Amo de paixão preencher questionários. A "petite bureaucrate" que habita dentro de mim goza de antecipação a possibilidade de ter longos questionários para preencher. Quantas mais perguntas tiver, melhor. (Também adoro o resultado mágico da agregação hercúlea de dados - somos 10.003.007, vivemos nas cidades, a maior parte das pessoas já tem esgotos em casa e por aí fora).
Acho sempre que podiam perguntar mais coisas - e deixo aqui uma lista para os senhores pensarem para daqui a dez anos:
- gosta de ler?
- é feliz?
- tem televisão?
- gosta do seu trabalho?
- como ocupa os tempos livres?
- a que é que brinca com os seus filhos?
- tem pediatra?
- público ou privado?
- os seus filhos estão no ensino público ou oficial?
- e depois destas duas últimas, como é que consegue ter dinheiro para viver?
- como é que gosta de passar as sextas-feiras à noite?
- o que é para si um dia bem passado?
- como é a sua relação com os seus vizinhos?
E isto tudo com respostas múltiplas, certamente haverá alguém para pensar em muitas perguntas que permitissem, de facto, recolhidos os dados, que se soubesse quem somos e o que fazemos.
Apesar de gostar de preencher estas coisas, por outro lado, a pequena desconfiada que há em mim pensa sempre "será que estes dados que tão alegremente partilho irão, algum dia, virar-se contra mim?", ao mesmo tempo que escrevo ou dedilho dados e dados sem fim. Alguns sei-os de cor, é mais fácil preencher, outros tenho de puxar papéis, recuperar informação.
Amo. Se alguém quiser ajuda para preencher os seus Censos 2011, eu dou.
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