No final de Março:
- A mais pequena passa os dias (e uma noite) a certificar-se de que eu estou cá. O maior passa os dias alternando entre ser compincha (meu ou da mana) ou chagar quem estiver mais próximo;
- Não sei o que vestir, por isso, hoje fui finalmente às compras e arrecadei montes de coisas giras (umas calças, quatro t-shirts, um casaco de malha - vais dizer que parece a rede de pesca, mas não faz mal - e dois vestidos, um deles de festa, e imensas collants coloridas);
- Já tinha partilhado que sou naba das sopas, mas ontem, pela primeira vez na vida, os meus filhos disseram que gostaram "muito" da minha sopa (estavam surpreendidos, coitadinhos. Eu também). Pela primeira vez na vida, sabia à sopa da minha avó;
- Em casa de uns amigos, que nos acolheram no Domingo, encontrei esta relíquia (tristemente já não funciona). E fiquei com a sensação que era maior quando nós éramos mais pequenos, uma sensação igual à que tive quando fui visitar a minha sala da primária já no liceu (mini-cadeiras, mini-secretárias, mini-cacifos...);
- O que nos leva àquela música deprimente, de que eu gosto muito (o que eu chorei no último "Conta-me como foi", a ver os tropas todos a embarcar para o Ultramar e a pensar nos miúdos que foram queimar a juventude numa guerra completamente idiota, nas suas famílias que ficaram por cá a sofrer de saudades e medo)
"Vem viver a vida amor,
que o tempo que passou
não volta mais".
- É tudo, por hoje. Vai escrevendo.
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