27/04/09

De pedrinha em pedrinha

Já sei porque é que foi tão fixe ser pequenina. Não havia uma única coisa no mundo que me preocupasse, a não ser brincar. Não tinha stresses com nada, acordava, brincava, comia, vestia-me, ía para a praia, levava as injecções anuais antes de ir para a praia, tudo corria sobre rodas. Os meus pais não tinham dinheiro, mas ninguém tinha, tinha muitos amigos e gozava-os bem.

Hoje ando de sobressalto em sobressalto, a pensar qual será o drama du jour que vai:
1. acabar com as minhas poupanças e as da minha família e amigos, arrastando-nos numa espiral de pobreza que nunca mais vai acabar;
2. acabar com a nossa saúde e matar toda a gente do mundo inteiro, sobrando só os ermitas de locais longínquos que: nunca visitaram lugar nenhum; nunca viram o mar; nunca comeram carne ou coisas que não conseguissem apanhar à mão;
3. acabar com todos os serviços básicos, como a água, electricidade e gás, e também com o fluxo normal de comida (i.e. preocupante uma vez que eu não sei plantar couves ou criar gado), obrigando-nos a regressar à idade das cavernas;
4. todas as acima.

Estou farta de desgraças. Descubram lá a cura para a nova estirpe da gripe e protejam os velhotes e os pequenitos. E acabem com as notícias alarmistas (se é que elas são alarmistas e não proteccionistas).

2 comentários:

Claudia disse...

Apoiado!!!
É a crise financeira, é a gripe suína, bolas, basta de desgraças!!!!
Começa a ser difícil as pessoas evitarem as depressões....
Aqui em casa, há greve aos telejornais....

anniehall disse...

Actualmente parece que as pessoas só se sentem vivas quando aflitas ...triste .Tenho no outsider um teste bom para medir as consequências :)