Hoje de manhã no Pingo Doce:
"não sei onde hei-de pôr isto" - diz uma das funcionárias com uma caixa de cartão cheia de pequenas caixinhas coloridas com pets ou littlest pet shop ou qualquer outro brinquedo em miniatura.
A funcionária que me está a atender sugere:
"põe no meio das bolachas."
... ar de espanto da outra.
"então não nos disseram para apostar no cross?", justifica.
Cada vez mais os supermercados são sítios perigosos para ir com os miúdos. Risco sério para a carteira para os pais mais moles ou para a cabeça para os pais mais teimosos. O cross-selling torna-nos mais vulneráveis porque nos atinge em sítios onde não estávamos à espera. Na zona das caixas, com bebidas frias, pastilhas elásticas ou pilhas, na zona dos vinhos com saca-rolhas tecnológicos, na zona das fraldas com brinquedos para bebés...
Com os miúdos é de evitar ir a lojas:
"ó mãe quero um gormiti", "ó mãe quero uma kitty", "ó mãe quero isto, o que é isto?", "ó mãe o miguel tem isto, também quero", "ó mãe és mesmo má", "ó mãe és mesmo mesmo muita má", "e se eu me portar bem para sempre?", "mas é só hoje", "tens dinheiro?", "xxx", "xxx", "xxx". Ad nauseam.
É por isto, meus queridos filhinhos, que eu prefiro ir correr (algo que odeio acima de tudo fazer) do que ir convosco às compras.
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