Na aula de ontem tivemos de em dez/15 minutos preencher uma folha em branco com informações sobre nós. Isto é, cada um teve de preencher a folha para dizer quem era.
No final, tivemos de trocar de folha com outra pessoa que não conhecessemos e fazer uma avaliação dessa pessoa pelo que escreveu/desenhou... Fi-lo de uma forma absolutamente desinteressada - a rapariga com quem troquei estava sentada ao meu lado, penso que não emitimos boas vibrações uma para a outra, antes da folha ainda não tinhamos trocado uma palavra.
O professor (de psicologia) disse que valia tudo para fazer o trabalho, por isso a resposta a qualquer pergunta que começasse por "posso..." seria respondida com um "claro que pode".
Eu escrevi. É o mais fácil para mim. Também teria sido fácil fazer um desenho, mas ando num modo infantil de fazer patos e cães e motas e carros. Disse que tinha dois filhos, família, casada, jornalista, free-lancer, etc. Com bastantes espaços para não ter de pôr muita informação.
Obviamente, não pus na folha nada de privado, nada de pessoal, nada de meu.
A minha colega do lado fez uma série de desenhos, o centro era ela. Tinha aparentemente muita confusão na sua vida, uma família pouco estruturada, necessidade de evasão.
A minha colega do lado, sabiamente, disse que achava muito pouco definir-me assim, por coisas exteriores a mim, como a família e o trabalho. É claro que isso não me define, faz parte de mim, mas não sou eu. Eu sou uma pessoa que não gosta de partilhar facilmente o privado, o pessoal, o meu.
A conclusão é que é impossível definirmo-nos assim. Especialmente perante estranhos iguais a nós.
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