vi em mais lado nenhum. De ver as suas gavetas e a sua caixa-de-costura em miniatura. De abrir e fechar o seu guarda-chuva super elegante com cabo branco (o tecido era azul ou era rosa?). De vestir as suas coisas para brincar ao carnaval. De calçar os seus sapatos para fazer barulho pela casa toda. Da vez em que fomos ao cinema, quando comprei um blusão de ganga demasiado grande só porque era o único que havia e porque não podia passar desse dia. Da outra vez em que fomos à Pizza Hut e depois ao cinema.
De a ver comer gomas e pizzas como uma miúda pequena. De ir ao supermercado e comprar a comida em quantidades mini e depois vê-la cozinhar nos tachos em miniatura, com tampas em miniatura, para dois. Do seu arroz doce. Da sua marmelada que se cortava às fatias, quando a nossa nunca chegava a arrefecer nas tigelas apesar de a panela onde a minha mãe a fazia nos suportar inteiros lá dentro.
A avó nunca conheceu os meus filhos como deve ser, mas havia de gostar deles. Nem os da minha irmã, nem os dos primos. A vida é assim. Um ciclo. Amanhã havemos de amparar o pai. Consolá-lo com a vida difícil que a avó andava a ter. Com a paz que agora tem.
Saudades e beijinhos avó.
A minha avó mãe do meu pai e a única avó que conheci viva. Sei que os últimos tempos foram difíceis. Sei que apesar de não ter dores, a vida fugia-lhe depressa. Os sorrisos eram cada vez mais de quem só sorri por simpatia e de quem pensa "se soubessem o que eu penso...". Há muito tempo que andava metida com os seus pensamentos. Mastigava as ideias com ar de quem não estava ao pé de nós. Depois falava lucidamente.
Nem sei o que pensar. Penso só que estou triste. Penso que tenho saudades da minha avó. Da infância que tinha quando a tinha inteirinha para mim.
Avó, amiga, foi muito importante na minha vida. Muito importante na minha infância.
Dava-me banho, recheava-me carcaças com queijo flamengo que guardava numa caixinha de plástico quadrada branca no frigorífico, deixava-me mexer a massa das filhós e das empadas na taça branca de faiança em cima da mesa laranja da cozinha. Deixava-me beber o leite pelas chávenas de melamina, uma laranja uma vermelha, cada uma com seu pires a condizer. Tapava-me com o cobertor a imitar leopardo de um lado e vermelho carmim do outro. Deixava-me brincar com as roupas que tinha num roupeiro e que nunca usava. Chapéus dos anos 50, vestidos de seda chineses, fatos de cerimónia, sapatos de salto alto, colares, laços do avô, lenços, corpetes. Deixava-me brincar com os anéis do pratinho pequenino do quarto. Penteava-me o cabelo. Deixava-me desarrumar e arrumar 40 vezes os armários todos da cozinha e meter-me lá dentro. Sempre adorei mexericar nos copos chiques com relevo que enchiam os armários da cozinha. Deixava-me organizar as gavetas pequeninas da mesa da sala de jantar onde nos pendurávamos a fazer ginástica. Acho que passeava um bocadinho comigo.
Também me lembro muito bem do maravilhamento que era vê-la escrever, com a sua letra de ponto cruz. Do maravilhamento de a ver pôr e tirar as meias e as ligas que nunca vi em mais lado nenhum. De ver as suas gavetas e a sua caixa-de-costura em miniatura. De abrir e fechar o seu guarda-chuva super elegante com cabo branco (o tecido era azul ou era rosa?). De vestir as suas coisas para brincar ao carnaval. De calçar os seus sapatos para fazer barulho pela casa toda. Da vez em que fomos ao cinema, quando comprei um blusão de ganga demasiado grande só porque era o único que havia e porque não podia passar desse dia. Da outra vez em que fomos à Pizza Hut e depois ao cinema.
De a ver comer gomas e pizzas como uma miúda pequena. De ir ao supermercado e comprar a comida em quantidades mini e depois vê-la cozinhar nos tachos em miniatura, com tampas em miniatura, para dois. Do seu arroz doce. Da sua marmelada que se cortava às fatias, quando a nossa nunca chegava a arrefecer nas tigelas apesar de a panela onde a minha mãe a fazia nos suportar inteiros lá dentro.
A avó nunca conheceu os meus filhos como deve ser, mas havia de gostar deles. Nem os da minha irmã, nem os dos primos. A vida é assim. Um ciclo. Amanhã havemos de amparar o pai. Consolá-lo com a vida difícil que a avó andava a ter. Com a paz que agora tem.
