14/04/09

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... ah e estou a trabalhar muito contente e tenho a boca cheia de pastilhas elásticas coloridas Gorila... que saudades de não chegar ao topo da bancada do café mesmo com o braço estendido e uma moeda ou (com sorte) uma nota de 20 paus esticada e os senhores fingirem que não me viam. "Quero cinco pastilhas vermelhas" ou (com sorte) "um pacote de Super Gorila de banana" e quero passar os dias a brincar na rua e a explorar tudo, o monte grande e o monte pequeno, ir aos carrinhos de choque uma vez por ano e estar outra vez com os meus amigos. E ter festas daquelas em que dançamos agarradinhos e comemos pães-de-leite em miniatura e fazer declarações de amizade eterna. E fazer paragens do jogo do mata piolho ou dos polícias e ladrões só para poder ir comprar as tais pastilhas e ficar com a cara toda lambuzada e o cabelo cheio de resíduos dos balões gigantes. E tudo sem pensar em dentista.

[achei a imagem amorosa, tirei do site www.esanda.com, que não sei a quem pertence]

4 comentários:

Claudia disse...

que saudosísta!!!

Joaninha disse...

Até aos 18 a minha vida foi uma doçura, tudo perfeito e feliz e, portanto, admito-o, sou um pouco saudosista dessa época. Da infância, só posso dizer que foi fantástica. É o que espero ouvir os meus filhos dizer quando forem grandes. (As pastilhas gorila hoje não me souberam a nada de especial. Quando éramos pequenas sabiam-me a liberdade).

Raquel disse...

Fui comprar chicletes depois ler isto:) De mentol, azuis, que são as que picam na língua.
Outro dia reencontrei bombocas no supermercado. Fiquei tão contente que comprei três caixas, mas quando cheguei a casa... não gostei do sabor!
Ainda por cima eram minimas, ou se calhar fui eu que cresci?

Joaninha disse...

As bombocas conseguem sempre enganar-me. Geralmente, sempre que as vejo à venda em qualquer supermercado, compro. Mas como estou saudosa da imagem e dos sentimentos de profunda alegria associados - bombocas eram coisas raras na nossa infância - já não gosto assim lá muito mas faço um esforço. Depois, da vez seguinte que as vejo à venda, finjo que não vejo. Aquilo é mais açúcar do que eu aguento.