Acho que é seguro dizer que cá em casa gostamos todos de sub-mundos. Ontem fomos finalmente fazer o percurso das Águas Livres a partir do reservatório da Patriarcal, no Príncipe Real. A entrada é pelo jardim, ao lado da fonte, parece que vamos para uma daquelas casas de banho subterrâneas e o bilhete custa dois euros, mas só os adultos é que pagam.
Os miúdos acharam piada à visita subterrânea, que corre sob a Rua Dom
Pedro V, e o guia, o senhor Benedito, foi muito simpático com toda a
gente. O ambiente é húmido e os corredores dão para uma pessoa (ou uma pessoa e uma criança) e vamos em fila indiana, ouvindo as explicações sobre a obra monumental que, no século XVIII, permitiu trazer água de Belas para os bairros de Lisboa.
(esta ficou um bocadinho manhosa, mas juro que a culpa é do telefone...)
Já conhecíamos a Mãe de Água, no Jardim das Amoreiras, que tem uma vista deliciosa no terraço (onde há uns anos fui a festas louquíssimas, que agora me parecem coisas que sonhei, mas não foram) e desemboca no jardim da EPAL e também o Xafariz do Vinho, acima da Praça da Alegria, que também merece uma visita, não só pelo ambiente como pela comida e bebida. A partir de 1 de Março, já combinámos ir fazer uma visita ao próprio do Aqueduto das Águas Livres, que deve ter uma vista ainda mais maravilhosa.
Curiosamente, a parte mais cómica de todo o passeio, depois de quase uma hora debaixo de terra, foi que a visita acabou nesta portinha, no Jardim de São Pedro de Alcântara. A surpresa foi maior para as pessoas que estavam na esplanada, ao verem 20 pessoas a sair de uma porta estranha no meio da parede, enquanto piscavam os olhos para se habituarem de novo à claridade.
1 comentário:
nesta senda, temos que combinar o passeio com jantar à comunidade indiana...
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