Saudades e beijinhos avó.
20/10/09
Hoje não vou falar de chuva
Não vale a pena. Só vale a pena anotar a senhora que atravessava a estrada alagada a um metro dos passeios de cada lado montada nums stillettos altíssimos. Das duas uma, ou saiu de casa antes de começar a chover - algo que sucedeu por volta das 23h de ontem e que me parece, portanto, improvável - ou não tem noção nenhuma do que é andar com os pés molhados o dia todo.
Não compreendo que alguém compre stillettos. Não compreendo que alguém os use. Ainda menos compreendo que os use para o dia-a-dia. Não compreendo mesmo nada que os usem num dia em que chove assim.
No Domingo estivemos na praia. Banho de mergulho, nadar umas boas braçadas para preparar o Inverno, respirar fundo e olhar para a praia, cheia de gente como uma praia de Junho ou Setembro. Um dia fantástico, com muito Sol e um ligeiro escaldãozinho. Aulas de surf para os mais pequenos, a do maior a sério - já se pôs em pé sozinho imensas vezes orgulhoso e feliz - e a da mais pequena a brincar - em pé a deslizar nas ondas perfeitas para aprender agarrada ao instrutor com o ar mais feliz do mundo "mamã olha para mim que já sei fazer surfing!". Assim mesmo "surfing".
Entretanto, apetece-me comprar uma mala nova, de pele castanha, para o Inverno. Apetece-me ir à Acessorize e gastar o meu salário todo em mimos. Mas não vou.
Não compreendo que alguém compre stillettos. Não compreendo que alguém os use. Ainda menos compreendo que os use para o dia-a-dia. Não compreendo mesmo nada que os usem num dia em que chove assim.
No Domingo estivemos na praia. Banho de mergulho, nadar umas boas braçadas para preparar o Inverno, respirar fundo e olhar para a praia, cheia de gente como uma praia de Junho ou Setembro. Um dia fantástico, com muito Sol e um ligeiro escaldãozinho. Aulas de surf para os mais pequenos, a do maior a sério - já se pôs em pé sozinho imensas vezes orgulhoso e feliz - e a da mais pequena a brincar - em pé a deslizar nas ondas perfeitas para aprender agarrada ao instrutor com o ar mais feliz do mundo "mamã olha para mim que já sei fazer surfing!". Assim mesmo "surfing".
Entretanto, apetece-me comprar uma mala nova, de pele castanha, para o Inverno. Apetece-me ir à Acessorize e gastar o meu salário todo em mimos. Mas não vou.
19/10/09
É divertido ver os ídolos
Dá para passar uns momentos divertidos nesta fase dos castings dos Ídolos. Dá para pensar o que é que irá naquelas cabeçinhas, especialmente nas que têm uma linda voz para pintar paredes. O stress da selecção, as horas de espera, na maior parte das vezes, para nada.
Eu sempre gostei muito de cantar mas é em privado, na casa-de-banho, ou na cozinha dos meus pais com os meus filhos e sobrinhos. Fazemos verdadeiros concertos, o último foi de fado. E assim está bem. Eles não percebem, dizem "cantas tão bem" com um ar enlevado e o mundo continua a girar. Mesmo a minha mãe diz que eu canto muito bem. Com a mesma isenção que caracteriza todas as mães do mundo.
No questionário para entrar no jogo deviam perguntar "quem diz que cantas bem?" ou "quem gosta de te ouvir cantar?". E eliminar logo os concorrentes que digam "a minha mãe", "os meus pais", "avós", "sobrinhos", "filhos" e "os meus empregados". Assim o mundo seria mais belo em termos sonoros.
Mas não seria tão divertido...
Eu sempre gostei muito de cantar mas é em privado, na casa-de-banho, ou na cozinha dos meus pais com os meus filhos e sobrinhos. Fazemos verdadeiros concertos, o último foi de fado. E assim está bem. Eles não percebem, dizem "cantas tão bem" com um ar enlevado e o mundo continua a girar. Mesmo a minha mãe diz que eu canto muito bem. Com a mesma isenção que caracteriza todas as mães do mundo.
No questionário para entrar no jogo deviam perguntar "quem diz que cantas bem?" ou "quem gosta de te ouvir cantar?". E eliminar logo os concorrentes que digam "a minha mãe", "os meus pais", "avós", "sobrinhos", "filhos" e "os meus empregados". Assim o mundo seria mais belo em termos sonoros.
