"Rir não é alegria nem tristeza. Gargalhada não é sorriso. É um respiro no meio de tudo, um respiro muito bem pensado. Talvez para tomar fôlego e continuar o caminho. Comigo acontece sempre: estou sentada à mesa e bato o joelho sem querer no tampo ou num dos pés do móvel. A dor é tamanha que começo a gargalhar. E a dor chega a não parecer dor".
Lembro-me do meu irmão mais pequenino a rir-se muito na cadeira do dentista. E o médico, muito espantado, "mas não te está a doer?". E eu e os meus irmãos mais velhos enroscados nas cadeiras cá fora, como se a dor que ele sentia e que estava a tentar disfarçar com o riso estivesse em nós também. As ligações humanas são fantásticas. Como podemos ignorar o sofrimento dos que são iguais a nós?
Sem comentários:
Enviar um comentário