Este Natal, não sei como, fomos inundados por brinquedos que funcionam a pilhas. E o que eu odeio as pilhas, essas coisas malvadas e super poluentes que parecem pequenas, inofensivas e baratas mas afinal são caras e gastam-se enquanto o diabo esfrega um olho? Já comprámos imensas, mas o raio das coisas estão sempre a acabar. Eu sei, há pilhas recarregáveis, que temos cá em casa e que antes conseguíamos gerir bem, mas que agora não têm andamento para as necessidades dos gaiatos e, além disso, andam desaparecidas.
Todos os dias, um dos dois, se não os dois miúdos ao mesmo tempo, têm tido necessidades "urgentes" de pilhas. A resposta "não há" não os satisfaz e vão, sem excepção, em direcção ao pacote de pilhas AAA que está ao lado do meu computador (senhores ladrões, eu não tenho computador, escrevo tudo à mão e depois envio para o ciber-espaço). E o diálogo que se segue é duro:
"Há aqui, vês?"
Não, essas não servem, são AAA (momento em que me lembro sempre do anúncio a três A girassol).
"Mas está aqui um pacote cheio de pilhas iguais às que eu preciso."
São iguais mas mais pequenas, digo eu.
Olhar de dúvida intensa, até porque as que querem substituir estão tapadas por tampinhas de plástico que, helas, só saem com chaves de fendas microscópicas, que não temos cá em casa e que já obrigaram a deslocações ao primeiro andar para trocar pilhas.
"Será que, afinal, a mãe não percebe nada de tecnologia?"
Depois deste confronto vão-se embora, mas eu sei que não vão nada convencidos.
Odeio pilhas.
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