Mas não seria tão divertido...
13/10/09
... e especialmente
No dia em que caíu o segundo dente de leite, no meio de grande excitação porque à Bia já tinha caído o segundo, o meu filho mais velho quis ir para a cama muito mais cedo. Desconfio que não foi o sono que o puxou - mesmo que todas as noites seja o primeiro a adormecer, mal cai na cama - mas sim o desejo de que o rato dos dentes chegue mais depressa.
Cá em casa usamos os serviços do rato dos dentes em vez dos da fada dos dentes - faz mais sentido para o meu filho para quem tudo tem de fazer sentido e ter uma lógica. E dizemos que eles trabalham juntos quando alguém pergunta pela fada e diz que "a fada é que é", como as primas.
O serviço do rato dos dentes vai funcionar, apesar de o dente só ter caído antes do jantar, porque tinha armazenado uns presentinhos para dar aos miúdos quando calhar. É hoje.
Cá em casa usamos os serviços do rato dos dentes em vez dos da fada dos dentes - faz mais sentido para o meu filho para quem tudo tem de fazer sentido e ter uma lógica. E dizemos que eles trabalham juntos quando alguém pergunta pela fada e diz que "a fada é que é", como as primas.
O serviço do rato dos dentes vai funcionar, apesar de o dente só ter caído antes do jantar, porque tinha armazenado uns presentinhos para dar aos miúdos quando calhar. É hoje.
Já disse
Eu sei que já disse isto e mesmo que não o tenha dito pensei-o. Pensei-o tantas vezes como as vezes que o senti. Senti-o tantas vezes como as que fiz batota e, contrariando o que acho ser mais sensato para não vos perturbar o sono, acorro às vossas camas quando vos sinto dormir e ajeito-os, miro-os, dou-vos abraços sobre os lençóis, faço-vos festinhas suaves e cheiro-vos. Adoro o vosso cheiro, de banho acabado de tomar ou, como hoje, de cloro do mais velho e de corrida da mais pequenita.
E falo convosco. E penso que mesmo que esteja cansada, estourada, com muito sono e com a cabeça dentro de um aquário, não há nada no mundo que se compare a esta sensação. Adoro-vos. São meus. E cheiram a casa. Mesmo quando não tiveram tempo para tomar banho porque fizeram uma festa de pizza com os vossos amigos. Amanhã logo tomam. Sem stress.
E falo convosco. E penso que mesmo que esteja cansada, estourada, com muito sono e com a cabeça dentro de um aquário, não há nada no mundo que se compare a esta sensação. Adoro-vos. São meus. E cheiram a casa. Mesmo quando não tiveram tempo para tomar banho porque fizeram uma festa de pizza com os vossos amigos. Amanhã logo tomam. Sem stress.
Dentro do aquário
Odeio esta sensação... A minha cabeça parece estar dentro de um aquário. Tenho os ouvidos tapados mas os barulhos surgem-me abafados e, ao mesmo tempo, amplificados e ficam a ressoar como um tímbalo. Falo dos barulhos da rua, dos passarinhos, dos carros, dos camiões, do ar condicionado da vizinha de cima, das portas a abrir e a fechar. Todos abafados e contínuos, como um barulho de fundo dentro dos meus ouvidos.
De vez em quando tenho sinusite. Odeio ter sinusite quando calha. Dura imenso tempo e não há nada que a faça passar, a não ser uns mergulhos no mar, mas está frio e tenho muito trabalho para fazer. Entretanto parece que tenho os olhos quentes, quando me baixo de repente fico com dor de cabeça, quando me ouço falar fico enjoada do tom nasalado que penso deva ser super cansativo para as pessoas que falam comigo. E o camião que passa lá em baixo parece que estacionou na parte de trás da minha cabeça e acelera baixinho, vrum, vrum, vrum, vrum, vrum...
De vez em quando tenho sinusite. Odeio ter sinusite quando calha. Dura imenso tempo e não há nada que a faça passar, a não ser uns mergulhos no mar, mas está frio e tenho muito trabalho para fazer. Entretanto parece que tenho os olhos quentes, quando me baixo de repente fico com dor de cabeça, quando me ouço falar fico enjoada do tom nasalado que penso deva ser super cansativo para as pessoas que falam comigo. E o camião que passa lá em baixo parece que estacionou na parte de trás da minha cabeça e acelera baixinho, vrum, vrum, vrum, vrum, vrum...
