Pegas na minha mão e agarra-la com força. Força forte mas ao mesmo tempo carinhosa. Queres que fique mais um bocado. Queres que te conte outra vez o meu fim-de-semana em Madrid.
Tens pressa que fique. Deixas sempre a pergunta no ar mas não a fazes.
Queres ficar cá hoje?
Hoje não fico, tenho de acabar de escolher umas fotografias.
Mas também não perguntas, por isso não respondo.
Conta-me lá o teu fim-de-semana. Estava calor, estiveste na rua, encontraste alguém?
Senti a tua falta. Também podia dizer isso, mas também não digo.
Estranhamente tornámo-nos mestres das coisas não ditas.
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