Basta-me entrar na Rua Saraiva de Carvalho em Campo de Ourique para saber o que vai acontecer. Assim que começo a olhar para as montras das lojas de tecidos começo a pensar que se quisesse era capaz de fazer "coisas" a partir de rolos de tecido, de gregas e fitas, de botões e fechos-éclair.
(É um mito. Não sou)
Gosto de achar que sou capaz de fazer tudo no mundo. Mas se há coisa para a qual eu sei que não tenho muito jeito é para a costura. Ok, até tenho uma caixa de costura com os básicos, uma tesoura, agulhas e alfinetes, linhas de cores básicas. Até tenho um dedal.
Sei coser botões, sei fazer baínhas, mal mas sei, sei fazer ponto de cruz (tenho uma toalha que o comprova). Mais do que isso e é uma vergonha.
Mas há alguma coisa nas lojas de artigos para fazer "coisas" que me compele a criar. Acontece-me o mesmo na Izi e nas lojas do estilo. Imagino necessidades caseiras que não tenho. Começo logo a querer pendurar coisas nas paredes e, às vezes, penso se será muito difícil instalar o meu próprio soalho flutuante ou papel de parede - coisas que não quero instalar mas que acho que se quisesse conseguia fazer.
Acontece-me o mesmo nas lojas de pintura e outras DIY - vejo-me de pincel na mão a orquestrar obras de arte ou de serrote em punho a construir uma mesa para a cozinha.
É preciso uma grande auto-contenção para não comprar nada nestas lojas, porque geralmente não vou fazer nada com o que comprar.
Basicamente, quero contar que ontem consegui ir ao Vidal com a minha mãe (que sabe fazer tudo o que quiser com tecidos, linhas e agulhas e mesmo gregas) e não comprei nada. Nem uma caixinha de fita de cetim às cores. Sou uma miúda do pronto-a-vestir.
1 comentário:
...sei do que falas...é o admirável mundo das possibilidades...é a criatividade fervilhante perante tantos e se eu pudesse fazer uma peça de roupa...e se eu pudesse fazer uma secretária...afinal "eles" fazem-nos creer que é fácil! Do it yourself...é tão tentador...
Boa resistente!
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