12/10/09
Apatia
Hoje sinto-me apática.
Tenho um zumbido nos ouvidos - que não deve ser de obras porque as eleições já acabaram, mas se calhar ainda é -, tenho sono para dormir três dias inteirinhos, tenho calor e acho que tensão baixa - mas se beber um café à noite não durmo -, apetece-me roupa nova - mas não quero gastar dinheiro. Apetecem-me os efeitos do ginásio mas não me apetece ir lá. Apetece-me os efeitos de dançar mas ando em modo sinusite, por isso, só de pensar em abanar a cabeça até tenho um arrepio.
Não gosto dos dias assim.
Tenho um zumbido nos ouvidos - que não deve ser de obras porque as eleições já acabaram, mas se calhar ainda é -, tenho sono para dormir três dias inteirinhos, tenho calor e acho que tensão baixa - mas se beber um café à noite não durmo -, apetece-me roupa nova - mas não quero gastar dinheiro. Apetecem-me os efeitos do ginásio mas não me apetece ir lá. Apetece-me os efeitos de dançar mas ando em modo sinusite, por isso, só de pensar em abanar a cabeça até tenho um arrepio.
Não gosto dos dias assim.
09/10/09
Rir
As coisas não precisam de ser cinzentas. Nem fazer sentido. Podem ser divertidas e fora do comum. Deve ser tão bom poder intervir assim no dia-a-dia das pessoas, baralhá-las, deslumbrá-las, fazê-las mudar de caminho, mudar de rotinas. Adorei.
08/10/09
O inesperado
Tenho de confessar que para mim não há nada melhor do que a surpresa, o inesperado.
Como o balão laranja (das campanhas autárquicas que para aí andam) pendurado na árvore à frente da janela de casa dos meus pais onde faço horas para ir buscar o resto da trupe à escola;
Como uma risota no meio da noite por causa das conversetas do meu filho que é dado a conversar durante a noite e tem verdadeiras discussões com as mais variadas personagens;
Como uma ruazinha esconsa que vai abrir num largo lindo silencioso no meio de Lisboa;
Como um mini-hamburger even better than the real thing;
Como um sub-mundo qualquer.
Adoro o inesperado. O bom, claro.
Como o balão laranja (das campanhas autárquicas que para aí andam) pendurado na árvore à frente da janela de casa dos meus pais onde faço horas para ir buscar o resto da trupe à escola;
Como uma risota no meio da noite por causa das conversetas do meu filho que é dado a conversar durante a noite e tem verdadeiras discussões com as mais variadas personagens;
Como uma ruazinha esconsa que vai abrir num largo lindo silencioso no meio de Lisboa;
Como um mini-hamburger even better than the real thing;
Como um sub-mundo qualquer.
Adoro o inesperado. O bom, claro.
07/10/09
Estivemos lá
Às sete e meia de sexta partimos para o fim-de-semana. Destino perfeito. O programa prometia ser divertido. Com os primos quase todos e os maridos/mulheres e filhos. Corremos, saltámos, orientámo-nos, respondemos a perguntas, certo ou errado, fizemos perguntas, comemos, bebemos, andámos, apanhámos marmelos, picámo-nos nas silvas, dançámos, comemos duas amoras, saltámos dentro de sacos de serapilheira antigos, andámos de canoa, de kart e de tractor. Cortámos tiras, fizemos classificações, comemos e bebemos mais um pouco. Ainda não sentimos o Outono a puxar-nos pelas pernas, o Sol brilhou todo o fim-de-semana, uns pinguitos de chuva só na Segunda. Voltámos a casa, estoirados e contentes, doridos e satisfeitos.
01/10/09
Positivo
O meu pai é cliente assíduo dos canais de televisão que têm informação sobre Bolsa e mercados de capitais. Há três dias a televisão ficou, sem ninguém saber como nem porquê, quase toda verde. Portanto, do RGB - Red, Green and Blue - a cor que ficou realçada foi o Green. Por isso agora, apesar de as notícias serem dadas por marcianos vestidos de fato e gravata, os mercados bolsistas estão sempre positivos. Mesmo quando as setas estão a apontar para baixo a sua cor verde transmite uma grande paz ao meu pai. Positivo
Adoro boas ideias
Ideias giras come this way. Há uns senhores que inventaram uns blocos de papel iguais ao iPhone, para tirar notas, para desenvolver novas apps para o iPhone, whatever. São lindos. Caros mas lindos.
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