Nunca acordei de manhã em Lisboa. Já anoiteci, já madruguei, mas acordar nunca.
Excepto nas vezes em que deliciosamente adormeci na biblioteca da faculdade, enquanto tentava fixar por magia páginas que estavam vazias de significado, de esperança e de interesse.
Curiosamente, Lisboa é a minha cidade. Mantemo-nos amantes platónicas. Cortejamo-nos nas ruas, nas vistas, nas pessoas, nos restaurantes e nas pessoas, mas nunca dormimos juntas.
E não há melhor sensação do que acordar na cidade. Madrid, Paris, Londres, Estocolmo, Nova Iorque... Acordar e já está tudo ali.
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