12/01/11

Mistérios

Coisas que eu não percebo:

- Como é que de Green Land se passou a Gronelândia?

- Como é que de Lisboa se passou a Lisbon, de Porto a Oporto, de London a Londres, de New York a Nova Iorque e por aí fora?

- Como é que John of Hollywood passou a João Sacro Bosco ou vice-versa, numa espécie de versão quem é que nasceu primeiro, a galinha ou o ovo?

- Como é que anda tudo maravilhado com os queques que para aí andam a vender pelos centros comerciais? Os cupcakes originais não têm nada, mas nada mesmo, a ver com essas porcarias carregadas de coisas estranhas que mais parecem massa consistente com formas malucas posta sobre queques maçudos. Os queques da Magnolia em Nova Iorque, os originais, os primeirinhos de todos, eram maravilhosos porque pareciam feitos em casa, daqueles que comíamos nas festas de aniversário em miúdos. Queques bons e de tamanho normal, com cobertura de creme de manteiga, em básico ou com um ligeirinho corante só para dar piada e depois aquelas pintinhas às cores (que os americanos chamam de 100's and 1000's). Isso sim, era de lamber os dedos. Back to basics, senhores, back to basics. O marketing pode estar bonito, a imagem pode ser apelativa, mas o produto é que é importante.

- Também já vi por aí a primeira banquinha de macarrons, que amo incondicionalmente - só a palavra provoca-me um sorriso de felicidade profundo. Já provei, no Chiado, mas ainda está muito longe do original. Senhores, persistam na aprendizagem, mas experimentem as receitas da Ladurée, as perfeitas, as originais. Ou então vão à escola Le Cordon Bleu em Paris, onde fazem uns cursinhos rápidos, só para aprender a fazer macarrons. Por cá, os melhores são os do lindo e acolhedor LA Café, na Avenida da Liberdade (na semana passada deram lá três à minha filha, que ficou deslumbrada com a generosidade - os meus filhos também amam macarrons) e os do Castella do Paulo, na Baixa.

- Adoro encontrar fotografias misteriosas (como esta) quando descarrego a máquina para o computador. É um bocado a mística dos velhos rolos de fotografia - só sabíamos o que tínhamos fotografado quando o senhor da loja nos entregava o envelope (às vezes não vinha nada "um rolo inteiro estragado? Não é possível...).

1 comentário:

Paulo Menezes disse...

Boa foto, parece que se vê alguém na fotografia....muito sumido.