Eu lembro-me de sempre ter tido medo do Kadhafi. Medo puro, daquele que dava pesadelos à noite, que dava arrepios quando ele aparecia na televisão. E, nos anos 80, o raio do homem aparecia muitas vezes. Tinha um ar maquiavélico, um sorrisinho tenebroso e fazia coisas horríveis.
Depois, foi o caso Lockheed e o homenzinho, por milagre, ficou bom. Passou a ser bem recebido nos sítios supostamente evoluídos onde ia, nomeadamente em Oeiras, há um ou dois anos, onde montou a sua enorme tenda.
Agora, com a repressão violentíssima e com mais de 200 mortos acabados de noticiar na rádio, tudo enquanto nós dormíamos tranquilamente, confirma-se tudo o que eu achava sobre ele. É mau. É odioso.
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