O dia começou mal, com sono e com pouca vontade de despachar os miúdos empurrando-os da cama para a casa de banho, da casa de banho para o quarto, do pijama para a roupa do dia, daí para o pequeno-almoço, depois para a casa de banho - lavar dentes, cara e mãos, fazer xixis e cocós, limpar, lavar outra vez as mãos, pôr a bata, pôr o casaco, pôr gorros, pôr casaco impermeável, chamar o elevador, fechar a porta, descer, está a chover a potes, o chão está cheio de poças, o vento dobra o guarda-chuva, tenho de o fechar, a mais pequena berra porque lhe caiu uma pinga no gorro, abro a porta do carro, será que hoje vai abrir as portas todas ao mesmo tempo ou só abre uma?, só destrancou uma, tenho de a abrir para destrancar as outras, sem guarda-chuva, com os miúdos à chuva, sem gorro... Todos dentro do carro até à escola, falamos sobre o dia, tal e tal, tudo bem disposto, chegamos à escola a mais pequena não quer ficar, e quer que toda a gente o saiba, por isso, berra a plenos pulmões, agarra-se à minha perna e não a consigo soltar...
Passados cinco ou dez minutos disto, lá consigo que alguém lhe pegue ao colo e saio a correr, com o coração do tamanho de uma etiqueta pequenina pequenina. Depois do almoço passo por lá para saber como ficou, ficou bem (claro que ficam bem, ficam sempre bem, só que às vezes resolvem fazer os pais sentirem-se péssimos)...
O almoço compensou este começo meio mau (apesar de ter comido duas coisas às quais sou intolerante, o que fez com que tenha ficado com a cara assim meio avermelhada) e quando chegarmos a casa os três daqui a bocado vamos lanchar, eles comem uns croissants de aspecto delicioso que trouxe hoje de manhã e eu como as minhas torradinhas de intolerante e um iogurte. E depois vamos arrumar os brinquedos para podermos brincar.
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