03/01/13

A hora do banho

Às vezes, precisamos de uns truques para sobreviver às vontades das crianças. Especialmente nos assuntos do banho. Não sou fundamentalista dos banhos, mas acho que é deveras civilizado tomar um todos os dias. Gosto que quem anda ao pé de mim também tenha essa atenção com quem está próximo. É civilizado.
Assim, quando os miúdos decidiram que esse seria O tema deste ano lectivo de 2012/2013 (depois de, no ano anterior, ter sido o tema "o que vai ser hoje o jantar?", que me irritava bastante, especialmente porque a resposta tendia a ser "não sei" e eu, não sei porquê, não gosto muito de dizer "não sei" aos meus filhos em relação a coisas que estão no meu contrato de mãe saber).
Ainda tentei a velha estratégia de ignorá-los, mas eles continuavam indolentemente esparramados em qualquer lado e tinha de progredir rapidamente para berrar um pouco. Não tenho pachorra. Andámos uns tempos neste dilema, com eles a "aldrabarem" quando lhes perguntava quem era o primeiro a tomar banho.
Tive então de corrigir a estratégia e - imodestamente - tive uma óptima ideia: passámos a associar a prioridade no banho à ordem na nascença. O primeiro a nascer toma banho primeiro nos dias ímpares e o segundo toma banho primeiro quando os dias são pares. Só dá para dois filhos neste esquema.
O miúdo ainda não percebeu que nos meses em que há 31 dias toma banho dois dias seguidos primeiro. Falta pouco tempo para isso. Até lá, ou até mudarmos de tema, teremos uns fins de tarde de paz.
(A minha princesa, que passou as férias todas a acordar totalmente penteada e com a maior felicidade do mundo, hoje parecia totalmente não princesa, despenteada e tudo).

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