Sentado na cama, o meu filho lê para a pequenita, que está com sono. Pega no livro azul do Noddy e, com um ar sábio e amigo da mana (abençoados os momentos em que isso acontece), lê: "No-ddy-vai-à-pra-i-a". E depois olha para mim com ar triunfante. Boa miúdo.
Ainda és um bocado pequeno, o que diz lá é "Noddy e a aventura na praia". Mas gosto de te ver assim empenhado. Gosto de te ver esconder os dedos nos bolsos do casaco enquanto fazes contas, gosto de te ver satisfeito a prescrutar postéres e cartazes a dizer "ali está um R", "este é um E", "aqui diz C-A-S-A, casa". Assim, tudo em caixa alta, que é a maneira de aprender, depois logo evoluíremos para a caixa baixa e as várias famílias de fontes, acrescentando gradualmente capas e capas de conhecimento.
E gosto da mais pequena a perguntar-me sempre que vê letras ou números "que diz ali mãe?".
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